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| O Restaurante da Preta é uma das atrações gastronômicas do Palacete Tira Chapéu |
Faz alguns verões que ando planejando um almoço no Restaurante da Preta, na Ilha dos Frades — a produção exigida pra chegar até lá sempre me fez adiar o programa. Aí a montanha se mexeu e Preta abriu um restaurante no Centro Histórico de Salvador.
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| Restaurante da Preta, versão Salvador: elegante e aconchegante |
Agora sem desculpas, lá fui eu almoçar em Preta, como falam os habitués. Não teve a paisagem linda da Ilha dos Frades, na Baía de Todos os Santos, mas teve comida muito gostosa em um ambiente muitíssimo agradável.
Veja como foi minha experiência:
Restaurante da Preta
O Restaurante da Preta existe desde 2011, primeiro na Ilha de Maré e agora na Ilha dos Frades — ambas, oficialmente, distritos de Salvador, mas lindamente plantadas nas águas de Kirimurê, ou a Baía, segundo os tupinambás.
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| Antes da refeição, babe com os detalhes decorativos do Palacete Tira Chapéu |
Hoje, é uma marca gastronômica liderada pela chef Angeluci Figueiredo, a Preta, que faz comida baiana contemporânea e arrasta multidões à Ilha dos Frades — nem tanto, só porque o restaurante tem horário e espaços limitados. Virou hit de verão na Bahia.
Preta já mantém um bistrô no Museu de Arte Contemporânea da Bahia, na Graça, desde o verão de 2023 — a montanha foi se chegando aos poucos.
Restaurante da Preta no Palacete Tira Chapéu
O belo Palacete Tira Chapéu, de 1917 (originalmente sede da Associação dos Empregados do Comércio da Bahia), foi restauradíssimo e convertido em espaço gastronômico. É mais um filhote dos investimentos voltados a devolver à Rua Chile seu papel de bulevar elegante dos tempos de meu avô — na esteira dos hotéis Fasano e Fera Palace.
Um Restaurante da Preta no Palacete Tira Chapéu faz todo sentido — além de facilitar minha vida 😁.
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| A decoração consegue ser simples e requintada |
A casa do Centro Histórico foi inaugurada em novembro do ano passado. Naturalmente, não tem o clima pé na areia que os frequentadores da Ilha dos Frades exaltam, apesar de manter a pegada beira-d’água no cardápio — afinal, a Baía está logo ali. É um espaço elegante, quase à meia-luz, com decoração sóbria e muito aconchegante, apesar do pé direito altíssimo e da vastidão do salão.
O único defeito da casa talvez seja a desproporção entre as mesas muito altas e os assentos, pelo menos pra quem tem 1,60m como eu: foi impossível manejar os talheres sem fazer asinha com os cotovelos.
O único defeito da casa talvez seja a desproporção entre as mesas muito altas e os assentos, pelo menos pra quem tem 1,60m como eu: foi impossível manejar os talheres sem fazer asinha com os cotovelos.
No mais, adorei a experiência. O cardápio traz pratos consagrados da marca Preta — a moqueca de camarão com polpa de coco verde, servida com farofa de banana com tapioca e arroz, por exemplo — e adições na vibe Rua Chile, como o lombo de bacalhau com toque defumado no azeite e vegetais confitados, que ganhou o nome de “Mulher de Roxo”, alusão à personagem trágica e misteriosa que perambulava pela área desde a década de 1960 até sua morte, em 1997, sem que jamais se descobrisse sua real identidade.
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| O malassado de Preta estava tão delicioso quanto o da minha avó |
Mas o que selou minha decisão de ir experimentar o Restaurante da Preta foi ver que havia malassado no cardápio. O prato (malassada, no feminino, como se dizia na casa da minha avó) é a prova de que cozinha baiana sem dendê também bate um bolão.
É uma porção de carne bem alta — pode ser filé, mas nem sempre — malpassada, torradíssima por fora, vermelhíssima por dentro, acompanhada do molho resultante da preparação na frigideira e da adição de cebolas e pimentões. Celestial é pouco.
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| Sorvete de coco verde, sobremesa bonita e gostosa |
O malassado de Preta estava perfeitíssimo, tão bom quanto o da minha avó. De sobremesa, viajei no sorvete de coco com banana assada e flocos de tapioca.
Dicas práticas do Restaurante da Preta no Palacete Tira Chapéu
Endereço: Rua Chile s/n, esquina com Praça Municipal.Horários: domingo a quinta, das 12h às 23h; sexta e sábado, das 12h às 23h30. Fechado às segundas.
Reservas: recomendadas.
Preço: prepare-se para gastar entre R$ 150 e R$ 180 por pessoa.
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