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O Mercado de San Miguel, no coração do Centro Histórico de Madri, é lugar pra comer bem e gastar pouco |
Minha última passagem pela cidade (na volta da Andaluzia, onde também comi como uma rainha) foi planejada exatamente para matar a saudade dos sabores de Madri, que eu tanto amo.
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A vitrine de La Mallorquina e um sedutoríssimo prato de Callos a la Madrileña. Tem coisa melhor que reencontrar velhos amores? |
Veja quatro lugares bacanas pra comer bem em Madri sem gastar muito:
Onde comer bem em Madri
⭐Mercado de San Miguel
Plaza de San Miguel s/n, a uma quadra da Calle Mayor. A estação de Metrô mais próxima é Ópera, mas Puerta del Sol também ficam a uma distância confortável.
🕒 Aberto diariamente. Às segundas, terças, quartas e domingos, funciona das 10h à meia noite. Nas quintas, sextas e sábados a farra mais vai longe: fecha às duas da manhã.
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As sensacionais navajas na companhia ilustre de vieiras (esq) e ostras fresquinhas. Abaixo, os deliciosos ouriços e e as trouxinhas de bacalhau. Resumindo: eu queria morar no Mercado de San Miguel ❤️ |
Qualquer passada pelo Mercado de São Miguel é uma orgia. Adoro passar de balcão em balcão, provando a estonteante variedades de coisas gostosas ao alcance do meu paladar (e bolso).
Nesta visita, gostei demais do preparo dos ouriços, gratinados e servidos na "casquinha". As trouxinhas de bacalhau, feitas com uma massa muito fininha e delicada, desmanchavam na boca.
E amei descobrir as navajas, um tipo de marisco comprido, cujo casco realmente lembra uma navalha e tem dentro uma carninha muito branquinha, com um sabor bem parecido com as vieiras.
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É assim que a gente escolhe frutos do mar no Mercado de San Miguel |
O Mercado de San Miguel tem cerca de 30 bancas de frios e embutidos, queijos, frutas, frutos do mar, carnes, pastelaria, doces, massas e outras especialidades.
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Um tentador balcão de frios do Mercado de San Miguel |
Como estamos na Espanha, o ritual pode e deve ser acompanhado de uma taça de vinho ou de cava, ou de uma copita de jerez.
Curte feiras e mercados? Dá uma olhada no monte de lugares legais mundo afora já comentados na Fragata: Feiras e Mercados - Índice
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La Mallorquina: fábrica de delícias desde o final do Século
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⭐La Mallorquina
Calle Mayor nº 2, na Puerta del Sol. 🕒Aberta diariamente, das 9h às 21:15h.
La Mallorquina é uma confeitaria que aprendi a amar desde a minha primeira passagem por Madri. A casa é uma instituição madrilenha, ocupando seu posto na esquina da Calle Mayor com a Porta do Sol desde o final do Século 19.
Calle Mayor nº 2, na Puerta del Sol. 🕒Aberta diariamente, das 9h às 21:15h.
La Mallorquina é uma confeitaria que aprendi a amar desde a minha primeira passagem por Madri. A casa é uma instituição madrilenha, ocupando seu posto na esquina da Calle Mayor com a Porta do Sol desde o final do Século 19.
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Pra mim, não tem visita a Madri se eu não for bater o ponto em La Mallorquina |
Acho que esta foi a primeira vez que encontrei La Mallorquina sem uma multidão acotovelada em torno do balcão (e até tinha lugar para sentar no salão de chá, no primeiro andar).
Fui lá pensando nas yemitas (um docinho de gemas enrolado como brigadeiro), mas os marrons-glacê da vitrine me fizeram ampliar o pedido. E quer saber: eles também fazem uns macarons bem bacaninhas...
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Ferpal: vitrine sedutora é isso |
Calle de Arenal n° 7.
Atualização: infelizmente a Casa Ferpal fechou em fevereiro de 2021.
A Ferpal é uma mercearia elegante do Centro Histórico de Madri, ótima para se experimentar especialidades espanholas diretamente no balcão, acompanhadas de vinho. Se quiser uma refeição mais sossegada, tem um restaurante sempre lotado, no primeiro andar.
A verdade é que eu não resisto à vitrine da Casa Ferpal. Juro que só estava passando pela Calle Arenal a caminho do Monastério de las Descalzas Reales, mas aquela exibição explícita de defumados e queijos, à luz do dia e sem qualquer pudor, é o tipo de provocação que eu costumo aceitar.
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Este é bem o tipo de provocação que eu costumo aceitar |
A Ferpal é uma velha conhecida, onde bato o ponto em todas as passagens por Madri. Sou louca pelos sanduíches de frutos do mar no pão de miga e de tapeios madrileños, que eu devoro recostada no balcão.
Passei por lá tipo 11 e pouco da manhã, momento perfeito para lasquinhas de jamón pata negra com duas tacinhas de Cava. Nem preciso dizer que o meu destino final, o Convento das Descalzas, ficou pra uma próxima visita a Madri 😀.
⭐ La Antoñita
Cava Baja nº 14, La Latina
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La Antoñita: tradições madrilenhas com leitura moderninha |
A vantagem de se hospedar em La Latina é que você não vai para a night. Você já está nela. Basta uma caminhadinha pela vizinhança do hostal e a gente esbarra em lugares interessantes.
Foi assim que encontrei o La Antoñita. Pequeno, aconchegante e com astralzinho jovem e descolado, é um bom lugar para uma refeição despretensiosa. O restaurante se apresenta como o lugar para provar uma “divertida cocina de mercado” e funciona no térreo de um hotel boutique, a Posada del Dragón.
O atendimento do La Antoñita é muito simpático, o ambiente é agradável e os preços são bem razoáveis. Os pratos são finalizados em um fogão que fica à vista do freguês, em um ambiente separado do salão apenas por um balcão.
Tinha parado só para bebericar, mas, ao dar uma olhada no cardápio, vi que a casa serve callos a la madrileña, um prato que eu simplesmente adoro.
Os callos do La Antoñita vêm numa porçãozinha gourmet — talvez uma tentativa de refinar a dobradinha à moda de Madri —, mas estavam deliciosos. Acho que eu teria repetido 😃.
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Eu eu por aqui,comendo arroz,feijão, batata frita e ovo, como bom carioca.
ResponderExcluirFazer o que não é?
Um abração carioca.
Paulo, arroz, feijão, batata frita e ovo também são deliciosos :)
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