Atualizado em agosto de 2019
Música deste post: Copacabana, Dick Farney
Quando se fala de hospedagem no Rio de Janeiro, Copacabana é
um clássico. Mas um clássico com prós e contras.
A favor do bairro mais cantado do Rio estão as ofertas de
serviços, entretenimento, transporte (o bairro tem nada menos que três estações de metrô) e, claro, a Praia de
Copacabana, uma verdadeira universidade do hedonismo.
Na coluna do contra estão os preços das diárias dos hotéis
de Copacabana — tem muita acomodação mambembe cobrando caro pela localização — e
a pegada excessivamente turística do bairro, que pode resvalar para o clichê e
também atrai os predadores de turistas.
Minha relação com Copacabana é meio dúbia: adoro as memórias
do bairro onde morei na infância e tenho imensa simpatia pela cultura de
beira-mar cultivada naquele pedaço de litoral, mas não voltaria a morar lá.
Como turista, porém, guardo ótimas experiências como hóspede de Copa.
Veja minhas dicas para aproveitar o melhor da hospedagem no
Rio de Janeiro em Copacabana:
Hospedagem em Copacabana
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Terraço do Hotel Regente, na Avenida Atlântica: em maio, dá pra cacifar essa vista. Já no verão... |
Preço da hospedagem em Copacabana
O Rio de Janeiro tem a hotelaria mais cara do Brasil. Copacabana, bairro menos chique, é mais em conta do que Ipanema ou o Leblon. Mas se você fizer questão de ficar à beira-mar, é bom saber que os hotéis da Avenida Atlântica também cobram diárias salgadas.
Na hora de escolher hospedagem no Rio de Janeiro, lembre-se: de
março a setembro o preço das diárias dos hotéis do Rio ficam muito mais pagáveis, comparados
aos caminhões de dinheiro cobrados pelos hotéis nos meses de verão.
Calçadão de Copacabana: um programa para qualquer dia do ano |
As viagens na baixa temporada permitem apostar em
acomodações mais confortáveis em Copacabana, na beira da praia e com o grande bônus que é acordar com vista para o mar, de cara para as montanhas e as
curvas do litoral mais bonito do Brasil.
Em uma viagem feita em maio/2015, por exemplo, aproveitei a baixa
no preço das diárias para ficar em um hotel tradicional da Avenida Atlântica, o Hotel Regente Copacabana (que agora se chama Grand
Mercure Rio de Janeiro Regente), no Posto 5, que tem um terraço com inenarrável vista para o mar.
Os hotéis da Avenida Atlântica costumam manter uma estrutura de praia para os hóspedes. Os guarda-sóis branquinhos que você vê na foto, por exemplo, são do Hotel Regente
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Nas viagens ao Rio no verão, porém, minhas eventuais estadias no bairro ficam mais distantes da orla marítima.
Tive uma boa experiência de hospedagem em Copacabana perto do metrô (no Hotel Atlântico Rio), com preços razoáveis (R$ 300 a diária para ocupação single ou double) quando fui ver o show dos Rolling Stones, em fevereiro/2016.
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A fachada e o apartamento do Hotel Atlântico Copacabana |
Esse hotel fica na Rua Xavier da Silveira, no Posto 5, a cinco quadras da praia, a menos de 50 metros da Estação do Metrô Cantagalo.
Em geral, porém, quando a viagem é no verão eu escolho hospedagem no Rio de Janeiro em bairros menos turísticos, para fugir das diárias inflacionadas.
Veja essas duas experiências de hospedagem no Rio de Janeiro:
A curva do Posto 6: melhor banho de mar de Copacabana |
Onde comer em Copacabana
A tradição portuguesa do Restaurante Alfaia
Cervantes - aberto até de madrugada
Onde comer bem e barato em Copacabana
Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana
Onde comer bem no Rio de Janeiro (Sá Restaurante, pra um jantar elegante, e Feyzi Culinária da Turquia, pra comer bem e barato)
O Caranguejo, frutos do mar pra depois da praia
Adega Pérola, patrimônio de Copacabana
Cervantes - aberto até de madrugada
Onde comer bem e barato em Copacabana
Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana
Onde comer bem no Rio de Janeiro (Sá Restaurante, pra um jantar elegante, e Feyzi Culinária da Turquia, pra comer bem e barato)
O Caranguejo, frutos do mar pra depois da praia
Adega Pérola, patrimônio de Copacabana
Hospedagem em Copacabana: onde é melhor
O pedaço mais legal de Copacabana é o Posto 6. É onde a maré
é mais mansa, graças à curva da praia onde está o Forte de Copacabana, e o clima é mais charmoso.
Também conta pontos para o Posto 6 a distância curta da
Praia do Arpoador, que é a minha favorita no Rio — junto com a Praia do Bessa, em João Pessoa, e o Porto da Barra, em Salvador, o Arpoador é a rainha das praias urbanas do Brasil,
na modesta opinião desta blogueira criada à beira-mar.
A hospedagem no Rio de Janeiro em Copacabana é sempre mais
legal no trecho do Posto 6 ao Posto 5. Mas não deixe de examinar as opções mais
ao Norte, na direção do Leme.
Os postos de salva-vidas servem de referência e oferecem vários serviços aos banhistas. O Posto 5, por exemplo, tem lockers pra quem quiser guardar a bolsa antes do mergulho |
Os postos de
Copacabana
Se tem uma coisa que denuncia de cara a cidadania carioca de alguém é dar
um endereço citando os postos de Copacabana. Eu, por exemplo, morei nas ruas
Xavier da Silveira e na Santa Clara, mas sempre digo que morei no Posto 5 e no
Posto 4.
Essa referência remete aos cinco postos de salva-vidas da
Praia de Copacabana (do Posto 2 ao Posto 6. O Posto 1 fica no Leme).
A lista de postos de salva-vidas prossegue pela Orla do Rio
na direção do Leblon, mas fora o Posto 9, em Ipanema, que marca um trecho
badaladíssimo de praia, eles perdem a força como referência geográfica.
Copacabana nasceu como bairro quando o banho de mar entrou na moda |
Segurança em Copacabana
Sim, Copacabana é uma área que exige atenção à segurança. Sempre fervilhando
de turistas—coisa que atrai malandros em qualquer quadrante do mundo — Copa é
um bairro onde todas as bobeiras devem ser evitadas.
Siga as regras básicas de segurança: não descuide de seus
pertences, evite exibir chamarizes para trombadões e trombadinhas — joias, relógios
caros, celulares — e não se arrisque por ruas desertas à noite, especialmente
se estiver viajando sozinha.
Uma das grandes cenas do Rio de Janeiro é Copacabana começando a acender as luzes, ao cair da noite. O Forte de Copacabana é o camarote perfeito pra ver esse show diário |
Dicas de segurança em Copacabana
Evite sempre exibir o kit turista – câmera fotográfica
pendurada no pescoço, mapas e guias de viagem à mostra, camiseta tipo I love
Rio, chapéus e bonés temáticos e outros adereços que denunciem sua condição de
visitante...
➡️ Uma bolsa tipo carteiro, carregada na frente do corpo e com
a alça traspassada funciona muito melhor que uma mochila tipo day pack.
➡️ À noite, prefira circular de táxi ou de Uber — e não fique
de bobeira na calçada, com o celular na mão, esperando a condução.
➡️ De dia e no início da noite, prefira usar o metrô (ou VLT,
onde possível). Na minha última temporada morando no Rio de Janeiro (dois anos,
entre 2009 e 2011), só peguei ônibus umas quatro vezes. Morro de medo de andar
de ônibus na cidade, por causa dos assaltos.
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Só leve para a praia o mínimo indispensável |
➡️ Na praia, prefira usar uma bolsa tipo “saco”, daquelas que
você puxa as cordinhas para fechar, e deixe-a sempre amarrada à cadeirinha de
praia ou ao guarda-sol.
➡️ Leve para as areias apenas o indispensável. Se não
tiver jeito, tranque tudo o que não vai precisar usar na areia em um locker de
um posto de salva-vida.
➡️ Eu costumo levar para praia (qualquer praia, em qualquer
lugar do mundo) apenas algum dinheiro e um documento, guardados numa espécie de
carteira à prova d’água (compre em lojas ou sites especializados em
equipamentos de mergulho, é baratinha) que me acompanha no banho de mar. O
mesmo acontece com o celular, que tem capinha à prova d’água e mergulha comigo.
Areias de Copacabana: sucesso desde o Século 19 |
Copacabana, um clássico de praia
Não é pra menos: a Princesinha do Mar é um clássico de praia, quase sinônimo de vida despreocupada à beira-mar — com o lado real e o lado ilusório de todo clichê.
A antiga Praia de Sacopenapã mudou de nome em homenagem à Copacabana da Bolívia, quando ganhou uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Copacabana, santa veneradíssima na região do Lago Titicaca. A igrejinha do Século 17 não existe mais: foi demolida para dar lugar ao Forte de Copacabana.
A antiga Praia de Sacopenapã mudou de nome em homenagem à Copacabana da Bolívia, quando ganhou uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Copacabana, santa veneradíssima na região do Lago Titicaca. A igrejinha do Século 17 não existe mais: foi demolida para dar lugar ao Forte de Copacabana.
Cansou da areia? A Orla de Copacabana tem quiosques onde dá pra bebericar, petiscar e até fazer uma refeição completa |
Afastada do núcleo original da povoação do Rio de Janeiro, em torno do Morro do Castelo (que também foi demolido e corresponde à área do Centro do Rio, no entorno da Cinelândia), Copacabana começou a entrar no mapa dos cariocas exatamente quando entraram em moda os banhos de mar, no final do Século 19.
O bom clima, a chegada dos bondes e a inauguração da Avenida Atlântica, em 1906, começaram a atrair moradores para Copacabana, que até os anos 50 era o endereço mais cobiçado do Rio.
Em décadas mais recentes, o bairro deu uma declinada sensível, mas nada tira o charme de Copacabana — nem o movimento dia e noite, a vastíssima oferta de serviços, nem a praia, claro, seu eterno trunfo.
O bom clima, a chegada dos bondes e a inauguração da Avenida Atlântica, em 1906, começaram a atrair moradores para Copacabana, que até os anos 50 era o endereço mais cobiçado do Rio.
Em décadas mais recentes, o bairro deu uma declinada sensível, mas nada tira o charme de Copacabana — nem o movimento dia e noite, a vastíssima oferta de serviços, nem a praia, claro, seu eterno trunfo.
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