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| Que me desculpe o Instagram, mas minhas melhores viagens cabem mais no Spotify |
Sei que as viagens estão cada vez mais formatadas para o
Instagram, mas insisto: também leve seus ouvidos pra passear. E não só para
escutar o mundo — sotaques, burburinhos urbanos e murmúrios da natureza. Minhas
melhores viagens foram roteiros musicais.
Se você é daquelas que viajam com trilha sonora, aqui vão 10
museus imperdíveis para quem ama música.
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| O Cais do Sertão (à esquerda) é um dos museus mais instigantes que já visitei. À direita, o Museu do Jazz de Nova Orleans, um banquete musical |
São 10 lugares pra começar a explorar o ritmo de cidades profundamente marcadas pela história de artistas e gêneros musicais e as transformações culturais que eles expressam.
Junte o Google Maps com as cinco linhas da pauta musical,
marque o ritmo do roteiro nos 12 compassos do Blues, no balanço do Rock’n’Roll
e no pulsar do Baião e vamos passear por esses 10 museus imperdíveis para quem
ama música.
Se der vontade de dançar, se jogue.
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| Eu adoro casas-museus e curti muito visitar uma das residências de Mozart, em Salzburgo, e a casa onde Carlos Gardel morou, no Bairro de Abasto, em Buenos Aires |
Veja as dicas:
10 museus imperdíveis para quem ama música
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| 🎵We all live in a Yellow Submarine🎵. Passear pela história dos Beatles é uma grandíssima viagem |
1. The Beatles Story — Liverpool, Inglaterra
Endereço: Royal Albert Dock, LiverpoolHorário: aberto todos os dias do ano, exceto 25 e 26 de dezembro. Diariamente, das 9h às 18:30h (atenção: às sextas, fecha às 17:30h)
Ingresso: £ 20
Faça reserva online com antecedência.
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| Recriação do Casbah Club, bar da família de Pete Best, primeiro baterista dos Beatles, onde a banda se apresentava entre 1959 e 1962 |
Dizer que Liverpool é o paraíso para beatlemaníacos seria o óbvio mais ululante do planeta. A cidade preserva o Cavern Club, a catedral dos Beatles e muitos outros cenários ligados à história dos Fab4 —como as casas onde John Lennon e Paul McCartney passaram a infância e parte da juventide, abertas a visitação.
Mas nenhum fã de música pode deixar de visitar o The Beatles Story, em Liverpool, cidade natal do quarteto mais famoso do planeta.
O museu recria os ambientes que moldaram a trajetória de John, Paul, George e Ringo: o Cavern Club, os estúdios de Abbey Road e até o submarino amarelo. A visita é uma viagem sensorial pela década de 1960, com trilha sonora impecável e objetos originais, como instrumentos, figurinos e manuscritos.
Saiba mais: Liverpool para beatlemaniacos - 3 programas obrigatórios
2. Johnny Cash Museum — Nashville, EUA
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| O Museu Johnny Cash é considerado um dos melhores museus musicais do mundo. Eu amei! |
Endereço: 119 3rd Avenue S, Nashville
Horário: Diariamente, das 9h às 19h
Ingresso: US$ 27.95 + taxa. Jovens (6 a 15 anos) pagam US$ 23.95. Crianças até 5
anos têm acesso gratuito, acompanhadas por um adulto.
No coração de Nashville, o Johnny Cash Museum presta tributo ao “Homem de Preto”. Considerado um dos melhores museus musicais do mundo, o espaço reúne letras escritas à mão, figurinos de palco e gravações raras do artista que levou a música country a um novo patamar.
É
impossível sair de lá sem se emocionar com a autenticidade de Cash — e sem
cantarolar “Ring of Fire”.
Saiba mais: O que fazer em Nashville
3. Blues Hall of Fame — Memphis, EUA
Ingresso: adultos pagam US$ 10; estudantes pagam US$ 8; crianças até 12 anos entram de graça, acompanhadas por um adulto.
Este é um dos museus mais empolgantes que já visitei na vida. Se Memphis é o lar do Blues, o Blues Hall of Fame é o templo máximo dessa herança.
O museu celebra os artistas que
transformaram dor e esperança em canção: B.B. King, Muddy Waters, Etta James,
Robert Johnson. Painéis interativos e gravações originais (uma coleção vastíssima, que a gente explora meio dançando) ajudam o visitante a
mergulhar nas raízes do gênero que deu origem ao rock, ao soul e a muito do que
ainda escutamos hoje.
Saiba mais: O que fazer em Memphis, a cidade do Blues
4. Cais do Sertão — Recife, Brasil
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| Um Rio São Francisco, símbolo da alma nordestina, representado na belíssima cenografia do Museu Cais do Sertão |
Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, S/N, Recife Antigo
Horários: de terça a sexta das 10h às 16h. Sábados e domingos das 13h às 18h.
Na última quinta-feira do mês, tem horário estendido das 10h às 20h. Fechado às
segundas.
Ingresso: R$ 10,00 (meia-entrada R$ 5,00). Gratuito toda terça-feira.
Taí um dos melhores museus que já visitei no Brasil. No coração do Recife Antigo, o Cais do Sertão mostra que o Nordeste brasileiro também tem um museu musical à altura dos grandes do mundo. Um dos museus mais premiados e inovadores do Brasil, o lugar merece cada reconhecimento e elogio.
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| A identidade nordestina é representada de forma comovente e instigante no Cias do Sertão |
O Cais do Sertão combina uma belíssima cenografia, arquitetura contemporânea, tecnologia e cultura popular nordestina — especialmente em torno da figura de Luiz Gonzaga — pra falar de uma cultura riquíssima, de ritmos magnéticos e de um povo afetuoso, criativo e lutador.
Como diz o site do próprio museu, lá o sertão é visto não apenas como um território geográfico, mas como uma condição existencial — um símbolo de resistência, sabedoria, seca e esperança.
Interativo e poético, o espaço celebra o legado de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e apresenta a cultura sertaneja como fonte inesgotável de invenção e resistência. O visitante pode ouvir sanfonas, remixar ritmos e sentir como o som do sertão moldou o Brasil.
Saiba mais: 4 passeios em Recife pra seu roteiro ficar massa
5. Memphis Rock’n’Soul Museum — Memphis, EUA
Endereço: 191 Beale Street, Memphis
Horário: diariamente das 10h às 17h.
Ingresso: US$ 14
Como já falei antes aqui na Fragata, contexto é bom e eu gosto (faço questão). E quem gosta de de Blues, Rock'n'Roll, Soul e outras maravilhas que a África engendrou na terra de Tio Sam tem obrigação — moral, ética e politica — de conhecer a história e a luta do povo construtor da música que faz nossa alma dançar.
Por isso, o excelente Rock’n’Soul Museum éum endereço imperdível em Memphis, um museu musical que não se limita aos 12 compassos do Blues, mas percorre a história e a luta política de quem dedilhava as cordas de aço dos violões, fazia gemer as gaitas e marcava o ritmo em instrumentos rudimentares, como o contrabalde (contrabaixo feito com um balde, uma corda e um cabo de vassoura).
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| O contrabalde taí pra provar o engenho e arte dos avós do Rock'n'Roll |
Criado em parceria com o Smithsonian — o maior complexo de museus e centros de pesquisa do mundo —, Rock’n’Soul Museum narra o encontro entre os sons das igrejas negras e o ritmo das plantações do Mississippi, mistura que acabaria gerando o rock’n’roll. O acervo inclui guitarras lendárias, jukeboxes e fones para ouvir as faixas que revolucionaram o século 20.
Uma sessão especialmente interessante conta sobre a poderosa relação entre a música o o movimento pelos Direitos Civis dos afro-americanos, na segunda metade do século passado.
Saiba mais: O que fazer em Memphis
6. Graceland — Memphis, EUA
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| A visita a Graceland é um mergulho no universo doméstico, na carreira e no legado de Elvis Presley |
Endereço: 3717 Elvis Presley Boulevard, Memphis
Horário: 9h às 17h (último tour na mansão começa às 16h)
Ingresso: há várias modalidades de passes, a partir de US$ 50. Saiba mais no
post sobre Graceland lincado abaixo.
Ainda em Memphis, o endereço mais visitado do Tennessee é Graceland, a casa de Elvis Presley. Transformada em museu, a mansão mantém o charme kitsch do Rei do Rock — o espaço doméstico que conta muito sobre os gostos e manias de Elvis. O tour é acompanhado por um audioguia,
O complexo de Graceland ainda abriga um enorme pavilhão/museu dedicado à história de Elvis: sua trajetória musical, a carreira cinematográfica, seus carros, os anos servindo ao exército e muito mais.
Saiba mais: Graceland - a casa de Elvis Presley em Memphis
7. Country Music Hall of Fame — Nashville, EUA
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| No Hall da Fama estão imortalizadas grandes estrelas da Country Music |
Endereço: 222 Rep. John Lewis Way S, Nashville
Horário: diariamente das 9h às 17h.
Ingresso: a partir de US$ 31
OK, você pode não gostar de Música Country (eu mesma não
curto). Mas é preciso reconhecer que o planeta é muito melhor com a arte de Carl Perkins, Johnny Cash, Patsy Cline e Willie Nelson, né?
Mas nem é a homenagem a esses e outros gênios que faz do Museu
do Hall da Fama da Country Music uma pedida imperdível pra quem ama música. A
instituição é simplesmente o que toda grande expressão artística merece ter.
Um dos museus mais modernos dos Estados Unidos, o Country
Music Hall of Fame and Museum é um baita centro de pesquisa e documentação
sobre um gênero musical que meio define a identidade estadunidense (queria ver
algo semelhante feito para o nosso samba).
São mais de 2,5 milhões de itens — discos, instrumentos,
trajes e vídeos — e uma coleção infinita de fonogramas que contam a história da
Música Country e suas maiores expressões (eu até comecei a ouvir Hank Williams
depois da visita) e de seus tributários, como as estrelas do Southern Rock (Creedence, Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers) e do Country Rock (Eagles 💓)que
eu tanto amo.
E por falar em não gostar de Country, experimente essa
playlist redentora:
Trilha sonora para Nashville
Saiba mais sobre a vista ao Country Music Hall of Fame and Museum
8. Casas de Mozart —
Salzburgo, Áustria
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| Mozart é tão importante para Salzburgo que tem dois museus na cidade |
Casa Natal de Mozart
Endereço: Getreidegasse 9, Salzburgo
Horário: diariamente, das 9h às17:30h. Em, novembro, deembro e janeiro, das 10h
às 14h.
Ingresso: € 15
Residência de Mozart
Endereço: Makartplatz 8
Horário: diariamente, das 9h às 17:30h.
Ingresso: € 15
O tíquete combinado para os dois museus custa € 23
Com toda licença da Noviça Rebelde, Mozart é tão importante
para a deslumbrante Salzburgo que ganhou dois museus na cidade.
Uma delas é a Mozart Geburtshaus (Casa Natal de Mozart), no casarão onde
a família morava quando o compositor nasceu, em 1776. É uma casa-museu comovente
— e visitadíssima.
Como uma boa casa-museu, a Mozart Geburtzhaus fala do cotidiano
doméstico — a vida comum de um cara absolutamente extraordinário
O segundo é a Mozart Residenz, um palacete conhecido como Tanzmeisterhaus,
onde a família viveu entre 1773 e 1780, quando o compositor deixou Salzburgo
por Viena e a glória musical. Esta casa hoje é administrada pela Fundação
Internacional Mozarteum e oferece exposições temáticas de longa duração sobre a
obra de Mozart.
Nos dois museus, Instrumentos originais, partituras e
objetos pessoais ajudam a compreender o gênio por trás de sinfonias imortais.
Saiba mais: Casas-museus, a vida cotidiana de gente muito especial
9. Museu Carlos Gardel
— Buenos Aires, Argentina
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| Um lugar pra ouvir Gardel e compreender um pouquinho mais sobre a alma portenha |
Endereço: Jean Jaurès 735, Bairro Abasto (Metrô Carlos
Gardel, Linha B, a 500 metros)
Horário: segundas, quartas, quintas e sextas das 11h às 19h. Sábados, domingos
e feriados das 11h às 20h. Fechado às terças.
Ingresso: ARS 10.000. Gratuito às quartas-feiras.
No bairro de Abasto, em Buenos Aires, está o Museu Carlos
Gardel, instalado na casa onde viveu o maior ídolo do tango. Fotografias,
roupas e gravações compõem um retrato afetuoso do cantor que deu alma e voz à
Argentina. O espaço também sedia pequenas apresentações de tango e projeções de
filmes estrelados por Gardel.
Já visitei duas vezes e sou capaz de voltar. Além de adorar Gardel, acho o museu uma super janela para a alma argentina. Imperdível.
Saiba mais: 5 museus bacanas de Buenos Aires - e os passeios que combinam com eles
10. New Orleans Jazz
Museum — Nova Orleans, EUA
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| Desafio você a visitar o Museu do Jazz de Nova Orleans sem dar uma dançadinha |
Endereço: 400 Esplanade Avenue, New Orleans
Horário: De terça a domingo: das 9h às 16h. Fechado às segundas-feiras.
Ingresso: US$ 11.
Nova Orleans é o berço do jazz, e o New Orleans Jazz Museum, instalado no antigo U.S. Mint (antigo edifício da Casa da Moeda dos Estados Unidos), é uma homenagem vibrante ao gênero.
Feito mais de sons do que objetos, é um lugar que convida a ouvir e descobrir jazzistas sensacionais e a história de um gênero musical que ganhou o mundo. É um museu dançante, por excelência.
O museu celebra músicos lendários como Louis Armstrong (filho dileto de Nova Orleans que dá nome ao aeroporto da cidade) e tem uma ala dedicada às mulheres no jazz. Também dá espaço aos artistas contemporâneos. Além das exposições permanentes, o local abriga shows, festivais e workshops.
Quando visitei o Museu do Jazz, delirei com a exposição temporária sobre Professor Longhair (1918–1980), pianista e cantor de Nova Orleans, misturou rumba, blues e boogie-woogie, criando o som único da cidade. Tietado por gente como Robert Plant, Longhair é um dos pais do Rhythm'n'Blues.
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