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Casa de colono do Século 18 na Calle de los Suspiros, em
Colônia do Sacramento, Uruguai |
Música deste post: Un Vestido y un Amor, Fito Paez
Como você planeja as suas viagens? Na virada do ano fiz um roteiro Uruguai-Argentina que passou por Montevidéu, Punta del Este, Colônia do Sacramento e Buenos Aires.
Tirando Punta del Este, onde só havia estado por algumas horas, as outras três cidades já eram minhas velhas conhecidas.
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Punta del Este: no alto, a Casapueblo, obra do arquiteto
Carlos Páes Vilaró, misto de hotel e galeria de arte. Acima, a orla de Punta |
Mas nem por isso eu abri mão de fazer um planejamento cuidadoso desse meu roteiro Uruguai-Argentina. Até porque, pra mim organizar a viagem é parte do prazer da jornada.
Montar um roteiro de viagem não é só a parte prática — comprar as passagens, reservar hotéis e pesquisar novidades em restaurantes.
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A Ponte La Mujer, do arquiteto Santiago Calatrava, é uma das
imagens mais fotografadas em Puerto Madero, Buenos Aires |
Quando já conheço a cidade para onde estou indo, gosto de escolher um bairro novo para converter em minha vizinhança durante a nova visita — o que também rende horas de pesquisas, passeios com o street-view do Google e consultas a guias e à internet.
Também faço questão de descobrir atrações e passeios menos conhecidos e rever os destinos por outros ângulos. O prazer de reencontrar cidades que já são velhas conhecidas, como Buenos Aires, Colônia e Montevidéu, é exatamente a desobrigação de cumprir a gincana de pontos turísticos que emplacam todas as listas de "o que fazer" e mergulhar um pouco mais na vida real desses lugares.
Esse foi o grande charme deste roteiro Uruguai-Argentina, ainda que as atrações mais conhecidas também tenham me feito companhia na flanagem pelas cidades.
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Só mesmo Colônia do Sacramento pra ter um entregador de
flores tão fofo e estiloso |
Eu começo a viajar muito antes do embarque. Vou entrando no clima com uma trilha sonora que remeta ao lugar que vou visitar. Leio jornais locais na internet, escolho livros que ajudem a compor o clima.
Antes de embarcar um CD de Pablo Ziegler — brilhante pianista que tocou com Piazzolla — rodava sem parar, eventualmente interrompido pela uruguaia Malena Muyala (que me foi "apresentada" por minha amiga querida Maristela Debenest) ou pelo também uruguaio Jorge Drexler, que sempre emplaca o hit parade aqui de casa.
Veja as dicas:
Antes de embarcar um CD de Pablo Ziegler — brilhante pianista que tocou com Piazzolla — rodava sem parar, eventualmente interrompido pela uruguaia Malena Muyala (que me foi "apresentada" por minha amiga querida Maristela Debenest) ou pelo também uruguaio Jorge Drexler, que sempre emplaca o hit parade aqui de casa.
Veja as dicas:
Roteiro Uruguai-Argentina passo a passo
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O bonitaço Teatro Solís (no alto) e o monumento a Artigas,
na Praça da Independência, em Montevidéu |
Três noites em Montevidéu
Desta vez, fui preparada para explorar com calma o Centro Histórico de Montevidéu, a Ciudad Vieja.
Comer muito bem no Mercado del Puerto também estava no topo da minha lista de prioridades, assim como caçar antiguidades e quinquilharias na Feira de Tristán Narvaja, o famoso mercado de pulgas que se realiza aos domingos e ocupa inúmeros quarteirões de uma área central de Montevidéu.
Também não poderia faltar o pôr do sol no Parque Rodó e as caminhadas sossegadas pela Orla do Rio da Prata, as Ramblas da cidade. E Todo dia experimentar a ótima carne uruguaia em restaurantes bem recomendados.
Foi um passeio gostoso, com direito a praia, um bom almoço e muito relax. Veja como foi:
Punta del Este, praia de pinguim
Foi em Colônia do Sacramento que aconteceu uma das coisas mais malucas que já vivi numa viagem. Foi na segunda vez que estive lá, em outubro de 2006.
Eu ia pela rua, dirigindo meu carrinho de golfe, quando um cachorro vira-lata “me reconheceu” — sério: ele me viu de longe, levantou as orelhas e começou a balançar o rabo, pulando, eufórico. Saltou para dentro do carrinho e passou a me acompanhar para todo canto.
Como já conheço bem a cidade (já ultrapassei a dezena de visitas), meu plano em Buenos Aires, geralmente, é não ter planos.
Mas esse o que ocorrer nunca deixa de fora uma visita ao quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, no Malba- Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires.
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Eu já tinha estado em Montevidéu duas vezes, a última quase seis anos antes desta viagem (no Carnaval de 2005), mas tinha certeza de que tinha só arranhado a casquinha da cidade, sem mergulhar de verdade em seus encantos.
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A Feira de Tristan Narvaja é o grande evento do Centro de
Montevidéu, aos domingos |
Comer muito bem no Mercado del Puerto também estava no topo da minha lista de prioridades, assim como caçar antiguidades e quinquilharias na Feira de Tristán Narvaja, o famoso mercado de pulgas que se realiza aos domingos e ocupa inúmeros quarteirões de uma área central de Montevidéu.
Também não poderia faltar o pôr do sol no Parque Rodó e as caminhadas sossegadas pela Orla do Rio da Prata, as Ramblas da cidade. E Todo dia experimentar a ótima carne uruguaia em restaurantes bem recomendados.
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Montei meu roteiro em Montevidéu com direito a um bate e
volta e uma prainha em Punta del Este |
Também teve um bate e volta a Punta del Este com o carro alugado em Montevidéu e devolvido em Colonia.
Foi um passeio gostoso, com direito a praia, um bom almoço e muito relax. Veja como foi:
Punta del Este, praia de pinguim
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O melhor de Colônia: garimpar imagens de suas fachadas |
Essa perolazinha uruguaia eu já conhecia. Além de uma bela tarde daquele mesmo Carnaval de 2005, passei um fim de semana em Colônia do Sacramento, há quatro anos, driblando a chuva e fotografando essa que com certeza é uma das mais belas cidades coloniais das Américas.
Desta vez, cheguei a Colônia para ficar duas noites (uma tarde e um dia inteiro). Viajei com o carro alugado em Montevidéu, que devolvi lá.
Desta vez, cheguei a Colônia para ficar duas noites (uma tarde e um dia inteiro). Viajei com o carro alugado em Montevidéu, que devolvi lá.
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As casas de Colônia do Sacramento me lembram cafezinho com biscoitos e conversa longa |
Dirigir no Uruguai é muito tranquilo, as estradas são bem cuidadas e eu recomendo a experiência.
Colônia é tão encantadora e tão doce que só de chegar a gente já sente que o coração se aquieta.
Como foi bom andar à toa por Colonia, saboreando os pequenos detalhes, as janelas sempre impecáveis, com suas cortinas de crochê e seus vasos de flores.
Colônia é tão encantadora e tão doce que só de chegar a gente já sente que o coração se aquieta.
Como foi bom andar à toa por Colonia, saboreando os pequenos detalhes, as janelas sempre impecáveis, com suas cortinas de crochê e seus vasos de flores.
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Caminhar à toa pelo sossego de Colônia é uma delícia |
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O farol de Colônia é aberto à visitação. Do alto de sua plataforma a vista pra o Rio da Prata é famosa |
Foi em Colônia do Sacramento que aconteceu uma das coisas mais malucas que já vivi numa viagem. Foi na segunda vez que estive lá, em outubro de 2006.
Eu ia pela rua, dirigindo meu carrinho de golfe, quando um cachorro vira-lata “me reconheceu” — sério: ele me viu de longe, levantou as orelhas e começou a balançar o rabo, pulando, eufórico. Saltou para dentro do carrinho e passou a me acompanhar para todo canto.
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Um passeio gostoso em Colônia: o antigo porto, hoje
convertido em área de lazer |
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O doido-fofo do cachorro que resolveu me adotar |
O doido do cachorro (fofíssimo) dormiu na porta da minha pousada. Rosnou para todo mundo que passou muito perto de mim. Esperou pacientemente que eu almoçasse, numa mesa de calçada da Pulperia los Faroles — não pediu comida.
Quando foi chegando a hora de meu buque partir pra Buenos Aires, ele simplesmente se desinteressou de mim e foi embora... Se eu não fosse ateia, ia achar que rolou algo paranormal 😊.
Quando foi chegando a hora de meu buque partir pra Buenos Aires, ele simplesmente se desinteressou de mim e foi embora... Se eu não fosse ateia, ia achar que rolou algo paranormal 😊.
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Buenos Aires: Obelisco da Independência e a sede do Cabildo
(no alto), na Praça de Maio |
Minha terceira escala da viagem, a capital argentina é uma paixão. É a melhor cidade do planeta para ler o jornal, um dos melhores lugares do mundo para se andar na rua.
De Colônia do Sacramento para Buenos Aires, viajei no catamarã da Buquebus.
De Colônia do Sacramento para Buenos Aires, viajei no catamarã da Buquebus.
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Buenos Aires clicada da janelinha do catamarã que me trouxe de Colônia. E, sim, o Rio da Prata é muito turvo na altura da cidade |
A travessia do Rio da Prata é feita em cerca de uma hora, as embarcações são muito confortáveis e a os preços, pra quem compra com antecedência, são bem em conta.
Buenos Aires é perfeita para quem viaja sozinha, inesquecível quando se vai acompanhada. Ideal para o circuito café-livraria-museu, indescritível no quesito pé-na-jaca.
Buenos Aires é perfeita para quem viaja sozinha, inesquecível quando se vai acompanhada. Ideal para o circuito café-livraria-museu, indescritível no quesito pé-na-jaca.
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Gosto muito de caminhar no Parque Lezama, em San Telmo |
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Barco-museu Fragata Sarmiento, ancorado em Puerto Madero |
Mas esse o que ocorrer nunca deixa de fora uma visita ao quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, no Malba- Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires.
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O Museu Fortabat foi inaugurado em 2008, em Puerto Madero, e
estava curiosa para visitá-lo. Adorei! |
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Pra mim não existe ir a Buenos Aires sem ir ao Malba |
Outra atividade obrigatória é comer muitas empanadas do Bar Britanico.
Também adoro comprar bloquinhos de anotação inimitáveis da Papelera Palermo — sem falar naqueles álbuns de fotografia com cantoneiras e folhas de papel fino, para proteger as fotos...
Também adoro comprar bloquinhos de anotação inimitáveis da Papelera Palermo — sem falar naqueles álbuns de fotografia com cantoneiras e folhas de papel fino, para proteger as fotos...
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Amei o texto, que ao fluir se torna dicas de viagem. Se divirta no próximo passeio e fotografe bastante. Beijso
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