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O melhor jeito de chegar a Cefalônia é pegar um ferry em
Killini (na imagem), com um carro alugado, e já desembarcar na ilha motorizada |
Vamos começar com as dicas de como chegar a Cefalônia. Eu fui até lá de carro, saindo de Olímpia para o Porto de Killini e atravessando de ferry boat para o Porto de Poros. Foi fácil e confortável. Uma fórmula bem redondinha (afinal, o carro é essencial pra explorar a ilha).
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Qualquer prainha básica de Cefalônia já é um espetáculo.
Essa é Makris Gialos, do ladinho de Argostoli |
Também é possível e confortável chegar a Cefalônia de avião. O que não recomendo é ir de ônibus, porque seria uma Odisseia (Ítaca, a Ilha de Ulisses/Odisseu, está do ladinho, mas deixe que o relato de Homero inspire você de outras formas).
Neste post você vai encontrar o passo a passo pra comprar sua passagem de ferry boat, o que esperar da travessia e vai descobrir quais as companhias aéreas que voam pra Cefalônia. Aproveite as dicas e se jogue em Cefalônia, um inesquecível paraíso azul da Grécia.
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O ferry Fior di Levante faz a linha de Killini a Poros, um dos portos de Cefalônia |
Como chegar a Cefalônia
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De abril a outubro, quando a ilha está neste delírio azul, há voos de diversas cidades europeias para Cefalônia |
Na alta estação, diversas companhias operam voos de grandes cidades europeias para Cefalônia. Dá pra chegar lá direto de Londres, Viena, Frankfurt, Munique, Amsterdã, Nápoles e Roma e diversos outros locais. Uma boa pesquisa mostra várias opções.
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Se for chegar de avião, reserve um carro para alugar com antecedência. Na imagem, a adorável Argostoli, capital da ilha |
Até dá pra chegar a Cefalônia com transporte público, mas, acredite em mim, você não vai querer isso.
Os barcos do continente para Cefalônia saem dos portos de Patras e de Killini, ambos no Peloponeso.
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Rodei bastante pelas estradas de Cefalônia e não lembro de ter visto um busão circulando |
Patras fica a 210 km de Atenas (pelo menos 3 horas no busão). Killini está a 290 km da capital — é mais perto de Olímpia (70 km) e de Kalamata (170 km) — e a viagem até lá demandaria uma loucura de baldeações.
Mas o perrengue não acaba aí: feita a travessia até a Cefalônia, você iria depender do deficiente transporte público local para explorar as praias, que ficam distantes umas das outras e afastadas das vilas e cidades.
Cefalônia sem carro é uma tremenda roubada.
Como chegar a Cefalônia de carro
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Os ferries para Cefalônia chegam nos portos de Sami (Σάμη) e
de Poros (Πόρος), marcados no mapa |
A travessia de Patras ao Porto de Sami, em Cefalônia, dura 3h30 e é operada pela Levante Ferries.
As travessias partindo de Killini para Cefalônia têm como destino principal o porto de Poros e a viagem dura 1h20. Há também a promessa de travessias de Killini para Sami no site da empresa Levante Ferries, que opera as rotas. Mas não consegui encontrar uma datinha disponível sequer.
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É até possível comprar as passagem direto no Porto de Killini, mas é tão fácil fazer isso pela internet que é melhor não arriscar |
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Lá do alto: o Porto de Poros, a cidade de Argostoli e o mar que me aguardava em Cefalônia |
Como comprar bilhetes de ferry para Cefalônia
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O site da Levante Ferries fala inglês fluentemente |
Quem parte a Cefalônia do Porto de Patras só tem a opção de navegar para
Sami, que fica mais para o meio da ilha, a 26 km de Argostoli (capital da ilha). Esse porto fica a 18 km da Praia de Myrtos (a mais desejada da ilha) e a 40 km de Fiskardo, que hoje é o destino mais badalado em Cefalônia.
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Partindo do Porto de Killini, há a opção de atravessar para Poros ou Sami. Saindo de Patras, a travessia é só para Sami |
Se você sai do continente pelo Porto de Killini (Kyllini, em inglês), vai chegar ao Porto de Poros. (É bom você saber que também existe a rota Killini-Zaquintos, que é a nova ilha queridinha da Grécia)
Se você já comprou qualquer passagem pela internet, não tem
como errar. Preencha as datas de ida e volta (a não ser que você resolva que
vai ficar em Cefalônia pra sempre, o que não é uma má ideia) e vá seguindo o
passo a passo do site, que é igualzinho.
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Não se preocupe por não saber qual será a placa do carro alugado. Basta escrever RENT 123 nesse quadrinho |
O que pode parecer uma pegadinha é o momento de preencher os dados de embarque (nome dos passageiros, documentos e quetais), quando o site pede a placa do veículo que você vai estar dirigindo (muito provavelmente um carro alugado cuja a placa você não tem como saber qual será).
Parece pegadinha, mais não é. Como o próprio site informa,
quem vai viajar de carro alugado tem apenas que escrever RENT 123 (“alugado 123”) no
lugar da placa, que o sistema já entende.
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O recebimento das passagens, após o pagamento, é imediato |
Depois de pagar as passagens com o cartão de crédito,
esperei cerca de 15 segundos pra ter acesso às passagens para download, que
tratei de imprimir (em tese, bastaria apresentar o QR code na tela do celular,
na hora do embarque, mas eu sou jurássica e sempre acho que a maquininha não
vai ler...).
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O ferry é muito confortável e muito estável (não balança quase nada) |
Como é a travessia para Cefalônia
A facilidade de comprar a passagem pela internet prossegue
no processo de embarque.
Basta chegar, mostrar seu bilhete ao controle para a leitura
do QR code e levar o carro até a "barriga" do ferry. Estacione e suba (tem até
elevador e escada rolante) ao convés de passageiros, que é muito confortável, e
aproveite a paisagem do Mar Jônico ao redor.
Eu fui praticamente criada atravessando a Baía de Todos os Santos de ferry boat, entre Salvador e a Ilha de Itaparica, e continuo encantada com o padrão dessas embarcações na Grécia.
São ferries super confortáveis, limpíssimos e as passagens
são sempre com hora marcada (quem já pegou 12 horas de fila do ferry baiano
imagina a diferença).
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Aproveite o conforto e o visual durante a travessia |
O ferry Fior di Levante, que faz a travessia entre Killini e Poros, tem dois compartimentos para veículos. No porão vão os ônibus e caminhões e na “barriga” superior vão os carros de passeio.
A tripulação orienta a entrada dos automóveis e a posição onde
cada um deve estacionar. O ferry só tem uma entrada (eu estava acostumada com
as balsas baianas, onde você entra por uma porta e sai pela outra), mas não se
preocupe: os carros já são posicionados de frente para a porta, para facilitar
a saída, ao atracar.
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Além dos passageiros, os automóveis também viajam bem acomodados. Na foto do centro, olha o nosso possantinho (o Citroen C3 branco com detalhes pretos) todo fagueiro durante a travessia |
O Fior di Levante tem bares, lanchonetes e até lojas para distrair os viajantes na 1h20 de travessia entre Killini e Poros. Suponho que esse seja o padrão dos demais ferries da empresa. O convés de passageiros tem diversos ambientes, com mesas, poltronas, sofás... E ainda tem as varandas, onde é permitido fumar.
Quem tem medo de mar ou é propenso a enjoos não tem muito com o que se preocupar, se viaja entre abril e outubro. Viajei em maio e o Fior di Levante até deu umas balançadinhas, mas nada que assuste (tá, eu sou suspeita, porque cresci dentro d'água). A embarcação é robusta o suficiente pra navegar com muita estabilidade.
Dizem que o Mar Jônico, onde fica Cefalônia, é menos temperamental que o Mar Egeu, no inverno.
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