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A cataplana de mariscos que devoramos em Coimbra: comer em
Portugal é uma farra infinita |
E vamos combinar que a terrinha é propícia a essas esbórnias, dona de uma das culinárias mais tentadoras que já seduziram os meus sentidos.
Comer em Portugal começa com o incrível talento local para preparar o bacalhau, uma excelência que ofusca uma série de outras iguarias sublimes.
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Típico tira-gosto português, os tremoços acompanham muito bem qualquer bebidinha |
E é dessas outras iguarias que vou falar neste post. Dos surpreendentes percebes, das açordas e dos arrozes caldosos.
Das enguias, lampreias, e sapateiras — e de frutos do mar mais prosaicos, como lulas, polvos, sardinhas e ameijoas.
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Olha só e polvo servido no Café no Chiado, em Lisboa |
Portugal é um país cheio de encantos e a gastronomia é apenas um deles — mas já seria suficiente pra justificar uma vida inteira de viagens por lá.
Ah, e se você estranhar a falta dos doces neste post, é porque esse universo arrebatador também mereceu um post exclusivo — Doces portugueses: tentações com origem divina.
O que comer em Portugal
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Percebes: essas patinhas de dinossauro são
gostosas demais! |
Mas eis que, finalmente, me vi cara a cara com os tais dos percebes.
A aparência deles só reforçou a ideia de lenda: os bichos parecem saídos de um desenho animado, têm cara de patinhas de dinossauro.
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Balcão do restaurante A Casa, em Alcobaça. É só escolher o petisco e mandar preparar |
⭐Percebes
Os percebes são crustáceos que crescem grudados às pedras, no mar. Sua “concha” cilíndrica é, na verdade, uma miríade de plaquinhas de calcário, arrematadas por uma “unha” pontuda (daí a cara de pata de dinossauro).
Vivem na Costa Leste do Atlântico, do litoral da França ao Senegal, mas fazem sucesso mesmo em Portugal e na Galícia.
Percebes parecem difíceis de comer, mas quando se pega a manha é facílimo devorar uma travessa cheinha deles: basta torcer a “casquinha” e sugar o bichinho lá de dentro. Meu veredito? A-do-rei!
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Mais delícias do Restaurante A Casa, em Alcobaça: sardinhas
e (abaixo) bacalhau com batatas. Tô pra ver jantar mais português do que este |
Onde comi percebes
Pedi um belo prato de sardinhas ao forno. Minha mãe e minha sobrinha Carolina foram de bacalhau ao forno, acompanhado por batatas fritas, que também estava ótimo.
Pagamos um total de € 56 pela refeição para três pessoas, com bebidas.
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Açorda de ovas com camarões, boa lembrança de Aveiro |
A receita básica é bem simples: é uma espécie de pirão mole, feito a partir de um caldo no qual se desmancham pedaços de pão. É um prato de origem humilde e substancioso.
A açorda geralmente chega à mesa na própria panela em que foi preparada, em porções pantagruélicas. Não faça cerimônias e ataque, pois o sabor é de fazer a gente levitar
Onde comi açorda
Desta vez, me apaixonei irremediavelmente pela açorda de ovas com camarões que jantei em Aveiro, no bom restaurante O Batel (Rua do Tenente Rezende nº 21, Centro).
O lugar é muito agradável, com atendimento caloroso e preços honestos. Nossa conta (para três pessoas), com bebidas, ficou em € 39.
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Os arrozes portugueses são bem mais molhados que os risotos |
Os arrozes portugueses têm muito mais caldo, são quase uma sopa — e definitivamente deliciosos.
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Restaurante O Batel, em Aveiro |
Uma receita rica, forte, cheirosa e irresistível.
Esse arroz de polvo que você vê na foto (uma porção que teria alimentado três pessoas) também foi servido no restaurante O Batel, em Aveiro.
⭐ Enguias
Tem gente que se arrepia com a ideia, mas é bom saber que as enguias são consideradas iguaria em diversas culturas, da Coreia à Saxônia, passando por Portugal.
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Enguias ao escabeche. As bichinhas têm muitas espinhas, mas
eu curti |
Elas têm um sabor bastante peculiar, próximo aos dos peixes de couro (que não são a minha predileção) e muitas espinhas, o que obriga nos obriga a comer com atenção.
Como aperitivo, enguias são uma boa ideia, mas como prato principal eu acho que o trabalho seria grande demais 😉.
O molho em que foram servidas as enguias em Aveiro lembrava o das sarde in saor, sardinhas marinadas típicas de Veneza. Gostei, mas não amei.
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Sapateira: quase dois palmos de caranguejo — receita de
felicidade. Na carapaça, é servido o único acompanhamento, uma mistura de
maionese, ovas e gordura do crustáceo |
Gente, o que é aquele bicho?! Pense em um caranguejo saborosíssimo e enorme, quase dois palmos, contando a extensão das patas.
A sapateira é uma receita de felicidade que chega à mesa com a casca já quebrada, para facilitar o trabalho do comensal no desmonte de sua labiríntica anatomia.
Um quebra nozes e uma pinça, no lugar dos talheres convencionais, ajudam a gente a dar conta do resto do destrinche da sapateira.
Cozida basicamente na água e sal, sem qualquer frescura, a sapateira é servida sem acompanhamento (nem precisa), exceto uma espécie de maionese misturada às ovas e à gordura que esses crustáceos acumulam no interior da carapaça. Simplesmente sublime!
A Marisqueira Costa Nova parece ser bastante popular entre turistas e locais. Seu salão envidraçado, de frente para o mar, estava cheio, com o burburinho que lembrava o de uma cantina italiana em um almoço de domingo.
O serviço é eficiente, mesmo com a lotação máxima do restaurante.
Uma atração à parte na Marisqueira Costa Nova é o tanque de mariscos vivos, logo na entrada, onde a gente pode admirar a confraternização despreocupada de lagostas e sapateiras.
Cada sapateira custa € 20. Considerando que elas valem por uma refeição completa, o preço é justo.
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O tamboril é um peixinho muito mal-encarado, mas o arroz
preparado com ele é um clássico da cozinha portuguesa |
O arroz de tamboril com camarões, porém, não tem nada de feio e é um clássico da culinária lusitana.
O prato, no conjunto, é muito saboroso, os camarões estavam sublimes.
Achei o sabor do peixe um pouco forte, lembrando os peixes da Amazônia — eu sou chata pra peixe, geralmente gosto deles crus, à moda japonesa, ou de escaldado, à moda baiana. Nem em moqueca eu sou muito fã.
Se você curte peixes com personalidade, aposto que vai gostar.
Onde comemos arroz de tamboril
A refeição para três custou cerca de € 30.
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Ô, bichinho do mar danado de gostoso que é ameijoa |
⭐Ameijoas
Muita gente "traduz" ameijoas como vôngoles, mas eu discordo. Elas são maiores, têm a casca mais fina e sabor diferente.
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Sangria de espumante pra acompanhar as ameijoas e vista para
o Porto: a vida é bela |
Ameijoas são tão gostosas quanto seus primos italianos. Ficam perfeitas nos arrozes portugueses, ou como complemento a algum ensopado de frutos do mar.
Ou, simplesmente como aperitivo, ainda mais se acompanhadas de uma sangria de espumante e da vista para a minha querida Cidade do Porto.
Esse prato de ameijoas que você vê na foto foi devidamente devorado no cais de Vila Nova de Gaia, no deque do restaurante Tapas e Buchas.
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Por que se chama francesinha, não sei. Mas é um senhor
sanduba |
A Francesinha, sanduíche típico do Porto, até que se arrisca à comparação. Afinal, como deveríamos chamar a reunião de linguiça, salsicha, presunto e bife debaixo do mesmo teto — no caso, dentro do mesmo pão — e, ainda por cima, coberta com muito queijo gratinado?
Mas a distância entre uma francesinha e um X-tudo é a mesma que separa um ogro de uma parisiense. A francesinha tem um charme que é só dela.
Talvez seja por causa do molho espesso e generoso, à base de tomate, cerveja e pimenta, que arremata o prato.
Ou talvez seja culpa da Cidade do Porto, mesmo, essa linda que transforma qualquer coisa em um espetáculo.
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Restaurante Tapas & Buchas em Vila Nova de Gaia |
Só a vista do lugar já vale a pausa no deque de frente para o Douro e de cara para a beleza da Cidade do Porto, na outra margem.
Almoçamos no Tapas & Buchas num começo de tarde lindíssimo, curtindo a sombra, a brisa e o visual.
O atendimento é simpático e os preços não assustam. Nossa conta (para três), com bebidas, ficou em € 35.
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Bifana à alentejana, mais um sanduba português de responsa |
As bifanas são sanduíches de carne de porco. A carne passa por uma vinha d’alhos antes de assar, e ganha um molho picante na hora de ir para o pão. Excelsa simplicidade que torna qualquer fominha entre as refeições em um pretexto para um luxo baratinho e delicioso.
A melhor bifana que comi nesta viagem foi em Évora (no Alentejo, é claro), no Bifanas de Vendas Novas (Rua Romão Ramalho nº 11).
Vendas Novas, a 60 km de Évora, é apontada como o berço da bifana. Essa lanchonete eborense jura que faz a receita castiça, embora algumas opções do cardápio venham com aqueles acréscimos que lembram a salada e o caruru no acarajé.
Como sou ortodoxa, pedi minha bifana sem alegorias e adereços. Custou €1,90 e valeu por uma refeição.
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Se a bifana é à alentejana, os pregos são à
everywhere. Encontrei o sanduíche de Norte a Sul de Portugal |
Já o prego é um bife (de carne bovina) no pão francês, geralmente com molho picante. Um belisco com sabor da casa da gente, que pode vir acompanhado por batatas fritas (acho um exagero).
Gostoso e baratinho, o prego pode substituir uma refeição. Encontrei pregos de diversos preços, dependendo do lugar, mas você dificilmente vai pagar mais de €3 no sanduba.
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Restaurante Quelha, em Amarante, uma grata surpresa |
Enquanto eu me dedico a encontrar uma solução para esse enigma, vou provando as diversas preparações do bicho e ficando cada vez mais enredada nessa deliciosa perquirição.
Pois é graças ao polvo na brasa do Restaurante Quelha, em Amarante (Rua de Olivença, no Arquinho), os patrícios, neste instante, estão levando o troféu.
O Restaurante Quelha é uma casa simples, com quartos de presunto pendurados no teto e serviço informal. Foi uma das grandes e boas surpresas gastronômicas dessa viagem.
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Lula e polvo na brasa do Restaurante Quelha, em Amarante — a emoção foi
tanta que a foto ficou desfocada 😁 |
Sem grandes expectativas, escolhemos a lula e o polvo na brasa e o que chegou à mesa foi um pequeno banquete.
Vão tratar bem dos moluscos assim lá em Amarante: carne macia, saborosa, com tempero na medida (com esses bichos, menos é sempre mais)...
Um jantar inesquecível a € 40 (quatro pessoas, € 10 por cabeça), com bebidas.
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Este polvo ao forno do Chez Lapin estava dos deuses |
Sabe uma experiência celestial? Pois...
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Chez Lapin, boa aposta no Cais da Ribeira, no Porto |
Tenho experiências variadas com os restaurantes do Cais da Ribeira, área excessivamente turística – com toda justiça, porque é um dos lugares mais bonitos que já vi.
Como sói acontecer em points assim, há muitas casas pega-turista, mas também é possível comer muito bem por lá. Nosso almoço no Chez Lapin é a prova.
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Durante os festejos dos santos de junho, Lisboa tem uma
grelha assando sardinhas em cada esquina |
⭐ Sardinhas na brasa
É que essas bichinhas são a grande estrela culinária das celebrações dos santos de junho, especialmente Santo Antônio, padroeiro da cidade onde nasceu, no Século 12.
Basta dar dois passos pelo Centro de Lisboa para encontrar um braseiro assando sardinhas, que são servidas no pão — uma experiência sensorial de primeiríssima linha.
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A Festa de Santo Antonio estava animada no Miradouro de São
Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, em Lisboa |
Além dos peixinhos anônimos de que dei cabo pelas ruas, recomendo as sardinhas da Estalagem dos Capotes Brancos (Rua do Diário de Notícias 151), no Bairro Alto, onde jantamos muito bem na noite do 12 de junho, quando as festas juninas fervem, antecipando as celebrações religiosas de Santo Antônio, no dia 13.
A Estalagem dos Capotes Brancos é um restaurante popular, simpático e com ótima comida. O caldo verde estava perfeito e as sardinhas ao forno estavam ótimas. Nossa conta (para quatro pessoas, com vinho) ficou em € 76.
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Caracóis? Adorei! |
Esses bichinhos podem não ser tão refinados como seus primos escargots (que eu amo!), mas batem um bolão.
Caracóis têm um sabor peculiar, entre marisco e cogumelo, e são cozidos em um molho bem temperado com bacon, chouriço, alho, cebola, pimenta, louro e orégano — e muito azeite, claro.
Caracóis parecem complicados de comer, mas saem fácil da casca, basta puxá-los com um palitinho e suga-los junto com o molho. Eu amei!
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Cais turístico de Peso da Régua: enquanto espera o barco,
aproveite para bebericar e petiscar |
Enquanto aguardava a partida do nosso barco, aproveitei para provar os bichinhos, devidamente acompanhados por alguns cálices de vinho do porto.
Recomendo tudo: os caracóis, a cidade, a vista, o passeio e o vinho.
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Cataplana é esta panela mágica acima. No alto, o conteúdo da
cataplana e uma sapateira, gigantesco e inenarrável caranguejo português |
Eu sou testemunha: quando o garçom soltou os fechos da panela para nos revelar o encantado preparo que reunia lagostas, camarões, mexilhões, peixe, ameijoas — e uns vegetaizinhos de coadjuvantes...— foi um deus nos acuda de suspiros na mesa.
Perguntei qual era o segredo da cataplana fui informada de que era “o tempero” (tomates, pimentões, alho, cebola, pimenta, muito azeite, louro, vinho do porto, coentro).
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Este foi o "resultado" da cataplana no meu prato |
Fingi que acreditei. Mas ando achando que a cataplana é a versão culinária da cartola do mágico. Por falar nisso, como será que fica um coelho cozido nessa maravilha?
O Restaurante Nacional (Rua Mário Pais 12, 1º andar, Santa Cruz), em Coimbra, foi responsável por uma das melhores refeições que fizemos nesta viagem a Portugal.
É uma casa tradicional, fora do miolo turístico, com atendimento simpático e muito profissional.
Na chegada ao Restaurante Nacional, os painéis de madeira escura que revestem a escada e o salão dão a impressão de que estamos entrando em um sisudo escritório de advocacia (e há vários no prédio).
Mas a conversa animada nas mesas ocupadas por legítimos coimbrões desmente rapidamente essa sensação.
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Restaurante Nacional, classicão em Coimbra, frequentado por locais e com serviço simpático |
Veredito? Mega, hiper recomendo o Restaurante Nacional.
Assim como as enguias, tem quem ache que lampreias são “cobras do mar” ou algo assim, por conta de seu corpo alongado. Não importa, o que vale é que a bichinha é gostosa demais.
A lampreia tem a carne escura, o que é acentuado pelo preparo do arroz, que leva vinho tinto e o sangue do peixe.
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Restaurante Calado&Calado: simples, barato e gostoso |
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Meus sobrinhos adoraram este bacalhau ao forno servido com
batatas fritas no Calado&Calado, em Coimbra |
Foi assim que chegamos ao Calado&Calado (Rua da Sota 14-16), uma casa com jeitão bem tradicional e sem qualquer frescura, onde jantamos muito bem.
Além do arroz de lampreia, os sobrinhos pediram bacalhau ao forno, que vem acompanhado de batatas fritas, e minha mãe foi de sopa de legumes. Com sobremesas e bebidas, nossa conta ficou nos € 50 para quatro pessoas.
Nessa viagem a Portugal, acabei descobrindo que os patrícios também mandam muito bem no cabritinho assado — mais um motivo para a lista infindável de motivos para volta sempre à terrinha.
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A varanda do Restaurante Zé da Calçada tem esta vista para Amarante |
O tempero do cabrito é minimalista: vinho branco, alho, louro, sal e azeite e um pouco de banha de porco. A conta justa para realçar o sabor da carne tenra.
O segredo é deixar a carne do cabrito pegando gosto desde a véspera.
Uma vez no forno, é importante regar o cabrito com o vinho branco enquanto a carne é assada, e também com o molho que vai se formando na assadeira. Um processo lento, meticuloso e de resultados sedutores.
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No alto, a mesa de sobremesas de Zé da Calçada. Acima, uma
entradinha de mexilhões |
Foi nosso último almoço na cidade, em pleno domingão de procissão e missa de São Gonçalo — já tínhamos tentado comer no Zé da Calçada em outras ocasiões, mas a casa sempre estava até à tampa de gente.
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Além da comida excelente, a varanda é outro trunfo de Zé da
Calçada |
Debruçada sobre o Rio Tâmega, a varanda tem uma vista maravilhosa para a Ponte de São Gonçalo, do Século 18, e para a igreja dedicada ao santo que viveu e pregou em Amarante.
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Lombo de porco com batatas ao murro |
É preciso tomar cuidado para não contentar o apetite nesses beliscos — e os mexilhões que eu aceitei até mereciam ter virado prato principal.
Com bebidas e sobremesas, nossa conta foi de € 80.
Os patrícios produzem presuntos de responsa, alguns deles com denominação de origem protegida, como os produzidos no Alentejo, ou com indicação geográfica protegida, como os de Vinhais, no Trás-os-Montes.
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Taberna Dom Rodrigo, em Amarante: cartas, bilhetes e recados |
A Taberna Dom Rodrigo é muito simpática, um misto de armazém e bar de vinhos, frequentado por moradores da cidade que discutem política debruçados no balcão.
Dá pra fazer uma boa farrinha por lá gastando € 10.
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Jack Aubrey tem toda razão: bochecha de porco é um
espetáculo |
Eu, capitã desta Surprise, morria de curiosidade para provar bochecha de porco, com uma certa desconfiança de que a predileção do personagem fosse coisa do paladar britânico.
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Restaurante Café no Chiado: lugar bonito e com ótima cozinha |
O Café no Chiado (Largo Picadeiro 10 a 12, Chiado) é um lugar bonito e elegante, em frente ao Teatro Nacional São Carlos.
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O Café no Chiado fica em frente ao Teatro São Carlos |
Não é um lugar barato. Nosso almoço para quatro pessoas ficou na casa dos € 100, com bebidas e sobremesas (devidamente louvadas no post sobre os doces de Portugal). Foi uma graninha bem gasta.
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Com arroz e feijão: o cozido à portuguesa é um pouquinho
diferente do nosso, mas é bom de chorar |
Eu ainda não tinha provado cozido em Portugal e já estava até conformada de voltar para casa com essa lacuna na minha cultura gastronômica.
Mas a terrinha é tão generosa que colocou um belo cozido no meu caminho, aos 48 minutos do segundo tempo, quando eu voltava de umas compras de última hora e já convencida a catar as malas e ir almoçar no aeroporto.
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O Restaurante Caprilia fica pertinho da Praça Marquês de
Pombal. Simpático, muito barato e ótima comida |
Outra diferença do cozido à portuguesa é a presença do feijão e do arroz no prato — pode parecer estranho, mas combina direitinho.
No mais, o cozido à portuguesa é a mesma festa de vegetais (batata, cenoura, couve). Um acepipe delicioso e imperdível.
Onde provei o cozido à portuguesa
Simples e sem frescura, o lugar bate um bolão no que interessa: como almoçamos bem!
E quer saber do melhor? A conta, para três pessoas, com refrigerantes, foi €15.
Quer mais dicas de onde comer em Portugal? Dá uma olhada neste post
Surpresa: hambúrguer em Portugal em bom demais
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Oba, legal!!
ResponderExcluirQue delícia de post, menina. Tenho um irmão em São João do Estoril e sempre que vou a Europa dou uma paradinha na terrinha. Algumas das iguarias citadas eu já provei e outras já estão devidamente anotadas para a próxima (agora em Setembro).
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