Não é de hoje que a Colômbia está se consolidando como um destino queridinho dos brasileiros. Motivos pra isso não faltam: o país tem uma imensa diversidade de paisagens — montanhas e Caribe, só pra citar duas maravilhosas —, belezas naturais até dizer chega, um patrimônio histórico riquíssimo, culinária sedutora e preços muito em conta.
No feriadão da Páscoa, cumpri um delicioso roteiro na Colômbia: uma semana curtindo a adorável Bogotá e a fofíssima cidade colonial de Villa de Leyva.
No feriadão da Páscoa, cumpri um delicioso roteiro na Colômbia: uma semana curtindo a adorável Bogotá e a fofíssima cidade colonial de Villa de Leyva.
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Villa de Leyva, na Província de Boyacá, é uma perolazinha
colonial. Sua Plaza Mayor da cidade é considerada uma das mais bonitas das
Américas |
Esta foi minha segunda viagem à Colômbia. Na primeira, concentrei minhas atenções em Cartagena, com uma escapada inesquecível às Ilhas do Rosário, e dei só uma passadinha por Bogotá — e levei quase uma década prometendo voltar para ver mais da capital, que tanto me encantou em apenas um dia de visita.
Demorou, mas lá fui eu de novo. Desta vez, aproveitei bastante Bogotá e minha fugida de três dias a Villa de Leyva, um povoado colonial na região de Boyacá.
O resultado é que já estou planejando nova viagem à Colômbia, um país maravilhoso e tão pertinho do Brasil.
Paixão define — e cuidado ao ler este post, porque esse amor é grudento e contagioso 😊. Fique com minhas dicas práticas e roteiro na Colômbia pra começara se inspirar:
Roteiro na Colômbia - Bogotá e Villa de Leyva
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O Bairro de La Candelaria, Centro Histórico de Bogotá, tem
astral descolado, ruas estreitas e o charme de belos casarões coloniais |
Como chegar à Colômbia
Para quem está em Brasília, a melhor maneira de chegar a Bogotá é pela Copa Airlines, com conexão na Cidade do Panamá.
Encontrei um bilhete na casa do R$ 1.500 (uma pechincha, considerando-se os preços que estavam sendo cobrados para ir a Salvador, no mesmo período). Pesquisando agora várias datas aleatórias, é possível encontrar passagens entre R$ 1.100 e R$ 1.600.
Encontrei um bilhete na casa do R$ 1.500 (uma pechincha, considerando-se os preços que estavam sendo cobrados para ir a Salvador, no mesmo período). Pesquisando agora várias datas aleatórias, é possível encontrar passagens entre R$ 1.100 e R$ 1.600.
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Bogotá tem um respeitável elenco de igrejas
coloniais, com visitação gratuita, que rendem um lindo roteiro. Esta é a Igreja
de San Agustín, a que mais em encantou |
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Monte o roteiro que quiser em Bogotá, mas não perca de jeito
nenhum a visita ao maravilhoso Museu do Ouro |
A Avianca e a Latam voam direto para Bogotá a partir de Guarulhos, nessa mesma faixa de preços.
Minha viagem de Brasília a Bogotá durou cerca de 10 horas (seis horas até o Panamá, mais a espera pela conexão e uma hora e meia de voo do Panamá à capital colombiana).
Uma boa pedida para quem tem tempo é fazer um stopover para ver o Canal do Panamá e o Centro Histórico da Cidade do Panamá. Em 2017, a caminho da Guatemala, parei três dias em solo panamenho e amei.
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Grafites em La Candelaria. Ao fundo, o Cerro Montserrate, o
mirante mais famoso de Bogotá |
Quantos dias ficar na Colômbia
Cabem 7,5 colômbias no território brasileiro, mas não se engane: o país rivaliza com o Brasil na variedade de cenários e culturas.
A não ser que você esteja num longo período sabático, dificilmente vai completar todas as figurinhas desse riquíssimo álbum de atrações. Tem a Colômbia Amazônica, a Colômbia Andina, o Caribe, a região do Pacífico e a região do Rio Orinoco, que está na minha lista para a próxima aventura por lá.
Na minha primeira viagem à Colômbia, fiquei oito dias: quatro em Cartagena, três nas Ilhas do Rosário e apenas um em Bogotá — o que me deixou frustradíssima, pois bastou um passeio pela capital para perceber o quanto a cidade merece ser explorada com mais tempo.
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Francamente inspirada em Gaudí e na Casapueblo de
Vilaró, em Punta del Este, a Casa de Terracota é uma das atrações dos
arredores da Villa de Leyva |
Depois, foram duas noites em Villa de Leyva. Na volta a Bogotá, fiquei mais duas noites em Chapinero, região moderna e elegante da capital, (bem equivalente aos Jardins, em São Paulo).
Acho que a fórmula ficou bem redondinha.
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O Parque de la 93, em Chapinero, é um espacinho gostoso pra
relaxar ao ar livre e está cercado de bons restaurantes |
1º dia - sábado - de Brasília a Bogotá
O voo da Copa Airlines sai de Brasília às 2 da manhã e chega ao Panamá às 6h, no horário local. Tive duas horas de espera entre os voos e mais uma hora e meia de viagem até Bogotá. Por volta do meio dia, já estava no hotel, no bairro da Candelária.
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Parlamento da Colômbia, na Plaza de Bolívar. Fiquei
hospedada a 200 metros da praça, ótima localização para explorar as atrações de
La Candelaria |
Aqui, um aviso: a política dos hotéis de Bogotá é super rígida com o horário de entrada, impreterivelmente a partir das 15 horas.
Se você for chegar muito cedo a Bogotá, especialmente depois de passar a noite no avião, considere pagar pelo early check-in ou mesmo por uma diária a mais, para ter acesso imediato ao apartamento.
Se você for chegar muito cedo a Bogotá, especialmente depois de passar a noite no avião, considere pagar pelo early check-in ou mesmo por uma diária a mais, para ter acesso imediato ao apartamento.
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O voo de Brasília chega de manhãzinha ao Panamá. Minha
conexão para Bogotá saiu por volta das 8h |
Aproveitei a tarde para um primeiro passeio de exploração do bairro de La Candelária. Bem de leve, porque eu estava moída pela noite passada no avião.
Minha hospedagem foi no delicioso Hotel de la Ópera, bem no meio das atrações do Centro Histórico.
Minha hospedagem foi no delicioso Hotel de la Ópera, bem no meio das atrações do Centro Histórico.
Dediquei o segundo dia do meu roteiro na Colômbia à exploração dos encantos do Centro Histórico de Bogotá, os bairros da Candelária e de Las Águas.
Usaquén é um antigo vilarejo, hoje absorvido pela metrópole, que ainda guarda muito de seu encanto provinciano. Seu mercado de rua é realmente uma atração interessante de Bogotá.
3º dia – segunda-feira: igrejas de Bogotá
Fui ver o Museu Botero, e a Coleção de Arte Latino-Americana do Banco da República da Colômbia e as riquíssimas custódias guardadas na Casa da Moeda de Bogotá.
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Pirei nas câmeras fotográficas antigas expostas no Mercado
de Pulgas de Usaquén - e lembrei da minha amiga Paula Brum, do blog Mochilinha Gaúcha, que faz coleção 💙 |
No meio da tarde de domingo, dei uma fugidinha para ver a Feira de Usaquén, bairro afastado do Centro de Bogotá.
Usaquén é um antigo vilarejo, hoje absorvido pela metrópole, que ainda guarda muito de seu encanto provinciano. Seu mercado de rua é realmente uma atração interessante de Bogotá.
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O Teatro Colón de Bogotá é deslumbrante |
À noite, aproveitei para ver um espetáculo da programação do Festival Ibero-Americano de Teatro de Bogotá, um dos eventos do gênero mais importantes do mundo, realizado a cada dois anos na cidade.
Foi a deixa para conhecer por dentro uma maravilha da Belle Époque, o Teatro Colón de Bogotá, que você também pode explorar em uma visita guiada. Eu super recomendo, pois o teatro é deslumbrante.
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A Ordem Terceira de São Francisco não pode ficar fora do seu
roteiro pelas igrejas coloniais de Bogotá |
Reservei este dia para fazer um roteiro pelas igrejas de Bogotá. Se você quer ver coisas lindas, arte colonial de primeira linha, e ainda aprender muito sobre a história da Colômbia, não pode deixar esses monumentos de fora do seu passeio.
Às visitas à Catedral e às igrejas de La Candelária, São Francisco, San Agustín, Ordem Terceira de São Francisco, Las Águas e Vera Cruz renderam um roteiro muito bacana. Todas essas igrejas têm entrada gratuita.
Às visitas à Catedral e às igrejas de La Candelária, São Francisco, San Agustín, Ordem Terceira de São Francisco, Las Águas e Vera Cruz renderam um roteiro muito bacana. Todas essas igrejas têm entrada gratuita.
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O Museu do Ouro de Bogotá sozinho paga a
viagem — mesmo que você vá a pé para a Colômbia 😁. Simplesmente espetacular |
4º dia – terça-feira: Museu do Ouro de Bogotá e embarque para Villa de Leyva
Logo de manhã fui ver o magnífico Museu do Ouro de Bogotá. Por volta das 12:30h já estava na Rodoviária para pegar o ônibus das 13h para a Villa de Leyva. A viagem num ônibus mambembe durou cerca de 5 horas.
Quer saber como organizar uma visita a Villa de Leyva? As dicas estão todas aqui:
Villa de Leyva: dicas práticas de um encanto da Colômbia colonial
Villa de Leyva: dicas práticas de um encanto da Colômbia colonial
5º dia - quarta-feira: Villa de Leyva
Villa de Leyva, preciosidade fundada no Século 16, fica a 160 km de Bogotá e vale muito a escapada. Incrível como uma cidadezinha tão pequena consegue ter tanta coisa legal pra ver e ainda ter um monte de atrações nos arredores.
Neste primeiro dia em Villa de Leyva, explorei com toda a calma do mundo seu riquíssimo patrimônio colonial, seus museus e ruas de calçamento irregular cheias de lojinhas e cafés charmosos.
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Esculturas no museu dedicado ao artista Luiz Roberto Acosta,
que escolheu Villa de Leyva como refúgio e inspiração |
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Mesmo recebendo muitas visitas no feriado da Semana Santa,
Villa de Leyva conservava um climinha de sossego |
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Igreja de El Cármen, em Villa de Leyva |
Também valem a visita os museus Casa de Antonio Nariño, Casa Luis Robero Acuña e Casa de Antonio Ricaurte, nem tanto pelos acervos, que são simples, mas para ver por dentro esses belos casarões coloniais e ter uma boa ideia da vida cotidiana que transcorria entre suas paredes.
Saiba mais sobre esses museus: A história da Colômbia em três museus de Villa de Leyva
6º dia - quinta-feira: arredores de Villa de Leyva e retorno a Bogotá
À tarde, me despedi de Villa de Leyva e retornei a Bogotá no ônibus das 13 horas, viajando em uma empresa mais estruturada. Era para ter chegado à capital às 15:30, mas tivemos um acidente sem maiores consequências (fora o atraso monstro) na estrada.
No retorno a Bogotá, fiquei hospedada no bairro de Chapinero, no ótimo Best Western Plus 93 Park Hotel.
7º dia - sexta-feira: despedida de Bogotá no bairro de Chapinero
No retorno a Bogotá, segui uma indicação de Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, e fiquei no excelente Best Western Plus 93 Park Hotel, em Chapinero, cinco estrelas com preço de hotel básico (novamente, comparando com o Brasil) a uma quadra do Parque de la 93 e cercado de restaurantes bacanérrimos.
Como foi a minha experiência na parte nova de Bogotá:
Hospedagem em Chapinero: Best Western Plus 93 Park Hotel
Os arredores de Villa de Leyva também estão cheios de atrações interessantes. Saí logo cedo para ver a Casa de Terracota, uma construção inspirada em Gaudí, espécie de Casapueblo de argila.
Também amei o Sítio Arqueológico de Monquirá, ou El Infiernito, um observatório astronômico pré-colombiano que é chamado de "Stonehenge do Povo Muísca". Por fim, fui ver esqueletos pré-históricos no Museu El Fosil.
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O Mosteiro de Ecce Homo, do Século 16, fica a 13 km de Villa
de Leyva |
Outra parada foi no belíssimo Mosteiro de Ecce Homo, do Século 17, que super vale a visita.
À tarde, me despedi de Villa de Leyva e retornei a Bogotá no ônibus das 13 horas, viajando em uma empresa mais estruturada. Era para ter chegado à capital às 15:30, mas tivemos um acidente sem maiores consequências (fora o atraso monstro) na estrada.
No retorno a Bogotá, fiquei hospedada no bairro de Chapinero, no ótimo Best Western Plus 93 Park Hotel.
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A vizinhança do Parque de La 93, em Chapinero, é ótima opção
de hospedagem em Bogotá |
Aproveitei o feriado da Sexta Feira Santa para curtir a tranquilidade e a modernidade de Bogotá no bairro de Chapinero, com direito a cineminha, relax no Parque de la 93 e jantarzinho gostoso.
8º dia - sábado: a volta pra casa
8º dia - sábado: a volta pra casa
O voo de Bogotá para o Panamá saiu ao meio dia (14 horas, no Brasil). Conexão de duas horas no Aeroporto de Tocumen, no Panamá, e chegada a Brasília à meia noite.
Dicas práticas da Colômbia
Hospedagem em Bogotá
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O Hotel de la Ópera (dir) fica coladinho ao Teatro Colón de
Bogotá |
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Meu apartamento era lindão, com balcão colonial e decoração
de época |
Falei dos dois hotéis onde me hospedei em Bogotá em posts bem detalhadinhos dos bairros (La Candelaria e Chapinero) onde eles ficam. Gostei muito das minhas escolhas.
Fiz uma comparação entre as duas experiências de hospedagem (no Centro Histórico e na parte moderna da cidade) neste post: Candelaria ou Chapinero: onde é melhor ficar em Bogotá?
Fiz uma comparação entre as duas experiências de hospedagem (no Centro Histórico e na parte moderna da cidade) neste post: Candelaria ou Chapinero: onde é melhor ficar em Bogotá?
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Pátio do Hotel de La Ópera |
No bairro da Candelária, em Bogotá, fiquei no Hotel de la Ópera, preciosa dica da uma colega de trabalho, que tinha se hospedado lá há cerca de um ano.
O lugar é simplesmente maravilhoso, um casarão antigo, vizinho de parede do Teatro Colón, a uma quadra do complexo de museus do Banco da República (Museu Botero, Museu de Artes) e do Centro Cultural Gabriel García Márquez.
Apesar de ser um cinco estrelas (o único da Candelária), o Hotel de la Ópera tem preços bastante pagáveis (comparando com hotéis bem menos bonitos e confortáveis no Rio, por exemplo). Os quartos são encantadores, a gente se sente voltando no tempo.
O lugar é simplesmente maravilhoso, um casarão antigo, vizinho de parede do Teatro Colón, a uma quadra do complexo de museus do Banco da República (Museu Botero, Museu de Artes) e do Centro Cultural Gabriel García Márquez.
Apesar de ser um cinco estrelas (o único da Candelária), o Hotel de la Ópera tem preços bastante pagáveis (comparando com hotéis bem menos bonitos e confortáveis no Rio, por exemplo). Os quartos são encantadores, a gente se sente voltando no tempo.
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O Hotel Best Western tem a área de fumantes mais cordial que
já encontrei |
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Passei as duas últimas noites na Colômbia no bairro de
Chapinero. Gostei muito do quarto amplo e em equipado do meu hotel |
Como foi a minha experiência na parte nova de Bogotá:
Hospedagem em Chapinero: Best Western Plus 93 Park Hotel
Hospedagem em Villa de Leyva
Em Villa de Leyva, não tinha qualquer referência. Escolhi a hospedagem pelas avaliações de hóspedes no Booking e também acertei.
Também instalado em um antigo casarão colonial, o Hotel Antonio Nariño é administrado pelos proprietários, que cuidam de todos os detalhes pessoalmente. As acomodações são simples, mas bastante confortáveis, e a acolhida é de casa de amigos.
Mais sobre a hospedagem no Hotel Antonio Nariño
Villa de Leyva: dicas práticas de um encanto da Colômbia colonial
Também instalado em um antigo casarão colonial, o Hotel Antonio Nariño é administrado pelos proprietários, que cuidam de todos os detalhes pessoalmente. As acomodações são simples, mas bastante confortáveis, e a acolhida é de casa de amigos.
Mais sobre a hospedagem no Hotel Antonio Nariño
Villa de Leyva: dicas práticas de um encanto da Colômbia colonial
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Bogotá vista do táxi que me levou do aeroporto ao hotel: no
alto, o lazer de sábado em uma rua do Centro. Acima, uma estação do
Transmilenio |
Transporte em Bogotá
O transporte público de Bogotá já é meio folclórico, por conta das famosas busetas, micro-ônibus permanentemente apinhados de gente e eternamente enganchados no trânsito infernal da metrópole — segundo estimativas, a capital colombiana já pode ter passado dos 12 milhões de habitantes, embora o último censo lhe atribua 8 milhões de moradores.
Na contramão desse aperto, há o Transmilenio, moderno sistema de ônibus que circulam em corredores próprios. São oito linhas cortando a cidade com agilidade e conforto, chegando inclusive ao Aeroporto Eldorado.
Na contramão desse aperto, há o Transmilenio, moderno sistema de ônibus que circulam em corredores próprios. São oito linhas cortando a cidade com agilidade e conforto, chegando inclusive ao Aeroporto Eldorado.
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As avenidas modernas de Bogotá ganham cor com os grafites |
A melhor notícia, porém, é que os táxis de Bogotá têm tarifas bem palatáveis. Paguei COP 25 mil, ou cerca de R$ 30, para ir do Aeroporto até o Bairro da Candelária (cerca de 14 km).
De dia, andei muito a pé por Bogotá. À noite e para lugares mais distantes, como o bairro de Usaquén, usei e abusei dos táxis.
Segurança em Bogotá
Já contei aqui no blog que em 2007 ainda era comum os hotéis de Bogotá fazerem questão de oferecer transfer de e para o aeroporto a seus hóspedes — e que o transfer do meu hotel, naquela ocasião, era um micro-ônibus “equipado” com um pastor alemão mal-humorado e um segurança humano armado até os dentes.
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Anote no seu roteiro: a Igreja de São Francisco tem um
magnífico altar dourado e a suntuosa decoração |
Naquela época, Bogotá já respirava aliviada com o refluxo da onda de sequestros e atentados promovidos pelos cartéis do tráfico e das guerrilhas, mas o turismo local precisava desse tipo de pantomima para acalmar os turistas que começavam a aparecer por lá.
Hoje, ninguém mais circula em Bogotá pensando nesse tipo de risco e o verdadeiro enxame de policiais e de efetivos do Exército que se vê pelas ruas já seria suficiente para acalmar o coração dos mais medrosos.
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A quinta que foi o lar de Simón Bolívar em Bogotá (no alto) hoje
é um museu bem bacana, cercado por um parque público muito agradável, onde está
o Jardim dos Mestres da Pátria |
Mas é fundamental destacar que a criminalidade comum não é incomum em Bogotá. Batedores de carteira são o principal risco, especialmente em áreas de grandes aglomerações, mas também ocorrem assaltos — normalmente com armas brancas.
“Evite andar à noite por ruas escuras e desertas” parece chavão, mas é um mantra bem útil a ser recitado e praticado na capital colombiana.
Por outro lado, evite entrar na paranoia que os funcionários dos hotéis tentam incutir nos turistas. Se eu fosse seguir à risca as instruções que me deram, teria passado sete dias em Bogotá trancada no quarto, embaixo da cama, e com uma barricada de móveis na porta 😊.
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Esta estátua no Bairro de Las Águas homenageia La Pola,
heroína da independência colombiana. Chamava-se Policarpa Salavarrieta e foi
fuzilada pelo exército espanhol aos 22 anos de idade |
Curiosa, a Colômbia: o governo gasta rios de dinheiro em propaganda dizendo aos turistas que o país é seguro. Mal colocamos os pés lá, os profissionais do turismo se esforçam horrores para nos convencer do contrário.
Procurando um meio termo: em Bogotá, lembre-se que você está em uma gigantesca metrópole de país em desenvolvimento, faça de conta que está no Rio (ou em São Paulo, ou em Salvador), tome os cuidados clássicos e se jogue. Eu andei um bocado por lá e jamais me senti ameaçada. É só ficar esperta.
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O altar-mor da Igreja de La Candelaria foi uma das
coisas mais lindas que vi em Bogotá |
Um aviso importante: logo no desembarque em Bogotá, recebi uma nota falta de COP 50.000 em um loja do Free Shop do Aeroporto El Dorado. Isso só reforça a necessidade de muito cuidado com os lugares onde se faz câmbio na cidade.
Lei mais sobre isso: O golpe da nota falsa no aeroporto de Bogotá
Lei mais sobre isso: O golpe da nota falsa no aeroporto de Bogotá
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Ajiaco é o prato mais famoso da cozinha popular de Bogotá.
Prepare-se para uma refeição barata e deliciosa |
Segurança em Villa de Leyva
Se o seu sonho é dormir na praça, com passaporte, dinheiro e cartões de crédito à vista do público e não ser molestada, Villa de Leyva é o seu lugar. A cidadezinha é tão segura que parece que fica na Grécia 😊.
Preços na Colômbia
O peso colombiano (abreviado como COP) é uma moeda cheia de zeros, mas se você cortar os “mil”, vai notar que ele quase empata com o real (1.000 COP equivalem a R$ 1,20, atualmente. O dólar estava custando 3.100 COP).
Pra facilitar o cálculo, divida o valor das coisas por mil e acrescente 20%, sempre que quiser comparar os preços.
Em geral, achei os preços bem palatáveis em Bogotá. O táxi mais caro que paguei foi de Chapinero ao aeroporto, 35.000 COP (R$ 42) por um percurso de 18 km, distância similar à da minha casa ao aeroporto de Brasília, corrida que já custa cerca de R$ 60.
Pra facilitar o cálculo, divida o valor das coisas por mil e acrescente 20%, sempre que quiser comparar os preços.
Em geral, achei os preços bem palatáveis em Bogotá. O táxi mais caro que paguei foi de Chapinero ao aeroporto, 35.000 COP (R$ 42) por um percurso de 18 km, distância similar à da minha casa ao aeroporto de Brasília, corrida que já custa cerca de R$ 60.
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No meu café da manhã em Villa de Leyva não podiam faltar as
arepas de trigo, típicas da Província de Boyacá |
Uma ótima refeição com entrada, intermezzo, prato principal e bebidas no restaurante do hotel onde estava hospedada em Bogotá, um cinco estrelas, custou 60.000 COP (R$ 72).
A diária no bacanérrimo Best Western Plus (categoria superior dessa cadeia de hotéis) custou 220.000 COP (R$ 264), com reserva feita de última hora.
A entrada no magnífico Museu do Ouro custa ínfimos 3.000 COP (R$ 3,60, mais barato que algumas passagens de ônibus em Brasília).
A diária no bacanérrimo Best Western Plus (categoria superior dessa cadeia de hotéis) custou 220.000 COP (R$ 264), com reserva feita de última hora.
A entrada no magnífico Museu do Ouro custa ínfimos 3.000 COP (R$ 3,60, mais barato que algumas passagens de ônibus em Brasília).
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A região onde está Villa de Leyva concentra uma riqueza imensa
de descobertas paleontológicas. O Museu El Fosil exibe alguns desses achados |
Em Villa de Leyva, achei os preços um pouquinho inflacionados em relação à capital (meu hotel simpático, mas simplesinho, tinha diárias de 190.000 COP (R$ 228) e os museus, muito modestos, custavam entre 7.000 COP (R$ 8,40) e 6.000 COP (R$ 7,20).
Mesmo assim, fiz uma ótima refeição em um restaurante bem elegante, com vinho, sobremesa e dose oceânica de xerez para acompanhar o café por cerca de 40.000 COP (R$ 48).
Mesmo assim, fiz uma ótima refeição em um restaurante bem elegante, com vinho, sobremesa e dose oceânica de xerez para acompanhar o café por cerca de 40.000 COP (R$ 48).
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Os pinos das tomadas de energia colombianas são
"chatinhos" |
Não esqueça de levar um adaptador de tomadas
Se você se acostumou, como eu, a conectar os aparelhos com plugues de dois pinos redondos na maioria das tomadas europeias, vai ser despertada para a realidade assim que entrar no hotel em Bogotá.
Acredite, eu esqueci de levar meu adaptador universal de tomadas e tive uns 15 segundos de pânico com a ideia de não conseguir carregar a minha tralha tecnológica.
Por sorte, consegui um adaptador emprestado com o hotel até conseguir comprar um. Pra não tomar o mesmo susto que eu, vá prevenida: as tomadas colombianas têm pinos achatados, similares (mas não iguais) às tomadas estadunidenses.
Acredite, eu esqueci de levar meu adaptador universal de tomadas e tive uns 15 segundos de pânico com a ideia de não conseguir carregar a minha tralha tecnológica.
Por sorte, consegui um adaptador emprestado com o hotel até conseguir comprar um. Pra não tomar o mesmo susto que eu, vá prevenida: as tomadas colombianas têm pinos achatados, similares (mas não iguais) às tomadas estadunidenses.
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Bem completo o post, Parabéns! Voltei apaixonada por Bogotá e não é à toa que já fui duas vezes à Colômbia! Volto outras... Obrigada por fazer eu reviver a viagem! Bj
ResponderExcluirCyntia, estou apaixonada por essa cidadezinha querendo embarcar amanhã........Ainda não tinha ouvido falar dela, mas é lugar cheio de história
ResponderExcluirLilian, você vai adorar. Quando a gente pensa em cidade colonial na Colômbia, Cartagena é a principal referência, mas Villa de Leyva merece muito a visita. São astrais diferentes - uma é caribenha, a outra é da Sierra - mas o encanto é similar :)
ExcluirGostei muito do post!!!
ResponderExcluirComprei passagens pra Bogotá na promobug da Copa (R$ 470 reais ida + volta com taxas inclusas) e estou indo com meu marido em agosto. Como foi uma promoção relâmpago, comprei sem pesquisar direito o tempo ideal e acabamos decidindo por ficar 6 noites na Colômbia. Assim, mesmo após muito pesquisar, ainda estou em dúvida no roteiro…é o seguinte:
chego em Bogotá no dia 11/08 à noite (20h) e volto no dia 17/08 de meio dia. Tenho, portanto, 5 dias inteiros…vc acha que é viável ir pra Medellín (ou outro destino) no dia 14 à tarde para voltar no dia 16 à noite (ficando, portanto, 2 dias e uma manhã em Bogotá e 2 dias e uma noite em Medellin)? Ou seria mais interessante ficar apenas em Bogotá, pra conhecer com mais calma as atrações da cidade? Meu receio é ficar tempo demais em Bogotá e não ter tanta coisa pra fazer…mas também tenho medo de ir pra Medellín e não compensar, pelos deslocamentos (hotel/aeroporto/hotel), tempo perdido em aeroporto e nos check-in/check-out em hoteis, além do gasto com táxis…
Enfim, qual seria o roteiro que você sugeriria para mim, contando com 5 dias inteiros na Colômbia, sendo o voo de chegada e saída em Bogotá?
Desde já agradeço!
Nossa, que difícil opinar, rsss. Cinco dias em Bogotá pode ser muito ou pouco tempo, dependendo do seu jeito de viajar. Do mesmo jeito, Dois dias podem ser suficientes ou um período muito apertado... O que eu sei é que em uma estadia de cinco dias, fazer um deslocamento para outra cidade pode ser muito cansativo e tomar um tempo precioso.
ResponderExcluirAntes de decidir uma ida a Medelín ou outro destino, dê uma olhada nas excursões de bate e volta que você pode fazer partindo de Bogotá, que podem ser uma boa opção de atividade sem o perrengue de trocar de hotel, etc
Sites como Getyourguide e Viator oferecem um cardápio variado de possibilidades, que podem ser compradas online.
Abs
Hum, vou dar uma olhada sim! Muito obrigada pela dica e pela atenção! E parabéns pelo blog :)
ResponderExcluirPensei no seguinte roteiro: De 11/08 à noite até o dia 15/08 de manhã em Bogotá (3 dias inteiros, portanto); dia 15/08 pela manhã viagem a Villa de Leyva, com volta no dia seguinte (16/08) à tarde. Que tal?
ResponderExcluirVilla de Leyva é muito fofa, acho que vc vai gostar. Se você conseguir sair cedo, pode ser uma fugida legal. Preste atenção pra não pegar o ônibus pinga pinga, que demora 5 horas. Veja as dicas aqui neste post > http://www.fragatasurprise.com/2016/04/villa-de-leyva-colombia.html?m=0
ExcluirAproveite a Colômbia. É um país adorável :)
Boa noite. To com viagem marcada para 4 dias em BOGOTÁ e 3 dias em SAN ANDRES para janeiro de 2018. Tô com muitas dúvidas de quanto levar para a vaigem, terai algum conselho? Outra dúvida é sobre um taxa que o aeroporto de BOGOTÁ cobra assim que chegamos lá (li que é em dólar, 32 dólares por pessoa) existe mesmo essa taxa, é realemente este valor?
ResponderExcluirTaxa na chegada? Fui a Bogotá duas vezes (2007 e 2016) e não me cobraram nenhuma taxa no desembarque. Aliás, em nenhum aeroporto onde onde eu tenha desembarcado.
ExcluirAchei os preços em Bogotá bem razoáveis. Aqui no blog tem os preços de atrações, táxis e refeições e vc pode ter uma ideia geral.
Abs