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Azedinha (à esquerda) e ora-pro-nobis: quem disse que a comida mineira é só aquele monte de calorias? |
A cozinha mineira é famosa por seus pratos ricos, substanciosos e bem temperados. Um universo de leitões pururucas, torresmos, frangos caipiras, vacas atoladas e banha de porco, onde os que não comem carne parecem não ter vez.
Pois trago boas notícias: graças à azedinha e ao ora-pro-nobis, a cozinha mineira tem quitutes até para vegetarianos.
Nessa viagem mais recente, por exemplo, resolvi pegar mais leve, sem abrir mão dos sabores locais. Ainda bem que existem a azedinha e a ora-pro-nobis, folhinhas muito saudáveis e saborosas.
Veja o que andei aproveitando da cozinha mineira:
Meu passeio pela Cozinha Mineira
Na vertigem de sabores que é a coxinha mineira, tenho muitas devoções. A mais fervorosas é ao frango com quiabo, invenção que sempre me provocou profunda reverência. Mas não sou monoteísta: nas minhas andanças por Minas sempre tem lugar para a vaca atolada, as costelinhas, os tutus, leitões e a couve — que lá pelas bandas das Alterosas é muito mais que uma verdura.
Mas eu ainda não tinha descoberto o poder do sabor da azedinha e da ora-pro-nobis.
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Igreja do Caraça: depois de explorar o santuário, fui devidamente apresentada à azedinha |
A azedinha foi uma novidade na minha vida. Ainda não tinha provado e descobri essa folha gostosa no refeitório do Santuário do Caraça.
Ando cada dia mais herbívora e amei a ideia de uma verdura que já vem com tempero 😊. Como o nome sugere, ela já traz um toque de limão (ou vinagre, para alguns) e a textura exata para o meu gosto, macia, sem deixar de fazer crunch-crunch na mastigação.
Uma saladinha de alface roxa com Azedinha é simplesmente um espetáculo.
Ando cada dia mais herbívora e amei a ideia de uma verdura que já vem com tempero 😊. Como o nome sugere, ela já traz um toque de limão (ou vinagre, para alguns) e a textura exata para o meu gosto, macia, sem deixar de fazer crunch-crunch na mastigação.
Uma saladinha de alface roxa com Azedinha é simplesmente um espetáculo.
Em Sabará, além de almoçar um franguinho com ora-pro-nobis dos deuses, ainda vi lindezas como a Igreja do Carmo |
Ora-pro-nobis é outra folha irresistível. Refogadinha, acompanhando o tutu, no lugar da couve, é uma verdurinha dos deuses. Desta vez, encontrei-a num restaurante, em Sabará, acompanhado um franguinho ensopado de rasgar a roupa.
Alguém a descreveu a ora-pro-nobis como "prima da escarola". Por mais que eu goste — tem coisa mais paulistanamente deliciosa que pizza de escarola? — sou obrigada a discordar.
Minas: não bastasse a paisagem e o patrimônio histórico, aquela terra ainda bate um bolão na culinária (Serra do Espinhaço) |
Ora-pro-nobis tem um amarguinho diferente, um gostinho de Minas que só ela. Vou tentar achar a plantinha aqui em Brasília, porque dessa vez eu me apaixonei de verdade.
A cidade de Sabará organiza um festival de ora-pro-nobis, com degustações, oficinas de culinária, shows e festas. O de 2012 foi realizado em maio.
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