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| O Edifício España, na Praça de Espanha, é um dos cartões postais mais conhecidos de Madri |
No final de 2006, eu queria inventar um Réveillon diferente. Sem aquelas festas chatas e sem felicidade com hora marcada. Escolhi passar a virada do ano em Madri e acertei em cheio: a cidade me proporcionou uma das festas de Ano Novo mais divertidas da minha vida. E olha que eu estava viajando sozinha!
Madri ferve na virada do ano. A confraternização começa no Natal e se estende até a festa dos Reis Magos (6 de janeiro) quando é feita a troca de presentes entre parentes e amigos.
Madri ferve na virada do ano. A confraternização começa no Natal e se estende até a festa dos Reis Magos (6 de janeiro) quando é feita a troca de presentes entre parentes e amigos.
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| O Templo egípcio de Debod, no Parque del Oeste, é uma linda atração gratuita de Madri |
Na véspera do Dia de Reis, Madri para para ver a Cabalgata de Reyes (Cavalgada dos Reis), um enorme desfile de carros alegóricos e gente fantasiada, na noite de 5 de janeiro.
Entre o Natal e Reis, parece que todos os madrilenhos estão nas ruas, escolhendo presentes, encontrando amigos, comprando perucas absurdas, apitos e cornetas para o Dia de los Santos Inocentes — e fazendo um barulho infernal com eles. O Mercadillo de Navidad, na Plaza Mayor, quase não dá conta da demanda.
Entre o Natal e Reis, parece que todos os madrilenhos estão nas ruas, escolhendo presentes, encontrando amigos, comprando perucas absurdas, apitos e cornetas para o Dia de los Santos Inocentes — e fazendo um barulho infernal com eles. O Mercadillo de Navidad, na Plaza Mayor, quase não dá conta da demanda.
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| Quer uma trégua da muvuca? Experimente um passeio pelo Campo del Moro, antiga área de caça da Dinastia Habsburgo, lugar sossegado e com essa super vista para o Palácio Real |
Fim de ano em Madri
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Sou apaixonada pelas fachadas do Centro Histórico da capital
espanhola, área também chamada de Madri de los Áustrias, em alusão à dinastia
Habsburgo, que reinou na Espanha entre 1519 e 1700 |
Veja este post: Roteiros literários: a Madri dos Áustrias
O que esperar de Madri no fim de ano
Estar em Madri no final do ano é sucumbir ao efeito de uma felicidade instantânea — talvez aquela felicidade que as pessoas buscam no Réveillon brasileiro, só que sem a obrigação de usar salto alto na areia da praia e de abraçar efusivamente pessoas pra quem a gente não liga muito o resto do ano. A alegria aqui é sem afetação, meio doméstica, suave.
Suave, mas abarrotada: estar em Madri entre o Natal e o Ano Novo é estar permanentemente cercado por multidões.
Suave, mas abarrotada: estar em Madri entre o Natal e o Ano Novo é estar permanentemente cercado por multidões.
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O Edifício Metrópolis, no encontro da Calle de Alcalá com a
Gran Via, foi construído em 1911 e é um marco da arquitetura Beaux-Arts em
Madri |
Por exemplo: estava louca para provar os maravilhosos doces de La Mallorquina, na Porta do Sol, mas nem o refinado treinamento dos meus cotovelos, adquirido em muitos Carnavais da Praça Castro Alves, foi capaz de vencer a massa compacta, eternamente postada na porta da confeitaria — só no quarto dia de esforço consegui acesso ao paraíso.
Não tem importância: a cada tentativa frustrada, bastava caminhar uma quadra pela Calle de Arenal e comer um dos deliciosos sanduíches de pão de miga de Las Tapas de Ferpal. O sanduíche de patê de lagosta, servido no balcão, com uma taça de vinho, é irresistível.
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| A Porta do Sol é o coração de Madri e o quilômetro zero de todas as estradas da Espanha |
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| La mallorquina: levei quatro dias pra conseguir vencer a multidão e poder provar essas delícias |
Doze horas depois do meu desembarque em Madri, uma bomba explodiu no estacionamento do Terminal 4 do Aeroporto de Barrajas, matando dois equatorianos que dormiam em seus carros enquanto aguardavam o voo que chegaria de Quito. Foi a segunda ação do grupo separatista basco ETA a ocorrer na minha “vizinhança”.
Em 2005, quando percorria o Caminho de Santiago, uma bomba havia explodido em Santiago de Compostela, também num estacionamento, dias antes de eu chegar à cidade.
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Por mais muvucada que estivesse Madri no fim de ano, sempre
havia um lugarzinho nas castiças tavernas do Barrio de las Letras para
bebericar una copita de xerez ou de vermute. O bairro ganhou esse nome em
função de ter como moradores ilustres gente como Lope de Vega e Cervantes |
Veja este post: Passeio pelo Barrio de las Letras
Os jornais só falavam do assunto, mas o atentado não arrefeceu a euforia das ruas de Madri. As pessoas com quem conversei não demonstravam grande preocupação com o episódio: “Uma insensatez”, diziam. Mas não demonstravam estar aterrorizados. Ninguém cogitava, por exemplo, deixar de ir à Porta do Sol, no Ano Novo, por medo de uma nova ação do ETA.
Se eles estavam calmos, não era eu que ia me preocupar. Desde a minha primeira hora em Madri, tratei de aproveitar ao máximo o bom astral da cidade, o movimento incessante das ruas e a gentileza de um inverno europeu a 12 graus de temperatura. Em menos de 24 horas, eu já estava completamente apaixonada pela cidade.
Se eles estavam calmos, não era eu que ia me preocupar. Desde a minha primeira hora em Madri, tratei de aproveitar ao máximo o bom astral da cidade, o movimento incessante das ruas e a gentileza de um inverno europeu a 12 graus de temperatura. Em menos de 24 horas, eu já estava completamente apaixonada pela cidade.
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| Dom Quixote e Sancho Pança no Monumento a Miguel de Cervantes, na Praça de Espanha |
Hospedagem em Madri
⭐Hotel Gran Atlanta
Calle Comandante Zorita 34 (Estação de Metrô Nuevos Ministérios).
Hotel bem convencional, padrão três estrelas, com serviço impessoal, mas correto. A calefação central não tinha controle individual nos apartamentos, o que me faz passar algum calor no quarto, sem que a administração conseguisse resolver o problema.
Fica numa área segura e bem servida de transportes, próxima de uma loja do El Corte Inglés e do Estádio Santiago Bernabeu, do Real Madrid. Na semana entre o Natal e o ano novo, paguei 80 Euros no apartamento single.
Calle Comandante Zorita 34 (Estação de Metrô Nuevos Ministérios).
Hotel bem convencional, padrão três estrelas, com serviço impessoal, mas correto. A calefação central não tinha controle individual nos apartamentos, o que me faz passar algum calor no quarto, sem que a administração conseguisse resolver o problema.
Fica numa área segura e bem servida de transportes, próxima de uma loja do El Corte Inglés e do Estádio Santiago Bernabeu, do Real Madrid. Na semana entre o Natal e o ano novo, paguei 80 Euros no apartamento single.
Todas as dicas de Madri
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