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| Fachada do MUNCAB vista através do gradil Histórias de Ogum, obra de J. Cunha |
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| A Exposição Memória: relatos de uma outra história, dedicada a mulheres artistas negras |
O museu está com duas exposições imperdíveis.
A mostra Memória: relatos de uma outra história, é dedicada à produção de mulheres artistas negras da África e da diáspora. Reúne obras de 20 artistas contemporâneas, entre elas as brasileiras Amélia Sampaio, Fabiana Ex-Souza, Luana
Vitra, Madalena dos Santos Reinbolt e Maria Lídia dos Santos Magliani, a ítalo-camaronesa
Barbara Asei Dantoni, a camaronesa Beya Gille Gacha, a ganesa Enam Gbewonyo, a
senegalesa Selly Raby Kane e a namibiana
Tuli Mekondjo.
Eu, que vivo dizendo que arte contemporânea não é minha praia, me fartei no banquete visual.
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| Ensaio (1997), do norte-americano Bennie Andrews |
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Me apaixonei por Retrato Maria I (no alto e no detalhe
acima), do goiano Dalton Paula. A técnica usada na obra é óleo sobre livro |
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Escultura do baiano Jayme Figura |
Já Ancestral: Afro-Américas reúne obras de artistas negros consagrados do Brasil e dos Estados Unidos, com obras de Yêdamaria, Rosana Paulino, Abdias do Nascimento, Mestre Didi,
Rubem Valentim e Bispo do Rosário, do cubano Carlos Martiel e dos norte-americanos
Simone Leigh, Benny Andrews e Leonard Drew.
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| Yemanjá, de Yêdamaria, na mostra Ancestral: Afro-Américas |
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| As fotografias da congolesa Gosette Lubondo são um grande motivo pra ir ao Muncab ver a mostra Memória. Absolutamente sensacionais |
As duas mostras reforçam a vocação do MUNCAB de apresentar o que há de mais potente na arte afro-brasileira e da diáspora africana. Entre pintura, escultura, têxteis, fotografia e vídeo, encontrei uma beleza que faz bem aos olhos e à alma. Amei, recomendo e pretendo voltar.
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| A exposição Ancestral: Afro-Américas está deslumbrante |
Por que ir ao MUNCAB
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| Heitor dos Prazeres no Muncab: no alto, Carnaval nos Arcos (1966). Acoma, Samba (1965 |
O MUNCAB é visita obrigatória em Salvador. O museu aproxima o visitante da alma da cidade, cuja identidade nasceu — e continua nascendo — das matrizes africanas. É também um espaço para contemplar a inventividade, o talento e a força simbólica das culturas africanas e afrodescendentes, presentes na arte, na religiosidade e nas narrativas que estruturam o Brasil.
Como é a visita ao MUNCAB
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Abdias do Nascimento: Oxum em êxtase (1975) e, no alto,
Xangô crucificado ou o martírio de Malcom X (1969) |
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Opá Exim Orum Olu Ibô – Cetro da flecha do caçador do além,
de Mestre Didi |
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Objeto emblemático (1973), de Rubem Valentim |
Inaugurado em 2009, o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira funciona em um casarão do início do século 20, que já abrigou repartições públicas. Fica num ponto discreto, mas a poucos passos de ícones de Salvador:
- Elevador Lacerda e Praça Municipal (a 180 m).
- Palacete Tira Chapéu, espaço da gastronômico instalado em um belo casarão em estilo eclético (140 m).
- A famosa “Ladeira das Blogueiras” — a centenária Ladeira do Pau da Bandeira, rebatizada pela vista incrível para a Baía de Todos os Santos que domina os feeds do Instagram — está a 200 metros.
A coleção permanente do MUNCAB inclui obras de nomes como Yêdamaria, Rubem Valentim, Justino Marinho e Heitor dos Prazeres, além de uma importante coleção de arte sacra afro-brasileira e documentos históricos sobre escravidão e tráfico de pessoas.
A coleção permanente do MUNCAB inclui obras de nomes como Yêdamaria, Rubem Valentim, Justino Marinho e Heitor dos Prazeres, além de uma importante coleção de arte sacra afro-brasileira e documentos históricos sobre escravidão e tráfico de pessoas.
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O gradil “Histórias de Ogum”, de J. Cunha, recebe os
visitantes do MUNCAB com símbolos do orixá que abre caminhos e protege a
memória afro-brasileira |
Mas o MUNCAB vai muito além de seu acervo. O museu é um centro ativo de produção cultural afro-brasileira, sempre com exposições temporárias que ampliam narrativas — como a aclamada Um Defeito de Cor, em cartaz de novembro/23 a março/24.
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| A sala Áfricas reúne uma bela coleção de arte tradicional de diversas regiões daquele continente |
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| Porta de celeiro da Costa do Marfim na Sala Áfricas |
O acervo e as exposições temporárias do MUNCAB passam com o trator por cima daquela noção que se aprende (aprendia, será?) na escola, sempre associando o negro a sofrimento, cativeiro, correntes e pelourinhos. Sim, é preciso falar de tráfico de pessoas e brutalidade e escravidão. Mas o imaginário rico, diverso e belo das pessoas e povos da África e seus descendentes comove muito mais e desnuda infinitamente mais o absurdo da escravidão.
Dicas práticas para visitar o MUNCAB
Endereço: Rua das Vassouras nº 25 — Centro Histórico de SalvadorHorário: terça a domingo, das 10h às 17h
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia)
Têm direito à meia-entrada: professores da rede pública, estudantes, maiores de 60 anos e acompanhantes de pessoas com deficiência.
Gratuidade: quartas-feiras e domingos para todo o público; diariamente para crianças de até 8 anos e pessoas com deficiência (com comprovação).
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