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Olha este ceviche e me fala se não é para correr para o aeroporto e pegar o primeiro voo pra Lima |
O que você faz quando visita a capital gastronômica da América-Latina? Come, é claro — come muito e muito bem.
Assim foram os nossos dias na deliciosa (em muitos sentidos) Lima, uma cidade que me encanta mais a cada visita. Eu e meus sobrinhos (Bruno e Carolina) fizemos uma farra e trouxemos dicas preciosas de restaurantes e pratos que você vai amar provar quando for a Lima.
Comer em Lima é tão bom que a cidade nem precisaria ter um astral tão legal, um visual tão instigante e tanta coisa legal pra fazer.
Bastava me fisgar pelo paladar, coisa que Lima fez de modo inapelável, irreversível e inesquecível. Uma festa de ceviches, causas, lomos saltados, frutos do mar de todo tipo e sobremesas de perder o fôlego, como o famoso suspiro limenho.
Só de selecionar as fotos pra este post, já me peguei, “sem querer”, pesquisando passagens para a capital peruana. Quando você conferir as tentações da mesa limenha que vou mostrar aqui, aposto que vai fazer o mesmo.
Enquanto eu e você não pegamos o avião, vamos afiando as papilas gustativas com essas dicas:
Bastava me fisgar pelo paladar, coisa que Lima fez de modo inapelável, irreversível e inesquecível. Uma festa de ceviches, causas, lomos saltados, frutos do mar de todo tipo e sobremesas de perder o fôlego, como o famoso suspiro limenho.
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Causa com camarões (esq) e suspiro limenho: dois motivos par colocar a capital peruana na sua lista de desejos de viagem |
Enquanto eu e você não pegamos o avião, vamos afiando as papilas gustativas com essas dicas:
Onde comer em Lima
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As falésias de Miraflores vistas do salão do Restaurante Tanta, do chef Gastón Acúrio |
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Este balcão do Tanta viu muito as nossa caras: um docinho antes de dormir cai bem |
🏠 Shopping Larcomar – Malecón de la Reserva nº 610, Miraflores (e vários outros endereços. Veja no site).
🕒 Diariamente, das 9h à meia-noite.
O Tanta faz parte do pequeno império do superchef Gastón Acúrio e foi lá que fizemos a nossa primeira refeição de verdade em Lima, um almoço de responsa com bonita vista para as falésias de Miraflores.
🕒 Diariamente, das 9h à meia-noite.
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Entradinhas do Tanta: perfeição em pequenos bocados |
Aliás, escolhemos a unidade que fica no Larcomar — o shopping pendurado nas falésias de Miraflores — exatamente por isso: o Tanta já ganha a gente de cara, por seu salão envidraçado. O atendimento é muito cortês e eficiente e a comida estava ótima.
Começamos a farra de estreia na comilança limenha com duas entradinhas geniais: ceviche de ostras, servidos nas conchas, e wantons fritos com recheio de camarões. Perfeitos.
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Seco de carne, comida caseira à moda limenha |
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O prato de ravioli de carne assada que fez nosso colunista gastronômico flutuar |
O suspiro limenho do tanta é o melhor que já provei (e olhe que eu gosto desta sobremesa clássica peruana).
A esfera de chocolate e as lucumitas (doce que combina chocolate com lúcuma, uma fruta peruana que virou minha paixão) também são de de rasgar a roupa.
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As sobremesas de Astrid merecem um post (e uma ode). Acima, a esfera de chocolate, abaixo, a lucumita e, ele de novo, o inenarrável suspiro limenho |
Ficamos tão fãs das sobremesas do Tanta que aproveitamos a proximidade do restaurante com nosso hotel e passávamos lá todas as noites para comer um docinho.
Nosso almoço no Tanta, para três pessoas, com bebidas alcoólicas e refrigerantes, ficou na casa dos 200 soles (US$ 60/ R$ 220).
Mais sobre os restaurantes deste super chef peruano: Minha vida com Gastón (Acúrio)
Mais sobre os restaurantes deste super chef peruano: Minha vida com Gastón (Acúrio)
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Bodega de la Trattoria: ambiente elegante e um senhor jantar |
⭐ Bodega de la Trattoria
🏠 Armendariz nº 299 – Miraflores
Este restaurante foi uma dica da nossa querida amiga Suzane Tavares, que mora em Lima há sete anos e é uma anfitriã e cicerone de primeiríssima.
A casa faz comida italiana incorporando elementos peruanos e sua chef e fundadora Sandra Plevisani é também uma confeiteira celebradíssima (guarde apetite para as sobremesas).
🏠 Armendariz nº 299 – Miraflores
Este restaurante foi uma dica da nossa querida amiga Suzane Tavares, que mora em Lima há sete anos e é uma anfitriã e cicerone de primeiríssima.
A casa faz comida italiana incorporando elementos peruanos e sua chef e fundadora Sandra Plevisani é também uma confeiteira celebradíssima (guarde apetite para as sobremesas).
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Ravioli andino: forte concorrente ao título de melhor prato que comi nesta viagem ao Peru |
O ambiente do restaurante é muito confortável, o serviço é bem competente. E a comida estava deliciosa.
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Piadina quase tão perfeita quanto as de Bolonha |
Pedi ravioli andino, com recheio de camote (aquela batata doce cor de abóbora que eu amo) e ragù de assado, prato que concorre seriamente ao título de melhor que provei nessa viagem.
Bruno foi de risoto criollo, versão arrisotada do lomo saltado, e Carolina se maravilhou com o mac cheese (macarrão com queijo, prato tipicamente americano) com camarões.
Bruno foi de risoto criollo, versão arrisotada do lomo saltado, e Carolina se maravilhou com o mac cheese (macarrão com queijo, prato tipicamente americano) com camarões.
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Mac'n'cheese com camarões |
A criação de Sandra incorpora, ainda, o leite de coco e doce de leite e um toquezinho de rum. É de chorar de bom.
Com bebidas, nosso jantar para três na Bodega custou 205 soles (US$ 63/ R$ 226).
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Papacho's: hambúrgueres com a grife de Gastón |
⭐ Papachos
🏠 Shopping Larcomar – Malecón de la Reserva nº 610, Miraflores
🕒 Diariamente, do meio-dia à meia-noite.
Eu, Bruno e Carolina estamos pensando em fundar uma seita de adoradores de hambúrgueres artesanais. É claro, então, que não íamos perder a chance de provar as criações do chef Gastón Acúrio, né? Quer saber: é bom pra caramba!
Pra aproveitar o máximo do sabor daqueles suculentos discos de carne moída beirando a perfeição, peça seu hambúrguer beirando o mal passado. Os acompanhamentos são bem variados e tem uma farta oferta de elementos peruanos (pense em molhos muito picantes).
Os hambúrgueres, sempre acompanhados por batatinhas fritas excelentes ou, melhor ainda, camote frito, custam entre 29 e 36 soles (US$ 9 e US$ 11) e valem por uma (ótima) refeição.
🕒 Diariamente, do meio-dia à meia-noite.
Eu, Bruno e Carolina estamos pensando em fundar uma seita de adoradores de hambúrgueres artesanais. É claro, então, que não íamos perder a chance de provar as criações do chef Gastón Acúrio, né? Quer saber: é bom pra caramba!
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Os hambúrgueres de Gastón Acúrio são imperdíveis |
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Essas coisinhas fritas acompanhando meu hambúrguer são camotes, as inenarráveis batatas doces típicas do Peru |
Os hambúrgueres, sempre acompanhados por batatinhas fritas excelentes ou, melhor ainda, camote frito, custam entre 29 e 36 soles (US$ 9 e US$ 11) e valem por uma (ótima) refeição.
⭐ La Lucha - Sanguchería Criolla
🏠 Avenida José Larco nº 999, Miraflores (e outros endereços).
🕒 Domingo a quinta, das 8h à meia-noite. Sexta e sábado, até 2h da manhã.
Fiquei de olho nessa casa da Avenida Larco desde minha primeira manhã em Lima, pois ela vive lotada e com fila na porta. Uma verdadeira instituição limenha, La Lucha leva o sanduíche (sanguche, como se diz por lá, daí o nome da rede) a outro patamar.
Os sandubas de carne assada, peru na brasa, jamón serrano e os hambúrgueres são famosos na cidade, e com toda razão: são bons demais. Outro trunfo da casa são as fritas, crocantes e sequinhas, feitas com a variedade huayro, uma batata típica do peru, de coloração arroxeada e muitíssimo saborosa.
Os sanduíches de La Lucha custam entre 10 e 12 soles (US$ 3/ R$ 11 e US$ 3,60/ R$ 13), exceto uma versão do club sandwich, que fica em 23 soles (US$ 7/ R$ 25). Os sucos ficam na casa dos 7 soles (US$ 2/ R$ 8). Funciona até tarde e é ótima opção para aquela fome de fim de noite.
🏠 Avenida José Larco nº 999, Miraflores (e outros endereços).
🕒 Domingo a quinta, das 8h à meia-noite. Sexta e sábado, até 2h da manhã.
Fiquei de olho nessa casa da Avenida Larco desde minha primeira manhã em Lima, pois ela vive lotada e com fila na porta. Uma verdadeira instituição limenha, La Lucha leva o sanduíche (sanguche, como se diz por lá, daí o nome da rede) a outro patamar.
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Os sandubas de La Lucha são um espetáculo |
Os sanduíches de La Lucha custam entre 10 e 12 soles (US$ 3/ R$ 11 e US$ 3,60/ R$ 13), exceto uma versão do club sandwich, que fica em 23 soles (US$ 7/ R$ 25). Os sucos ficam na casa dos 7 soles (US$ 2/ R$ 8). Funciona até tarde e é ótima opção para aquela fome de fim de noite.
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El Popular, no Larcomar, opção pra todas as horas |
⭐ El Popular
🏠 Shopping Larcomar - Malecón de la Reserva nº 610, Miraflores
🕒 Diariamente, das 9h à meia-noite.
Este restaurante fica ao lado do Tanta e tem uma proposta parecida: servir desde o café da manhã ao jantar, passando pelos sanduíches e lanchinhos para qualquer hora. Jantamos lá na nossa despedida de Lima e gostamos muito.
A combinação entre a grande variedade de pratos do cardápio de El Popular e a responsabilidade de estar diante da última refeição da temporada peruana quase me deixou travada. Não conseguia decidir entre ceviche, sushi, lomo saltado...
Por fim, escolhi as deliciosas conchas a la parmigiana, vieiras gratinadas que chegam à mesa sobre pedras quentes, um pequeno requinte que deixa o queijo sempre cremoso e permite que a gente saboreie o prato sem pressa, papeando e bebericando um chilcano (drinque peruano que é ainda melhor que o pisco sauer. Leva pisco, limão, ginger ale e angostura).
Bruno foi clássico: pediu o ceviche, que estava excelente. Carolina foi mais ousada e apostou no falafel com guacamole, uma combinação surpreendente e muitíssimo interessante.
Para concluir a noite, atacamos de o brownie da casa (de castanhas, com fudge e sorvete de capuccino) e o suspiro limenho, que não é tão bom quanto o do Tanta, mas bate lá a sua bolinha.
Com bebidas, nossa derradeira farra gastronômica da viagem ficou nos 200 soles (US$ 61/ R$ 220), para três pessoas.
🏠 Shopping Larcomar - Malecón de la Reserva nº 610, Miraflores
🕒 Diariamente, das 9h à meia-noite.
Este restaurante fica ao lado do Tanta e tem uma proposta parecida: servir desde o café da manhã ao jantar, passando pelos sanduíches e lanchinhos para qualquer hora. Jantamos lá na nossa despedida de Lima e gostamos muito.
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Estas vieiras estavam uma coooooisa |
Por fim, escolhi as deliciosas conchas a la parmigiana, vieiras gratinadas que chegam à mesa sobre pedras quentes, um pequeno requinte que deixa o queijo sempre cremoso e permite que a gente saboreie o prato sem pressa, papeando e bebericando um chilcano (drinque peruano que é ainda melhor que o pisco sauer. Leva pisco, limão, ginger ale e angostura).
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Combinação ousada e feliz: falafel com guacamole |
Bruno foi clássico: pediu o ceviche, que estava excelente. Carolina foi mais ousada e apostou no falafel com guacamole, uma combinação surpreendente e muitíssimo interessante.
Para concluir a noite, atacamos de o brownie da casa (de castanhas, com fudge e sorvete de capuccino) e o suspiro limenho, que não é tão bom quanto o do Tanta, mas bate lá a sua bolinha.
Com bebidas, nossa derradeira farra gastronômica da viagem ficou nos 200 soles (US$ 61/ R$ 220), para três pessoas.
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Brownie de castanha com sorvete de capuccino |
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A decoração colorida de El Popular e o suspiro limenho da casa |
Onde comer bem em Barranco
⭐Cala
🏠 Circuito de Playas, Barranco.
🕒 Diariamente, a partir do meio-dia, sem hora para fechar.
Cala, o restaurante capitaneado pelo chef Alfredo Aramburú fica na praia, abaixo da falésia onde se assenta Barranco e foi mais uma grande dica de Suzane.
🕒 Diariamente, a partir do meio-dia, sem hora para fechar.
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A vista da varanda do Restaurante Cala é assim |
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As falésias de Barranco |
Cala, o restaurante capitaneado pelo chef Alfredo Aramburú fica na praia, abaixo da falésia onde se assenta Barranco e foi mais uma grande dica de Suzane.
Do elegante salão envidraçado do Cala ou de sua varanda, a vista para o Pacífico está garantida. Tem ótimo serviço, estacionamento fácil e nosso almoço lá foi um primor.
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Esse molhinho de coentro dá um toque especialíssimo ao ceviche |
Começamos compartilhando porções do fantástico Ceviche Cala, com linguado, polvo, camarões jumbo e lulas crocantes. E palmas para o molho de coentro — eu sinto muito se você não gosta, mas ô plantinha perfeita com peixes e assemelhados.
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Meu prato, saltado bucanero - inolvidable |
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Risoto de camarões |
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Caçarola de corvina com muito ají amarelo |
Bruno escolheu a caçarola de corvina , também servida sobre arroz ao ají. Suzane e Carolina foram de risoto de camarão. Todo mundo suspirou um bocado durante a refeição.
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Esta seleção de sobremesas é pra comer de joelhos |
E essa suspiração toda ainda nem tinha sido confrontada com a sobremesa. Geeeente, o que foi aquilo? Pedimos o prato de miniaturas, uma antologia dos doces da casa que conquista primeiro os olhos — tão lindos que dão até pena de comer. Mas coma, porque são pequenos passaportes para o Nirvana.
Com muitas bebidas, a conta para quatro pessoas foi de 400 soles (US$ 122/ R$ 440).
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Amoramar, para um almoço bem relaxado |
🏠 Jirón García y García nº 175, Barranco
🕒 De segunda a quinta, das 12:30h às 16h e das 20h às 23h. Sexta e Sábado, das 12:30h às 16h e das 20 à meia noite. Aos domingos, abre só para o almoço, até as 16:30h. Nos fins de semana, é prudente fazer reserva.
Mais uma dica da super Suzane, este restaurante fica numa parte nada turística de Barranco, uma vizinhança simples, a cerca de 1 km da Ponte dos Suspiros e outras atrações do bairro. E como comemos divinamente lá!
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O ceviche do Amoramar é maravilhoso. Abaixo, o senhor polvo |
O lugar é super agradável, um grande quintal arborizado, com as mesas dispostas em áreas cobertas. Apesar do toque bucólico as instalações são muito confortáveis e o serviço é eficiente. E a comida, ah, a comida... faltam-me palavras.
Fomos ao Amoramar lá para um almoço de domingo, em um grupo de seis pessoas. Ainda bem que Suzane fez reservas, pois a casa estava cheia.
O astral do Amoramar convida a uma refeição sem pressa, a bebericar um (ou vários) aperitivos (chilcanos, por supuesto) e a beliscar um ceviche e um polvo a la parrila — ambos divinos — antes de se dedicar com seriedade a estudar o cardápio com muitas opções.
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Chilcano (esq), drinque ainda mais interessante do que o famoso pisco sour, e o espetacular prato de atum com quinoa |
Foi um almoço tão relaxado que eu nem anotei direito nem fotografei tudo o que pedimos. Só posso dizer que a mesa inteirinha estava com um sorrio beatífico ao final da refeição.
De uma coisa eu lembro muito bem: o sabor indescritível do meu prato de atún a las 3 Quinuas (atum preparado na brasa, bem malpassadinho, com quinoa negra ensopada, quinoa vermelha acevichada e quinoa branca tostada, cogumelos e aspargos (os aspargos peruanos são um capítulo à parte, deliciosos). Realmente, uma pedida celestial.
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Paiche (pirarucu) com purê de couve flor |
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Linguini com mariscos |
Notáveis, também estavam o paiche (pirarucu) com purê de couve flor, aspargos na brasa e chips de camote e os linguini com mariscos, que foi o que consegui registrar e provar, entre as pedidas dos vizinhos de mesa.
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As sobremesas do Amoramar são um show visual, além de deliciosas |
As sobremesas do Amoramar também são espetaculares. O merengado de chirimoia (minha fruta peruana preferida, bem aparentada com a graviola) vale a travessia dos Andes a pé. Outras maravilhas: o turrón de chocolate e o bolo de amêndoas.
Com vinhos, aperitivos e bebidas não alcoólicas, a conta ficou em cerca de 150 soles (US$ 45/ R$ 165) por pessoa.
Onde comer bem em San Borja/ Surco
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Nosso almoço no Pescados Capitales foi fantástico |
⭐ Pescados Capitales
🏠 Avenida Primavera nº 1067, San Borja (e mais um endereço em Miraflores. Veja no site). 🕒 Terça a sexta, das 12:30h às 23h. Sábado, domingo e segunda, das 12:30h às 17h.
Inaugurado em 2001, o Pescados Capitales já é uma instituição limenha sempre presente no topo da lista de 10 entre 10 visitantes que passam pela cidade. E não é pra menos.
Atração turística ou não, a casa manda muitíssimo bem na cozinha, no serviço e no ambiente, com um salão amplo, agradabilíssimo, ar condicionado na medida e cadeiras confortáveis.
Escolhemos almoçar no endereço de San Borja pela proximidade com o Museo Oro del Peru, onde tínhamos estado pela manhã, embora a unidade de Miraflores não fosse muito distante de nosso hotel.
A brincadeira com os pecados capitais no nome do restaurante é pra ser levada a sério: é impossível não incorrer em vários deles diante da tentação representada pelo voluptuoso cardápio e explícito menu.
Inaugurado em 2001, o Pescados Capitales já é uma instituição limenha sempre presente no topo da lista de 10 entre 10 visitantes que passam pela cidade. E não é pra menos.
Atração turística ou não, a casa manda muitíssimo bem na cozinha, no serviço e no ambiente, com um salão amplo, agradabilíssimo, ar condicionado na medida e cadeiras confortáveis.
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O prato de fideuás com mariscos se chama "Inveja" — bem o que eu sinto de quem está em Lima agora |
A brincadeira com os pecados capitais no nome do restaurante é pra ser levada a sério: é impossível não incorrer em vários deles diante da tentação representada pelo voluptuoso cardápio e explícito menu.
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Corvina com frutos do mar do Pescados Capitales |
Completam o cardápio pecadilhos perfeitos para beliscar coletivamente, como as causas, e virtudes (ceviches, tiraditos, uma espécie de carpaccio de peixe com molho picante) que são devidamente degustadas no mesmo caldeirão.
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Taí uma causa à qual todo mundo devia aderir |
Ela é servida fria, preparada com uma variedade de batata de coloração amarela bem viva, da qual se faz um purê.
Nas casas limenhas, o prato é armado em uma travessa, como um escondidinho: uma camada de purê, recheio — geralmente de frutos do mar —, fatias de abacate e mais uma camada das batatas. Nos restaurantes, vêm à mesa desenformadas, mostrando suas camadas. Ficam lindas e, o mais importante, são deliciosas.
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O ceviche não poderia faltar |
Meus companheiros de mesa foram de corvina ao molho de mariscos e de chicharón de peixe (pedaços empanados).
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Cenas de desregramento explícito. Acima: suflê de chocolate e sorvete. Abaixo: mousse de chirimoia e torta de lúcuma com cobertura de chocolate |
A hora das sobremesas foi um show de dissipação e desregramento, com torta de lúcuma, mousse de chirimoia, suflê de chocolate e sorvetes.
O almoço (melhor dizer a esbórnia), com bebidas alcoólicas e não alcoólicas, custou em torno de 120 soles (US$ 36/ R$ 130) por cabeça.
Onde comer bem em San Isidro
Entre as atrações de San Isidro estão a Huaca Huallamarca, uma pirâmide pré-hispânica do Século 1º d.C., e seu famoso Olival (Olivar, em espanhol), um belíssimo parque público com cerca de 23 hectares e 400 anos de idade onde vicejam mais de 1.700 oliveiras que abrigam aves e bichinhos silvestres.
O restaurante japonês Osaka também é um imenso motivo para ir a San Isidro.
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Osaka: show de bola |
🏠 Avenida Felipe Pardo y Aliaga nº 660, San Isidro
🕒 De segunda a sábado, das 12:30h às 16h e das 19h à meia-noite. Domingos, das 12:30h a 17h.
É claro que a gente não poderia ter passado por Lima sem experimentar um restaurante japonês. A cidade tem um belo elenco de japas bem reputados, graças á fartura de frutos do mar fresquinhos, colhidos diariamente nas águas do Pacífico, e também à grande colônia nipônica, que ensinou aos peruanos sua arte culinária.
Nosso jantar no Osaka foi tudo e muito mais do esperávamos. Uma requintadíssima orgia gastronômica — com a delicadeza que a culinária japonesa inspira.
Pra começar, o restaurante é bonito até dizer chega. E chique, também — afinal, estamos em San Isidro.
O salão principal , com decoração de extremo bom gosto, tem iluminação milimetricamente calculada para que a vastidão do ambiente resulte em um espaço aconchegante e cada mesa pareça imersa em sua própria bolha. O escurinho não facilita muito as fotos dos pratos, mas é muito relaxante.
Pena que chegamos sem reservas e não conseguimos mesa no jardim, decorado com toques japoneses. Parecia muito agradável, na noite fresca e estrelada.
Decidimos aceitar as sugestões do garçom e ir pedindo pratinhos para compartilhar, escolhendo uma porção de cada vez.
Um esquema perfeito para provar de tudo um pouco, bebericando sem pressa os drinques muito inventivos da casa, como o Snake Juice (apesar do nome, não é suco de cobra, é gim com Cinzano branco, suco de tangerina, licor de limão e alecrim).
Tudo que pedimos estava absolutamente delicioso. Entre as muitas coisinhas maravilhosas que provamos, recomendo o Spicy Crunchy (sushi de quinoa crocante com camarões batayaki — grelhados na manteiga, carne de caranguejo e pimenta togarashi), o Inka Gyoza (os pasteizinhos feitos no vapor, velhos conhecidos, ganham aqui o recheio de pato confitado, cebola caramelizada, shiitake e molho de ají amarelo).
Também morremos pelo Salmon Skin (sushi de pele de salmão crocante com molho tarê — shoyu com gengibre), o Carpassion (tiradito/carpaccio de salmão com mel de maracujá)....
A grande sensação foi a chegada à mesa dos Mariscos al Fuego, mix de frutos do mar salteados na manteiga que chega à mesa literalmente em chamas.
Sem sobremesas, porque não havia mais espaço, nossa conta ficou em cerca de 120 soles por pessoa — uma grana muitíssimo bem gasta.
Para fomes menores
⭐ Manolo
🏠 Avenida José Larco nº 608, Miraflores
🕒 De segunda a quinta, das 7:15h a 1h da manhã. Sexta, até as 2h da madrugada. Sábado das 8:15h às 2h da manhã. Domingo, das 8:15h à 1h da manhã.
Não vá embora de Lima sem provar os churros de Manolo, uma lanchonete com 50 anos de serviço e sempre muito concorrida, com público de todas as idades. Fica pertinho do Parque Kennedy. Os churros custam 6 soles e valem cada centavo.
Manolo também serve pizza, sanduíches e refeições. O serviço vai até de madrugada e parece resolver a vida de muito baladeiro. Nós passávamos na porta pelo menos duas vezes por dia, porque a casa é bem pertinho do nosso hotel, e nunca a vi menos do que apinhada.
⭐ Choco Museo🕒 De segunda a sábado, das 12:30h às 16h e das 19h à meia-noite. Domingos, das 12:30h a 17h.
É claro que a gente não poderia ter passado por Lima sem experimentar um restaurante japonês. A cidade tem um belo elenco de japas bem reputados, graças á fartura de frutos do mar fresquinhos, colhidos diariamente nas águas do Pacífico, e também à grande colônia nipônica, que ensinou aos peruanos sua arte culinária.
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Guioza de confit de pato |
Nosso jantar no Osaka foi tudo e muito mais do esperávamos. Uma requintadíssima orgia gastronômica — com a delicadeza que a culinária japonesa inspira.
Pra começar, o restaurante é bonito até dizer chega. E chique, também — afinal, estamos em San Isidro.
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O "suco de cobra" e o bar do restaurante |
O salão principal , com decoração de extremo bom gosto, tem iluminação milimetricamente calculada para que a vastidão do ambiente resulte em um espaço aconchegante e cada mesa pareça imersa em sua própria bolha. O escurinho não facilita muito as fotos dos pratos, mas é muito relaxante.
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Os sushis de pele de salmão e os fantásticos spicy crunch |
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Não anotei o nome desses rolls, mas pode pedir, porque estavam divinos 😁 |
Decidimos aceitar as sugestões do garçom e ir pedindo pratinhos para compartilhar, escolhendo uma porção de cada vez.
Um esquema perfeito para provar de tudo um pouco, bebericando sem pressa os drinques muito inventivos da casa, como o Snake Juice (apesar do nome, não é suco de cobra, é gim com Cinzano branco, suco de tangerina, licor de limão e alecrim).
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Esse tal de capassion é um escândalo de bom |
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Gran finale: mariscos al fuego |
Também morremos pelo Salmon Skin (sushi de pele de salmão crocante com molho tarê — shoyu com gengibre), o Carpassion (tiradito/carpaccio de salmão com mel de maracujá)....
A grande sensação foi a chegada à mesa dos Mariscos al Fuego, mix de frutos do mar salteados na manteiga que chega à mesa literalmente em chamas.
Sem sobremesas, porque não havia mais espaço, nossa conta ficou em cerca de 120 soles por pessoa — uma grana muitíssimo bem gasta.
Para fomes menores
🏠 Avenida José Larco nº 608, Miraflores
🕒 De segunda a quinta, das 7:15h a 1h da manhã. Sexta, até as 2h da madrugada. Sábado das 8:15h às 2h da manhã. Domingo, das 8:15h à 1h da manhã.
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Não perca os churros de Manolo |
Não vá embora de Lima sem provar os churros de Manolo, uma lanchonete com 50 anos de serviço e sempre muito concorrida, com público de todas as idades. Fica pertinho do Parque Kennedy. Os churros custam 6 soles e valem cada centavo.
Manolo também serve pizza, sanduíches e refeições. O serviço vai até de madrugada e parece resolver a vida de muito baladeiro. Nós passávamos na porta pelo menos duas vezes por dia, porque a casa é bem pertinho do nosso hotel, e nunca a vi menos do que apinhada.
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Choco Museo: chocolate à moda dos maias |
🏠 Jirón Carabaya nº 193, Centro Histórico (ao lado da Plaza de Armas)
🕒 De domingo a quinta, das 9:30h às 18:30h. Sextas e sábados, até as 20:30h.
Na viagem à Guatemala, aprendi (e me viciei) a tomar chocolate preparado do mesmo jeitinho que os maias faziam — adicionando a pasta de cacau, obtida da maceração da semente torrada, a uma porção de água ou leite bem quentes, adoçando com mel e acrescentando pimenta.
Pois bem, em Lima você também pode experimentar a teobromina (quase) original, pois lá também tem uma filial do Choco Museo. Fica no Centro Histórico, do ladinho da Praça de Armas.
Além de servir a bebida comme il faut, o Choco Museo oferece cursos sobre a história do chocolate, aulas de culinária e tem uma lojinha que vende barras de chocolates artesanais, cacau em pó, nibs, geleias e outras cositas.
O chocolate quente custa 10 soles. Os milk shakes custam 12 soles.
Todas as dicas de viagem ao Peru - post-índice
Peru: roteiro de 10 dias com Lima, Cusco e Machu Picchu
Peru e Bolívia – roteiro de La Paz a Machu Picchu
Todas as dicas de Lima
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Peru e Bolívia – roteiro de La Paz a Machu Picchu
Todas as dicas de Lima
Oi, Cyntia. Tudo bem? :)
ResponderExcluirSeu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie