O Raval é uma espécie de “patinho feio” entre as regiões mais conhecidas de Barcelona. A área tem fama de barra pesada — e já foi mesmo um dos bairros mais inseguros da Europa — e nem mesmo o processo de revitalização e banho de loja que ganhou, no início deste Século 21, conseguiu afastar o receio dos turistas menos curiosos.
Uma pena, porque o Raval preserva uma autenticidade que está cada dia mais escassa do outro lado das Ramblas, no Bairro Gótico.
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Sou arriada dos quatro pneus pelo Museu Marítimo de
Barcelona, uma grande atração do Raval |
O tal processo de revitalização até conseguiu colocar o bairro na crista da onda entre os alternativos, há cerca de uma década, mas não conseguiu transformá-lo em território hipster.
Eu gosto de passear pelo Raval e, principalmente, gosto de farrear no bairro. Veja minhas dicas pra aproveitar esse cantinho histórico e boêmio de Barcelona:
Um passeio no Raval em Barcelona
Segurança no Raval
Segundo minha amiga Cristina Rosa, historiadora, guia turística e autora do excelente blog Sol de Barcelona — com quem fiz uma happy hour muito legal em um boteco do Raval, agora nas férias de 2019 —, o Raval volta a inspirar cuidados com a segurança, mas nada que o velho e bom olho vivo e bom senso não dêem conta.
Necas de caminhar sozinha por aquelas ruelas tortuosas tarde de noite ou dar bobeira com a bolsa. Aproveite o bairro nas horas de movimento e encerre a farra em um horário razoável, que dá tudo certo.
Fiquei hospedada no Raval, num apartamento alugado, no final de 2007. Minhas amigas foram assaltadas na nossa rua, a Carrer de Unió, na noite de Ano Novo — mas eu fui roubada num pub do Bairro Gótico, na mesma noite, de modo que ponho mais a culpa na confusão da festa do que na vizinhança.
Veja essa experiência: Hospedagem em Barcelona: apartamento no Raval
Necas de caminhar sozinha por aquelas ruelas tortuosas tarde de noite ou dar bobeira com a bolsa. Aproveite o bairro nas horas de movimento e encerre a farra em um horário razoável, que dá tudo certo.
Fiquei hospedada no Raval, num apartamento alugado, no final de 2007. Minhas amigas foram assaltadas na nossa rua, a Carrer de Unió, na noite de Ano Novo — mas eu fui roubada num pub do Bairro Gótico, na mesma noite, de modo que ponho mais a culpa na confusão da festa do que na vizinhança.
Veja essa experiência: Hospedagem em Barcelona: apartamento no Raval
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Um clássico boteco do Raval, onde fiz uma happy hour muito
legal com a super expert em Barcelona, Cristina Rosa |
O astral do Raval
Originalmente ocupado por trabalhadores, na época da Revolução Industrial, o Raval foi sendo aos poucos tomado pela prostituição e pela criminalidade, até que um processo de revitalização o recolocou no mapa de lugares interessantes para ver em Barcelona.
A modinha que fez do Raval um point desejadíssimo, há cerca de dez anos, durou pouco. O Raval continua sendo um bairro pobre (para padrões europeus, naturalmente) e concentra uma grande população de imigrantes. Hoje, o maior contingente é de paquistaneses.
A modinha que fez do Raval um point desejadíssimo, há cerca de dez anos, durou pouco. O Raval continua sendo um bairro pobre (para padrões europeus, naturalmente) e concentra uma grande população de imigrantes. Hoje, o maior contingente é de paquistaneses.
Suas ruas estreitas e tortuosas, ladeadas por construções antigas, lembram fisicamente o Bairro Gótico, como um "simétrico desigual" em renda per capita e nos preços da hospedagem, gastronomia e outros serviços.
Tão perto do centro, o Raval mostra uma cara de Barcelona que a gente não vê nas áreas turísticas.
O que fazer no Raval
O Raval é uma área de Barcelona pra quem gosta de história e de boemia. Mas ainda que você não curta uma certa atmosfera meio fin de siècle, vai encontrar o que fazer no Raval além de botequins talhados à medida para existencialistas (risos) e seu legendário Mercado da Boqueria (La Rambla nº 91), certamente a atração mais conhecida do bairro.
⭐ Museu Marítimo de Barcelona (MMB)
Avinguda des Drassanes s/n
Avinguda des Drassanes s/n
Diariamente, das 10h às 20h.
Ingresso: € 10 (com direito a ver o museu e a escuna Santa Eulália). Grátis aos domingos, a partir das 15 horas.
➡️ Pailebot (escuna) Santa Eulàlia
Moll (cais) de Bosch i Alsina, Port Vell
Horário de verão (abril a novembro): de terça a sexta e aos domingos e feriados, das 10h às 20:30h. Sábados das 14h às 20:30h. Horário de inverno: de terça a sexta e aos domingos e feriados das 10h às 17h. Sábados, das 14h às 17:30h.
Moll (cais) de Bosch i Alsina, Port Vell
Horário de verão (abril a novembro): de terça a sexta e aos domingos e feriados, das 10h às 20:30h. Sábados das 14h às 20:30h. Horário de inverno: de terça a sexta e aos domingos e feriados das 10h às 17h. Sábados, das 14h às 17:30h.
Ingresso: € 3.
Eu apenas amo o Museu Marítimo de Barcelona. Tudo nele é lindo: os jardins são um oásis de calma, o edifício é uma adaptação magnífica dos estaleiros medievais da cidade e o acervo é pura festa pra quem gosta de histórias do mar — tipo certas pessoas que escrevem blogs de viagens com nome de embarcação...
Eu apenas amo o Museu Marítimo de Barcelona. Tudo nele é lindo: os jardins são um oásis de calma, o edifício é uma adaptação magnífica dos estaleiros medievais da cidade e o acervo é pura festa pra quem gosta de histórias do mar — tipo certas pessoas que escrevem blogs de viagens com nome de embarcação...
Entre embarcações históricas, cartas náuticas e instrumentos de navegação o MMB leva o visitante pela mão pela empolgante história de Barcelona, tão profundamente ligada ao mar.
Além de ver o museu, vale dar uma esticada até Port Vell pra ver a Escuna Santa Eulália, que funciona como barco-museu.
Já falei do Museu Marítimo de Barcelona aqui na Fragata (Barcelona e o Mar) e ele ganhou um post todinho dele, após minha viagem de 2019: O que ver no Museu Marítimo de Barcelona
Carrer Nou de la Rambla nº 3 a 5
Horário de verão (de abril a outubro): de terça a domingo, das 10h às 20h. Horário de inverno: das 10h às 17:30h. Fecha dias 25 e 26 de dezembro, 1 e 6 de janeiro e na terceira semana de janeiro.
Ingresso: € 12.
Carrer de l'Hospital nº 56
Ingresso: € 12.
Quer ver a obra de Antoni Gaudí no início de sua carreira? Vá ao Palau Güell, cuja projetada pelo arquiteto foi iniciada em 1886. Na residência da Família Güell i López (a mesma que encomendou o Parque Güell), Gaudí ensaiou e concretizou muitas dos elementos que marcaram sua arte.
⭐ Biblioteca da Catalunha (antigo Hospital de la Santa Creu)Carrer de l'Hospital nº 56
De segunda a sexta, das 9h às 20h. Sábados, das 9h às 14h.
Entrada gratuita.
O edifício do Século 15, que abrigou o principal hospital de Barcelona até a construção do modernista Hospital de la Santa Creu e Sant Pau (de Lluís Domenèch e Montaner), está aberto à visitação independente ou pode ser percorrido em uma visita guiada.
A Biblioteca Nacional da Catalunha também promove exposições temporárias de documentos importantes de seu acervo.
Entrada gratuita.
O edifício do Século 15, que abrigou o principal hospital de Barcelona até a construção do modernista Hospital de la Santa Creu e Sant Pau (de Lluís Domenèch e Montaner), está aberto à visitação independente ou pode ser percorrido em uma visita guiada.
A Biblioteca Nacional da Catalunha também promove exposições temporárias de documentos importantes de seu acervo.
⭐Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB)
Carrer de Montalegre nº
Carrer de Montalegre nº
De terça a domingo, das 11h às 20h.
Os ingressos para as exposições custam a partir de € 6.
Instalado no edifício da antiga Casa de la Caritat de
Barcelona, o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB) promove exposições
temporárias, concertos, sessões de cinema e mais um monte de atividades
interessantes. Vale a pena ficar de olho na programação no site do CCCB.
⭐ Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA)
Plaça dels Àngels nº 1
Fecha às terças-feiras. Às segundas e de quarta a sexta, abre das 11h às 19:30h. Sábados, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 15h.
Ingressos: € 11. Gratuito aos sábados
Ingressos: € 11. Gratuito aos sábados
Um museu que tem obras de Alexander Calder e de Joaquín
Torres-García já conta com todo carinho desta Fragata. O acervo do tem mais de
5 mil obras, criadas a partir dos anos 50 do Século 20.
Siga o link ou navegue no mapa para encontrar todas as dicas da Fragata sobre a cidade
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