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Este post quer ser um empurrãozinho pra você ir a Madri |
Não é segredo para os leitores desta Fragata que eu sou doida por Madri. Sem constrangimento em me repetir, vivo declarando meu amor e recomendando a cidade pra todo mundo. Essas dicas práticas de Madri pretendem ser mais um empurrãozinho pra os viajantes que ainda não se deram o presente de conhecer a capital espanhola.
A cidade é deliciosa e cheia de vida. Tem uma biografia
fascinante e um patrimônio histórico de encher os olhos. É dona de dois dos
mais importantes museus da Europa — e uma pá de outros espetaculares. Tem
parques e áreas verdes super agradáveis e um clima que não mete medo — com exceção
do verão, porque sou calorenta.
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Madri é tudo ao mesmo tempo agora e eu adoro |
Neste post, você vai encontrar as dicas práticas de Madri que fui reunindo ao longo de várias visitas a essa cidade que é uma das minhas favoritas no planeta. Veja o que você vai encontrar:
- Como chegar a Madri
- Transporte em Madri
- Como ir do Aeroporto de Barajas ao Centro de Madri
- Onde escolher Hospedagem em Madri
- Segurança em Madri
- Quanto tempo ficar em Madri e o que fazer na cidade
- Clima em Madri
- Preços em Madri
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O bar do terraço do Círculo de Belas Artes é u bom lugar pra comprovar como Madri é fotogênica |
Com essas informações, você já começa a organizar sua visita a uma cidade que, aposto, vai arrebatar se coração. Bora?
Dicas práticas de Madri
Como chegar a Madri
Diversas companhias aéreas oferecem voos diretos do Brasil
para Madri (geralmente, partindo de Guarulhos), como Latam, Iberia, AirChina e
AirEuropa.
Se você não mora em São Paulo, como eu, é interessante
estender sua pesquisa às empresas que oferecem voos com conexão, como a TAP e a
Gol (em codeshare com a Air France/KLM).
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O Aeroporto de Barajas é a porta de entrada para quem voa do Brasil para a Espanha. Ele é enorme, mas não morde: é bem sinalizado e muito bem conectado ao transporte público |
A maioria das vezes em que viajei para a Espanha, fui com a AirEuropa, que tem voos diretos entre Salvador para Madri . Nesta viagem, porém, a melhor tarifa que encontrei foi na Latam, com conexão em Guarulhos na ida e na volta.
O importante é pesquisar com calma, em vários buscadores,
como Viajanet, Kayak e Skyscanner, e também direto no site das companhias aéreas
— onde prefiro fazer a compra, pois fica mais fácil de resolver qualquer
eventual perrengue.
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O Metrô de Madri funciona muito bem e é meu meio de transporte preferido na cidade |
Transporte em Madri
Madri é uma cidade muito caminhável e eu adoro passear e me
deslocar a pé pela capital espanhola.
Para distâncias mais longas, o Metrô é o meu meio de
transporte preferido. Em cinco visitas, jamais usei os ônibus ou transporte por
aplicativo. E praticamente só peguei táxis no trajeto entre o Aeroporto de
Barajas e as hospedagens, mesmo assim se a viagem for à noite ou a bagagem
estiver muito trambolhuda — o que é raro, porque eu prefiro viajar com mala de
cabine.
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Com a sexta malha do planeta, o Metrô de Madri sempre deixa a gente de cara para o gol |
O Metrô de Madri é muito prático e chega perto de praticamente todos os pontos de interesse na cidade — é a sexta rede do planeta, maior até que a de Paris, onde a gente tem a sensação de encontrar uma estação em cada esquina.
São 12 linhas de metrô e mais um ramal, com 302 estações. Nada
mal para um señor com mais de 100 anos de idade.
O metrô de Madri funciona das 6h às 2h da manhã (último trem
à 1:30h).
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O cartão é válido em toda a rede de transportes públicos da Comunidade de Madri |
Para turistar na cidade, você muito dificilmente vai transitar fora da Zona 1 do metrô, onde a tarifa unitária custa € 1,50 para viagens de até cinco estações. Os trajeto entre 10 estações ou mais custa € 2.
As passagens do Metrô de Madri devem ser carregada em um
cartão magnético, a Tarjeta Multi , que é comprada a parte (€ 2,50).
Há máquinas para venda automática de passagens em todas as estações do Metrô de Madri. Elas aceitam moedas, notas, cartões de crédito e de débito.
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A fila nas maquininhas de venda automática de passagens do transporte público estava grande, no dia que desembarcamos no Aeroporto de Barajas, mas o sistema é bem fácil de usar |
Você pode escolher carregar um bilhete unitário (e, neste caso, terá que informar sua estação de destino) ou um passe para determinado número de dias ou lotes de 10 bilhetes.
Para chegar e sair de metrô do Aeroporto de Barajas, é
preciso pagar um suplemento de € 3 (que se somam aos € 2 da passagem).
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Pra quem gosta de pedalar, tem postos de bicicletas compartilhadas por toda a cidade |
Como ir do Aeroporto de Barajas ao Centro de Madri
Como eu falei antes, quando chego em Madri durante o dia e
com pouca bagagem, não tenho dúvidas em pegar o metrô no Aeroporto de Barajas
até minha hospedagem.
A viagem de metrô do Aeroporto ao Centro de Madri leva de 30 a 40 minutos
e normalmente requer duas baldeações — uma, com certeza, na Estação Nuevos
Ministérios, onde acaba a Linha 8, que vem do Aeroporto — e custa os já citados
€ 5.
Se for necessário comprar a Tarjeta Multi do transporte
público, a conta final fica em € 7,50 (lembrando que o cartão do transporte
público só precisa ser pago uma vez e é recarregável).
Os voos da Latam e da Ibéria que chegam do Brasil usam o Terminal 4 de Barajas. No retorno a Guarulhos, nosso voo saiu do T4-S (Terminal 4 Satélite), que não tem conexão com o transporte público é é conectado ao T4 por um trem gratuito. Leve esse deslocamento em consideração se estiver viajando com bagagem inconveniente — muitos volumes, mala com rodinha emperrada e outras aporrinhações.
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Uma corrida de táxi entre o Aeroporto e o Centro de Madri tem tarifa fixa de € 33 |
O táxi, porém, também é uma boa opção para quem viaja com mais gente para rachar a conta. A tarifa (ida ou volta) entre o Aeroporto de Barajas e o Centro de Madri é fixa e atualmente custa € 33, a qualquer hora e sem qualquer suplemento (aquelas cobranças adicionais por número de malas, por exemplo).
Usamos o táxi Aeroporto-Centro duas vezes nesta viagem de 2024. Na volta de Atenas, quando desembarcamos um pouco depois da meia-noite e levamos pouco mais de meia hora no percurso até o bairro de Lavapiés, já que não havia trânsito. No retorno ao Brasil, quando saímos do hostal por volta das 19h, mas com aquele cansaço de fim de viagem que pede um confortinho a mais. Levamos cerca de 40 minutos no percurso até o Terminal 4.
O Metrô de Madri tem duas estações no Aeroporto de Barajas,
uma no Terminal 4 e outra no Terminal 2 (que serve também para quem transita
pelos terminais 1 e 3). O aeroporto é muito bem sinalizado e é muito fácil
encontrar as plataformas de embarque.
Também há um trem de cercanias que vai do Aeroporto ao Centro, que custa € 3,10. Nunca usei, mas, sobrinho Bruno (um colaborador frequente desta Fragata), achou o serviço muito conveniente.
O trem de Barajas para o Centro de Madri sai do Terminal 4. Entre as diversas paradas, estão a Estação Ferroviária de Chamartín (de onde sai o trem para Segóvia, por exemplo), a Estação de Metrô Nuevos Ministérios, a Estação de Atocha e a Estação Príncipe Pio (onde peguei o trem para Ávila).
Se você vai seguir de Madri para outra cidade espanhola de trem, essa é uma ótima alternativa para sair do Aeroporto (caso de Bruno, que estava indo pra Barcelona).
(Um vídeo muito útil e atualizado sobre esse tema está no canal Espanha Total no youtube: como SAIR do aeroporto de MADRI 2024).
Hospedagem em Madri
Em meia dúzia de visitas a Madri, já experimentei a
hospedagem em vários áreas da cidade — Chueca, Gran Vía, Lavapiés, La Latina,
Barrio de las Letras e Castellana (onde está a Estação de Metrô Nuevos
Ministérios e o Estádio Santiago Bernabeu). Gostei de todas as experiências.
Vocês podem me achar meio suspeita, porque, afinal, acho que
em Madri eu gostaria até de injeção na testa 😅. Mas mesmo quando me hospedei em
Castellana, que é um pouco mais afastado das principais atrações, me desloquei
com muita facilidade, graças ao metrô.
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Quem se hospeda no Barrio de las Letras pode curtir a vizinhança muito simpática e, ainda por cima, fica bem perto do Parque do Retiro (no alto) e do Museu do Prado (acima) |
Dicas de hospedagem em Madri (Chueca, Gran Vía e Lavapiés)
Hospedagem em Madri no animado bairro de Chueca
Quando escolher sua hospedagem em Madri, fique de olho na proximidade do alojamento com uma estação de metrô, pois isso facilita demais a vida, principalmente na hora de voltar pra casa à noite.
Entre as minhas experiências de hospedagem em Madri, só não
recomendo mesmo, para quem vai turistar, ficar na área do Aeroporto de Barajas.
Mas se você vai virar a noite em uma conexão ou tem um voo saindo muito cedinho,
saiba que nas proximidades do Aeroporto tem ótimas opções de pernoite para
esses casos.
Veja essa dica: Hospedagem em Madri perto do Aeroporto de Barajas
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Gostei muito de me hospedar na Gran Vía, o grande bulevar de Madri. Na foto, o famoso Edifício Metrópolis, ícone da arquitetura do início do Século 20 na cidade |
Uma forma mais econômica de se hospedar em Madri é ficar num hostal, a versão espanhola da pousada.
Num hostal, você não vai encontrar a mesma gama de serviços
de um hotel — restaurante, serviço de quarto, etc — mas geralmente vai contar
com recepção 24 horas, serviço de guarda-bagagem (pra quem chega muito antes da
hora do check-in ou vai embora da cidade muito depois do check-out) e outros
confortinhos básicos.
Segurança em Madri
Madri é uma cidade muito segura. Daquelas onde a gente pode
andar pela rua sem neuras e pode voltar a pé para o hotel depois do jantar, sem
medo de assalto.
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Como é bom passear sem neuras por uma cidade segura |
Aquelas providências básicas, ditadas pelo bom senso, dão conta de garantir nossa segurança em Madri — tipo evitar ruas escuras e desertas, como em qualquer lugar do planeta.
O maior risco de segurança em Madri são os batedores de
carteira (e de celulares). Por isso é bom ficar sempre muito atenta nos pontos
de maior aglomeração turística. Não deixe nada de valor nos bolsos externos dos
casacos, por exemplo.
Em qualquer viagem, uso sempre com uma bolsa média (onde eu
posso guardar a câmera, quando há muita muvuca), tipo carteiro, que carrego na
frente do corpo, com a alça traspassada. Fica muito mais fácil me proteger de
punguistas assim.
Em Madri (ou em qualquer lugar do mundo), nunca deixe a bolsa
pendurada no encosto da cadeira, em bares e restaurantes, nem o celular de
bobeira sobre a mesa.
No transporte público, o cuidado deve ser redobrado. Especialmente
nos vagões do metrô que ligam o centro de Madri ao aeroporto — quando a gente
está duplamente ocupada, cuidando de bolsa e bagagem.
Quanto tempo ficar em Madri – o que fazer na cidade
Madri é uma cidade pra se voltar sempre e muito. Uma
metrópole com 3,3 milhões de habitantes, cheia de atrações — museus que estão
entre os melhores do mundo, patrimônio histórico riquíssimo
e uma vida cultural muito intensa, com espetáculos e exposições temporárias sensacionais.
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Adoro passear e farrear no Bairro de Malasaña |
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D. Quixote e Sancho Pança no Monumento a Miguel de Cervantes, na Plaza de España |
Não se iluda, portanto, achando que pode esgotar Madri numa única visita.
Para uma primeira visita a Madri, pense numa estadia de cinco
dias inteiros para ver as principais atrações sem cair numa gincana
resfolegante e poder aproveitar uma das melhores coisas que a cidade oferece,
que é comer bem, bebericar e tapear sem pressa em bairros como Chueca, Malasaña,
La Latina e Lavapiés — ô, cidade boa pra praticar o ócio com comes e bebes que
é Madri.
Veja essas dicas:
O que comer em Madri
Bares e restaurantes em Madri
Onde comer e beber em Madri
Mercados de Madri: opções gostosas e baratas para comer na
capital espanhola
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O parque do Retiro é um agradável refúgio verde bem no coração de Madri |
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A Feira do Rastro é um programinha de domingo nem legal |
Se puder ficar uma semana em Madri, melhor ainda — especialmente se você quiser fazer um bate e volta a uma das lindas cidades próximas, como Toledo, Ávila ou Segóvia.
Se você pretende ir ao Museu do Prado, o Museu Reina Sofia e o Museu Thyssen — e eu recomendo enfaticamente que você veja essa trinca de ouro imperdível — evite cair na tentação de encavalar duas visitas no mesmo dia, ainda que eles fiquem muito pertinho um do outro. Evite saturar o olhar com tanta beleza.
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Fiquei completamente apaixonada pelo Museu Sorolla |
Reserve um dia para cada museu e faça outros passeios, antes ou depois. Só aí, já serão três dias em Madri. E eu nem falei ainda do Museu Sorolla, que é outro espetáculo de deixar a gente de pernas bambas.
Combine um roteiro pela Madri dos Áustrias com o Barrio delas Letras, onde sempre se come muito bem e barato cercada pela memória dos gênios literários espanhóis. Combine a visita ao Templo de Debod com uma caminhada até o Palácio Real. Se estiver na cidade em um domingo, curta a vibrante feira do Rastro — misto de mercado de pulgas e feira-de-tudo — e um passeio com piquenique no Parque do Retiro.
E aposto que depois dessa temporada em Madri, você vai
seguir para o aeroporto já pesquisando uma nova visita à cidade.
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Minhas memórias de Madri têm sempre um céu azul |
Clima em Madri
Nunca estive em Madri no verão — nem pretendo, pois dizem
que a cidade vira uma sucursal do inferno, com termômetros escalando a casa dos
40°C. A temperatura média mínima é de 19°C e a média máxima é de 31°C.
Como o planeta está doido (ou nós o estamos enlouquecendo),
as ondas de calor agora já não são monopólio da estação mais quente.
Nós, por exemplo, desembarcamos em Madri no dia 15 de abril,
começo de primavera, e levamos uma baforada de 28°C de um dia muito seco – e a
quentura ainda perdurava, bem depois do anoitecer. Ontem (26 de junho de 2024),
vi na internet um alerta de calor excessivo para a região de Madri, com as
temperaturas batendo no 36°C.
Reclamar do calor em Madri pode parecer frescura, já que sou
Nordestina e residente em Salvador. Mas lembre-se que lá não tem a brisa do mar
e o clima seco pode até fazer você suar menos, mas torna as atividades ao ar
livre bem penosas.
Mas a secura de Madri tem lá suas vantagens: a cidade não é particularmente
chuvosa e é famosa por seu céuzão azul. As chuvas costumam ser mais presentes
no início da primavera e no outono (outubro a dezembro), que são as estações
com temperaturas mais agradáveis, entre 15°C e 20 e poucos graus.
No mês de maio, a temperatura média mínima em Madri é de 11°C
e a média máxima é de 22°C. Em outubro, a média mínima é de 11°C e a média
máxima é de 19°C.
A maioria das minhas visitas a Madri foram no inverno, que achei bem camarada (a temperatura mínima que já peguei na cidade foi de 8ºC, mas a mínima média é de 6°C, com a média máxima na casa dos 10°C), sempre com um céu deslumbrantemente azul — tudo fica fotogênico. Mas, atenção, podem ocorrer nevascas, especialmente em janeiro.
A desvantagem do inverno, pra quem não é friorento, é que
que os dias ficam mais curtos, com o sol nascendo por volta das 8h e se pondo
pouco depois das 17:30 — os horários de funcionamento das atrações também
encolhem nesse período.
Preços em Madri
Não acho Madri uma cidade especialmente cara — comparada com
Barcelona, por exemplo, seria quase uma pechincha. O problema é que não sou
paga em euros. O câmbio é muito mais inimigo do bolso do que propriamente os
preços praticados na cidade.
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Uma xícara de chocolate com uma porção de seis churros custam € 5,90 na tradicionalíssima Chocolatería San Ginés |
Um bom café da manhã de chocolate com churros ou pão com
tomate e suco de laranja pode ser encontrado por € 4 ou € 5.
Almoçar o menu do dia em um excelente restaurante custa na casa
dos € 15. Beliscar uma empanada de carne na famosa Casa Labra (Calle Tetuán nº
12, Centro) custa € 2. Uma caixinha de caramelos da tradicional confeitaria La
Mallorquina (Puerta del Solo nº 8) sai por € 3.
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Bebericar uma taça de vinho ou uma dose de vermute na Plaza
del Angel custa € 3 |
Um drinque (vinho em taça ou vermute) numa taberna agradável custa € 3 ou € 4.
Mais caros são os grandes museus. O ingresso para o Museu do
Prado custa € 15 (+€ 5 do audioguia). A entrada no Museu Reina Sofia custa €12.
O bilhete para o Museu Thyssen-Bornemisza custa €13. Mas dá para economizar um
pouquinho: em vez de morrer nos € 40 desses três ingressos somados, compre o
passe para esse trio de museus, que sai por € 32.
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