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Outdoor animando a torcida alemã para a Copa das
Confederações 2005: "Nós somos bons" |
Música deste post: Garotos, Leoni
O encanto de Lübeck me deixou num astral muito "oncinha pintada, zebrinha listrada e coelhinho peludo". Caminhando por An der Obertrave, a "rambla sul" do Rio Trave, fui chamada de volta à realidade por um grito inconfundível: "Tor!!!!".
Não era ninguém evocando deuses vikings (o do martelo é grafado com th). Ao menos, não conscientemente: eram "apenas" uns 60 alemães reunidos num bar, a meia quadra dali, assistindo Brasil x Alemanha e comemorando o gol de empate do time da casa, na semifinal da Copa das Confederações de 2005.
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Eu estava curtindo o final de tarde à beira do Rio Trave, em
Lübeck, quando o grito primal me trouxe à realidade |
Nessas coisas de futebol, eu sou abusada: resolvi ver o jogo também, cercada pelos adversários. E lá fui eu para o boteco.
Como Lübeck fica quase na Dinamarca, a ideia de vikings não estava muito fora de lugar: todo mundo no bar parecia ter mais de dois metros de altura e até as canecas de cerveja deles pareciam ser maiores do que eu.
Sentei num cantinho discreto, meio de lado para a TV, pedi um gim e me aferrei à resolução de ser beeeeem invisível.
Quase pedi desculpas gerais quando, daí a pouco, o zagueiro alemão jogou Adriano pra fora de campo, na linha de fundo, e o árbitro marcou pênalti a favor do Brasil.
Tá certo que o empurrão foi dentro da área. Mas a queda, não: o Imperador caiu lá nas placas de propaganda. "Penalti, como assim?? Esse juiz filho da mãe tá querendo que eu leve uma surra", resmunguei, pedindo a segunda dose.
Como Lübeck fica quase na Dinamarca, a ideia de vikings não estava muito fora de lugar: todo mundo no bar parecia ter mais de dois metros de altura e até as canecas de cerveja deles pareciam ser maiores do que eu.
Sentei num cantinho discreto, meio de lado para a TV, pedi um gim e me aferrei à resolução de ser beeeeem invisível.
Quase pedi desculpas gerais quando, daí a pouco, o zagueiro alemão jogou Adriano pra fora de campo, na linha de fundo, e o árbitro marcou pênalti a favor do Brasil.
Tá certo que o empurrão foi dentro da área. Mas a queda, não: o Imperador caiu lá nas placas de propaganda. "Penalti, como assim?? Esse juiz filho da mãe tá querendo que eu leve uma surra", resmunguei, pedindo a segunda dose.
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Agora, me diga se uma cidade linda dessas é lugar pra ficar
brincando de Asterix entre os Godos |
Mais um gim e dois quase-gols de Robinho. No primeiro eu só suspirei — meio alto, acho. No segundo eu não pude evitar o "#$%&*#, seu perna-de-pau!". Mas como os alemães também estavam berrando horrores, eu apenas continuei a despejar impropérios, tomando a providência de apontar para o volante, que não tinha marcado direito o brasileiro.
O problema é que Adriano estava infernal naquele torneio e mandou uma bomba, para marcar o terceiro do Brasil.
Eu, que já dava os 2 x 2 como fato consumado, tinha baixado a guarda e acabei pulando da cadeira, gritando feito maluca.
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Nem se a gente tivesse levado um sacode da Alemanha eu ficaria menos feliz de estar na encantadora Lübeck |
A essa altura, olhava em volta e já via os demais frequentadores do bar com roupas de pele de urso e capacetes de chifre. Até que um deles, no apito final, me abriu um sorriso resignado e resumiu: "Era o Brasil, né?"
Tomei mais um gim, me sentindo numa cena de "Asterix entre os Godos" (eu nem era Asterix, era Ideiafix, sem poção mágica).
Lembrei do outdoor que vi em Berlin, no qual a Federação Alemã de Futebol tentava turbinar a autoestima da torcida: "Wir sind gut" (Nós somos bons"), afirmava o cartaz, estampando as estrelas de tricampeões do mundo no uniforme do time. "Aber wir sind besser" (mas nós somos melhores), cantarolava eu, a caminho do hotel, louca para ver o compacto dos melhores momentos na TV.
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Tomei mais um gim, me sentindo numa cena de "Asterix entre os Godos" (eu nem era Asterix, era Ideiafix, sem poção mágica).
Lembrei do outdoor que vi em Berlin, no qual a Federação Alemã de Futebol tentava turbinar a autoestima da torcida: "Wir sind gut" (Nós somos bons"), afirmava o cartaz, estampando as estrelas de tricampeões do mundo no uniforme do time. "Aber wir sind besser" (mas nós somos melhores), cantarolava eu, a caminho do hotel, louca para ver o compacto dos melhores momentos na TV.
Mais sobre Lübeck aqui no blog
Restaurante histórico em Lübeck - a casa dos homens do mar
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