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Florença é uma cidade cara — mas, pra nossa sorte, a beleza
ao ar livre não cobra ingressos |
Para economizar, não faltam os passeios gratuitos em Florença, igrejas com entrada grátis e belezas ao ar livre para serem exploradas em roteiros a pé.
As fontes e praças de Florença são muito fotogênicas e não é preciso gastar um eurinho sequer para explorar essas lindezas.
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A vista de Florença no caminho para a Igreja de San Miniato |
Mirantes como a Piazzale Michelangelo ou o Jardim das Rosas tiram o fôlego da gente, com a vista que oferecem para a cidade. As esculturas magníficas na Loggia dei Lanzi valem por um museu.
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Você não paga nada para ver a galeria de esculturas da Loggia
dei Lanzi, na Piazza della Signoria |
Dá uma olhada na minha lista de atrações imperdíveis e gratuitas em Florença e você vai comprovar que nem sempre essa cidade apaixonante vai pesar no seu bolso:
Passeios gratuitos em Florença
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Ponte Vecchio, a mais antiga ponte de Florença, quase uma logomarca da cidade. Na outra margem, a Galleria degli Uffizi e o Corredor Vasariano |
⭐ O Rio Arno e suas pontes
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As margens do Arno rendem lindos passeios |
Um passeio pelas margens do Arno é uma boa receita para ver a beleza de Florença, sem esquecer de debruçar nas balaustradas da Ponte de Santa Trinità ou Ponte alle Grazie (a escolha vai depender da posição do sol) para ver e fotografar sua irmã mais famosa, Ponte Vecchio, a mais antiga e pitoresca da cidade.
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Ponte Vecchio preserva seu aspecto medieval |
Ponte Vechio também faz parte do trajeto do famoso Corredor Vasariano, obra encomendada pelo Duque Cosme de Médici ao arquiteto Giorgio Vasari, no Século 16.
O Corredor Vasariano conecta o Palazzo Pitti, residência ducal, na margem Sul do Rio Arno, ao Palazzo Vecchio, sede do governo da cidade, na Piazza della Signoria.
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Quando atravessar Ponte Vecchio, vá com tempo de olhar as
vitrines e paciência para driblar a eterna multidão |
Tudo isso para que Cosme de Medici pudesse ir de casa para o trabalho sem precisar transitar pelas ruas da Florença do Cinquecento, que deviam ser uma muvuca tão grande quanto a de hoje.
Os açougues foram substituídos pelas oficinas de ourives e essa é a origem do comércio de joias nas lojas na Ponte Vecchio, que persiste até hoje.
Desde a Idade Média, a Piazza (praça) della Signoria é o coração da vida política florentina.
É lá que se assenta o majestoso Palazzo Vecchio (“Palácio Velho”), do Século 14, antiga sede da Senhoria de Florença — conselho que governava a cidade durante a República.
O Palazzo Vechio, posteriormente, seria convertido em moradia e local de despacho dos duques da Dinastia Médici que governava Florença ( a visita ao interior do palácio é imperdível, mas não será assunto deste post: vamos continuar ao ar livre e sem pagar ingresso 😊).
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Piazza della Signoria: o Palazzo Vecchio (acima, à esquerda)
e a Loggia dei Lanzi |
A área está permanente sitiada pelos visitantes que procuram o melhor ângulo para fotos das réplicas das estátuas de Davi, de Michelangelo (acredite em mim, é muito melhor ver o original, na Galleria della Accademia) e Judite e Holofernes, de Donatello e das preciosidades originais exibidas na Loggia dei Lanzi.
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O Rapto das Sabinas, de Giambologna, na Loggia dei Lanzi |
Esta loggia (“pórtico” ou “galeria”) também data do Século 14 foi construída para abrigar as assembleias do tempo da República Florentina e solenidades públicas.
Hoje, o espaço é um pequeno museu onde estão expostas algumas das mais belas esculturas do acervo da cidade — sou arriada de quatro pneus pelo Rapto da Sabina, de Giambologna.
Os enredos das esculturas podem ser meio macabros — tem dois raptos, uma decapitação, dois assassinatos... 😱 —, mas a beleza plástica das obras é imensa.
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Perseu e a Cabeça da Medusa |
Obras expostas na Loggia dei Lanzi
⭐ Perseu com a Cabeça de Medusa, de Benvenuto Cellini (Século 16)
⭐ Rapto das Sabinas, de Giambologna (Século 16)
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Hércules e o Centauro Nesso. Ao fundo (esq), duas esculturas das Sabinas |
Antes de morrer, o centauro enganou Dejanira, dizendo que seu sangue era uma poderosa “poção de amor”. Ela molhou as vestes do marido com o sangue, que na verdade era venenoso, o que resultou na morte de Hércules.
Pátroclo, companheiro de armas de Aquiles, foi morto por Heitor em um episódio da Guerra de Troia, segundo o relato de Homero na Ilíada.
Com a derrota troiana, ela teria sido morta pelos gregos para vingar a traição a Aquiles.
⭐ Sabinas
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Piazzale Michelangelo: em Florença, um belvedere jamais seria um balcãozinho qualquer |
⭐ Piazzale Michelangelo
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Sem legenda — só suspiros |
A vasta esplanada suspensa de Piazzale Michelangelo está bem de acordo com o panorama espetacular que se esparrama aos pés da praça, a cidade inteira, sem pudores, se exibindo aos olhos extasiados dos visitantes.
E ainda bem que a praça é grande, pois a afluência de visitantes é imensa. Mas a vista de lá do alto é tão hipnotizante que quase não dá para perceber a presença de outros seres humanos. Dá vontade de ficar morando lá.
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A muralha de Florença vista da Piazzale Michelangelo |
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A descida da Piazzale Michelangelo pela Vialle Giuseppe
Poggi. Abaixo, o “gatil” público de Florença |
A rua desemboca diante da muralha de Florença, no Borgo San Niccolò, cheio de pequenos restaurantes bem simpáticos.
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O Jardim das Rosas, no caminho da Piazzale Michelangelo ao
Borgo San Niccolò |
Viale Giuseppe Poggi nº 2. Aberto diariamente, das 9h ao por do sol.
Na descida da Piazzale Michelangelo, faça uma paradinha no sossegado e bonito Giardini delle Rose.
O jardim é contemporâneo da praça famosa e foi projetado pelo mesmo arquiteto, Giuseppe Poggi — e também tem uma vista linda para a cidade.
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Partir, escultura de Jean-Michel Folon no Jardim das Rosas |
Tem também mais de 1.000 variedades de outras plantas, que se beneficiam de um engenhoso sistema de irrigação, além de um jardim japonês.
Esculturas do artista belga Jean-Michel Folon, doadas por sua viúva, também embelezam o Giardino delle Rose.
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Fonte de Netuno, na Piazza della Signoria |
A concepção da fonte e a escultura de Netuno são obra do arquiteto Bartolomeo Ammannati, que derrotou pesos pesados como Cellini e Giambologna em um concurso promovido por Cosimo de Médici para escolher o projeto da obra.
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Nunca descobri o nome desta fonte, mas acho o mascheronne o
maior barato |
Apesar de batido no concurso, Giambologna participou da obra esculpindo um conjunto de imagens de divindades marinhas que integram a corte de Netuno.
Uma dessas estátuas foi roubada por um grupo de bêbados no Carnaval de 1830 e nunca mais foi encontrada, precisando ser refeita.
A Fontana del Nettuno é impressionante, mas Florença está cheia de fontes encantadoras e é divertido tentar descobrir algumas delas caminhando sem rumo por aquelas ruas cheias de coisas lindas.
Pertinho da Pizza della Signoria, na esquina da Via dei Neri com a Via dei Leone fica a minha favorita, um mascheronne com a língua de fora.
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Fonte dos Monstros Marinhos, na Piazza della Santissima
Annunziata. Ao fundo a basílica que dá nome à praça. Abaixo, outro ângulo da
fonte o Ospedale degli Innocenti, orfanato do Século 15 |
Outra fonte que vale a pena descobrir é a Fontana dello Sprone (“do Esporão”), que fica em uma esquina do Borgo San Jacopo, em Oltrarno.
A rua preserva uma série de edifícios medievais, como a bela Torre dei Marsili, do Século 12, e rende um passeio bem interessante.
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Fontana del Sprone, em Oltrarno |
Ela é uma obra do escultor Bernardo Buontalenti, realizada para embelezar o caminho percorrido pelo cortejo nupcial de Cosimo II de Médici com a arquiduquesa Maria Madalena da Áustria.
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O Borgo San Jacopo preserva muitas construções medievais,
como a Torre dei Marsili |
A escultura, do Século 16, homenageia o pai de Cosimo I de Médici, um condottiero (comandante militar). Foi concebida para o interior da Basílica de San Lorenzo, mas, quando foi transferida para a praça em frente à igreja, ganhou a função fonte.
Na Praça de Santíssima Annunziata, onde fica a bela basílica de fachada porticada que eu tanto recomendo, preste atenção às duas Fontane dei Mostri Marini (“fontes dos monstros marinhos"), do Século 17, um conjunto de curiosíssimas esculturas de animais imaginários.
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A estátua do condottiero Giovanni, pai de Cosimo
de Médici, já foi uma fonte |
A imagem que está lá é uma cópia da estátua de bronze feita no começo do Século 17 por Pietro Tacca, discípulo de Giambologna, por sua vez copiada de uma escultura em mármore ainda mais antiga.
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Mercado del Porcellino - não fotografei o "porquinho" porque a muvuca estava excessiva 😉 |
A Europa na Fragata Surprise
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