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O Pelourinho é o encanto mais conhecido do Centro Histórico
de Salvador. Mas está longe de ser o único |
O Centro Histórico é, como conjunto, é a maior atração turística de Salvador. E vai muito além dos elementos de pedra e cal que contam a trajetória da primeira capital do Brasil.
As ladeiras e ruelas do Centro Histórico de Salvador — com seu calçamento de pedras irregulares e margeadas por fachadas nos mais diversos graus de conservação — têm também imensa importância simbólica: foi lá, no coração da cidade, que muito da cultura que herdamos dos africanos sobreviveu e vicejou e se preserva ainda hoje.
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Salvador não chega a ter as 365 igrejas cantadas por Caymmi,
mas elas estão por toda parte no Centro Histórico. O Rosário dos Pretos (no
alto) e São Francisco estão entre as mais bonitas |
É um roteiro que também pode ser feito em um único dia, se você sair de manhã cedo. Aproveite para almoçar no Pelourinho, que é o meio do caminho, e fugir da caminhada na hora mais quente do dia.
Procurando um passeio mais refrescante? Também tem 😉
Dicas de verão: praias de Salvador
Bora passear?
Roteiro no Centro Histórico de Salvador
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O Forte de São Marcelo e o azul da Baía de Todos os Santos
vistos da varanda do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal |
Segurança no Centro Histórico de Salvador
Há policiamento por todo o percurso. Caminhei bem tranquila, parando para fotos, sem qualquer incidente.
Uma reclamação frequente dos turistas em Salvador é o assédio dos vendedores de lembrancinhas. Eles estão lá, sim, mas lembre-se que é gente que está tentando trabalhar e sobreviver.
Mas, em geral, um “não, obrigada”, dito de maneira firme e educada, costuma bastar. Se parecer intimidada ou vacilante, a chance de algum chato grudar em você é maior.
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Um roteiro pelo Centro Histórico de Salvador tem paisagens
grandiosas e detalhes delicados, como nesta fachada no bairro de Santo Antônio
Além do Carmo |
Não dê bobeira, prefira as ruas principais e movimentadas, não caia em conversa fiada — tipo alguém sugerindo que você acompanhe até alguma loja/restaurante ou seja lá onde for.
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Comecei o passeio na Igreja da Conceição da Praia |
Conforto no Centro Histórico de Salvador
Atenção ao calor - vista roupas leves. Lembre-se que Salvador é sempre muito quente.
As temperaturas mínimas na cidade raramente ficam abaixo dos 23° C, com médias sempre namorando os 25°C ou 26°C.
Levar uma garrafinha de água também é boa ideia.
Como acabei de dizer, boa parte desse roteiro passa por ruas com calçamento de pedras irregulares, chamadas de “pé de moleque”.
Sapatos com salto, mesmo em alturas moderadas, vão ser sempre um estorvo. Prefira calçados com solado flexível, que fiquem bem presos no pé, como tênis ou papete.
E agora, bora passear, pois tem muito lugar lindo pra ver no Centro Histórico de Salvador. Todos os pontos citados no roteiro estão no mapa abaixo.
Conceição da Praia e Praça Cairu
Se você for de carro, a Rua da Conceição é excelente opção de estacionamento. O talão da Zona Azul para 6 horas custa R$ 6.
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A Igreja da Conceição da Praia, do Século 18, foi construída no
mesmo local da capelinha erguida por Tomé de Sousa, quando chegou para
fundar Salvador, em 1549 |
Aberta diariamente das 7h ao meio-dia e das 14h às 17 horas. Entrada gratuita.
Antes de subir o Elevador Lacerda para a Cidade Alta, onde estão as atrações do Centro Histórico, vale muito a pena visitar a bonita Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, do Século 18, que, com certeza, vai estar bem em frente à sua vaga de estacionamento.
A Conceição foi construída no mesmo local da capelinha de taipa erguida logo após a chegada de Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil e fundador de Salvador.
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O interior da Igreja da Conceição da Praia tem decoração
barroca |
Um detalhe interessante sobre a construção da Conceição da Praia é que a igreja veio prontinha de Portugal. Suas pedras, já talhadas e numeradas, serviram de lastro para as embarcações que cruzaram o Atlântico da Metrópole até Salvador.
Nossa Senhora da Conceição é padroeira do estado da Bahia e no seu dia, 8 de dezembro, é feriado celebrado com uma tradicional festa de largo, com barracas de bebidas e comidas, muito samba, parque de diversões e procissão.
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Tem que olhar pra cima e pra baixo: à esquerda, a decoração
do forro do nave da Conceição. À direita, o piso em mármore |
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Ô, preguiça 😾 |
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A fonte fica em um pequeno pátio no interior da Igreja da
Conceição |
No interior da igreja, em castiço barroco, preste atenção à pintura do forro da nave central, ao órgão de tubos, à elegância do altar-mor e ao piso em mosaico de mármore.
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No Mercado Modelo, aproveite a vista do terraço, no primeiro andar. A visita ao porão, com instalações artísticas, é bem bacana e precisa ser agendada com antecedência |
Uma caminhada de apenas 300 metros separa a Igreja da Conceição de um dos maiores hits turísticos da Bahia, o legendário Mercado Modelo, na Praça Cayru.
Eu confesso que tenho uma relação contraditória com o Mercado Modelo.
Tenho carinho, acho importante que ele exista, mas a cada visita eu me interesso menos pela mercadoria à venda, posando de “artesanato” — muita coisa industrializada, pasteurizada e sem personalidade.
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O artesanato do Mercado Modelo já não é tão atraente, mas
o clima geral vale a passada por lá |
A comida dos dois restaurantes não é grande coisa, os preços são salgados (um coco custa R$ 5, contra os R$ 2 cobrados pelos vendedores que ficam na porta do mercado).
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O melhor ângulo para clicar o Elevador Lacerda está na Praça
Cayru, em frente ao Mercado Modelo |
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O Elevador Lacerda é o meio mais rápido parar subir à Cidade
Alta. Mas vá sabendo que as cabines não têm vista panorâmica |
O Lacerda funciona desde 1873 e ganhou suas formas art-déco em reforma de 1930.
Conheço um monte de gente que se decepciona com o “passeio” no elevador e, por isso, vou logo avisando: ele não é panorâmico e tem função estritamente prática: ajudar os baianos a subirem os 72 metros de desnível entre o Comércio e a Cidade Alta.
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Vista da parte alta do Elevador Lacerda: o Palácio Tomé de
Sousa e o conjunto arquitetônico da Misericórdia ao fundo |
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As cabines do Elevador Lacerda não são panorâmicas, mas lá
no alto a vista é assim |
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Fora que o elevador, ele mesmo, é uma lindeza art déco |
Quase 30 mil pessoas usam o Elevador Lacerda todos os dias, mas é raro encontrar fila grande para acessar uma das quatro cabines. Aproveite a passagem baratinha, a tradição e a praticidade: são apenas 30 segundos de percurso.
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Tá, agora tente não se apaixonar — e falhe miseravelmente 😊 |
⭐Praça Municipal
Como primeira parada, é de rigueur debruçar na ⭐balaustrada sobre a encosta e babar por vários minutos diante da visão exuberante da Baía de Todos os Santos. Pelas manhãs, o sol está no melhor ângulo para as fotos.
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A sede da Câmara Municipal de Salvador é do Século 16 |
Depois, observe as três construções que se destacam na Praça Municipal:
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Vista da varanda do Palácio Rio Branco |
Em frente à saída do Elevador Lacerda está o belo edifício maneirista da ⭐Câmara Municipal, do Século 16, sede da primeira casa legislativa do Brasil.
À direita de quem sai do elevador está o ⭐Palácio Rio Branco, antiga casa do governo-geral, nos tempos da colônia. Foi a reforma de 1912 deixou o palácio com aquela cara de “bolo de noiva”. Em 2024, o palácio está sendo transformado em um hotel de luxo e, por enquanto, não se sabe se continuará aberto à visitação.
O milk shake de chocolate com bolinho de arroz da Sorveteria Cubana, na parte alta do Elevador Lacerda, são patrimônio histórico com açúcar e muitas calorias. Eu não dispenso.
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Monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé. Ao fundo, a
Catedral Basílica |
A atração mais interessante do caminho é o Museu da Misericórdia, instalado nos edifícios que já abrigaram a Santa Casa de Misericórdia, um conjunto arquitetônico deslumbrante.
Quando chegar à Praça da Sé, não espere encontrar a velha Sé Catedral da Cidade da Bahia, pois a veneranda igreja do Século 16 foi demolida em 1933, supostamente para “desatravancar” o espaço, que foi tomado por um terminal de ônibus.
Apesar desse gravíssimo desfalque, a Praça da Sé melhorou desde aquela “modernização”. O Belverdere da Sé, onde eu adorava tomar sorvete, quando criança, ainda oferece uma vista linda para o mar e a Cidade Baixa.
⭐ Museu da Misericórdia
Rua da Misericórdia nº 6. Aberto de segunda a sexta, das 8:30h às 17:30h.Aos sábados, das 9h às 17h. Aos domingos, das 12h às 17h. Entrada; R$ 6. Site: museudamisericordia
A Santa Casa de Misericórdia foi fundada junto com Salvador, em 1549. Essa irmandade leiga manteve um hospital por mais de 400 anos naquele local e a Igreja da Misericórdia, do Século 17, é considerada uma das mais bonitas de Salvador.
No museu estão expostas coleções de azulejos, peças sacras e mobiliário dos séculos 17 e 18.
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O edifício da antiga Faculdade de Medicina, no Terreiro de
Jesus, agora abriga um memorial e o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBa |
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Terreiro de Jesus, a porta de entrada para o Pelourinho. Ao
fundo, a Catedral Basílica |
O edifício do Colégio dos Jesuítas foi incorporado às instalações da primeira instituição de ensino superior do Brasil, a Faculdade de Medicina, fundada em 1808.
O Terreiro de Jesus é um retângulo praticamente cercado por igrejas. A principal é a Catedral Basílica de Salvador, do do Século 17, em estilo maneirista. Essa igreja substituiu a velha Sé como sede da Arquidiocese e tem bonita decoração barroca.
Também estão no Terreiro as igrejas de São Pedro dos Clérigos e da Ordem Terceira de São Domingos Gusmão, ambas do Século 18.
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Terreiro de Jesus |
⭐ Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBa
De segunda a sexta, da 9h às 17, entrada R$ 10.
⭐Museu Afro-Brasileiro da UFBa
O edifício é muito bonito e passou por restauração cuidadosa para abrigar o Memorial da Faculdade de Medicina, o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e o Museu Afro-Brasileiro da UFBa.
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Memorial da Faculdade de Medicina |
No Memorial da Faculdade de Medicina estão guardadas mais de 5 milhões de páginas de documentos incluindo teses, pesquisas e experiências.
O acervo de livros raros tem obras que vêm desde o Século 16 e inclui textos sobre alquimia e a coleção completa da Flora Brasiiliensis, do botânico alemão Carl von Martius, que veio ao Brasil na missão científica trazida pela futura imperatriz Leopoldina.
O Museu de Arqueologia exibe peças indígenas e material da época da colônia, retirado de escavações feitas no Centro Histórico de Salvador, assim como os vestígios arquitetônicos do Colégio dos Jesuítas. As visitas ao museu podem ser guiadas por um monitor.
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Peças do acervo do Museu Afro-Brasileiro |
O museu também tem um acervo significativo da cultura afro-brasileira, com destaque para a Capoeira, a religião e as artes. Na pinacoteca, trabalhos de Carybé, Emanoel Araújo e outros artistas.
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Largo do Cruzeiro de São Francisco. Ao fundo, a famosa
"Igreja de Ouro" |
Seu nome vem da cruz esculpida em pedra que fica bem no meio desse quadrilátero cercado de belas e bem preservadas construções coloniais — e presidido por aquela que talvez seja a igreja mais linda da Bahia, São Francisco, também conhecida como a “Igreja de Ouro”.
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O interior da Igreja de São Francisco é magnífico, não perca
essa visita |
A Le Glacier Laporte fica bem em frente à Igreja de São Francisco (largo do Cruzeiro de São Francisco nº 21, diariamente, da 10h às 19:30h).
O sorvete de mangaba é de uivar para a lua, mas você pode experimentar outros 70 sabores, de frutas regionais ou clássicos. Imperdível.
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A Igreja de São Francisco é deslumbrante |
O Convento de São Francisco foi fundado no Século 16, quando Salvador ainda engatinhava, mas o edifício atual é do Século 17. Seu claustro é encantador, recoberto em azulejos do Século 18.
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Única no Brasil, a fachada em estilo plateresco da
Ordem Terceira é demais de linda |
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E pensar que tudo isso esteve coberto por reboco... |
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O Restaurante Maria Mata Mouro continua sendo boa opção no
Pelourinho |
Nesta visita, almocei no Restaurante Maria Mata Mouro (Rua da Ordem Terceira nº 8), um velho favorito meu, que ainda está bem legal. Prefira uma mesa no jardim, que fica na parte de trás. Não é barato, mas é boa pedida.
Se quiser gastar pouco, a simplicidade sempre muito saborosa de Alaíde do Feijão está pertinho, na Rua 12 de Outubro, também conhecida como Ladeira da Ordem Terceira (não confunda com a Rua da Ordem Terceira) nº 2.
Saiba mais: Onde comer em Salvador - restaurantes, cafés e sorveterias
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Dois ângulos do Largo do Pelourinho, ou "Ladeira do
Pelô", para os íntimos (e lembra que eu falei lá no começo que não dá pra
ir ao Centro Histórico de salto alto?) |
Nosso passeio, até agora, foi um ótimo prólogo para a visita ao que a maioria dos turistas entende como “Centro Histórico de Salvador”. Sim, finalmente chegamos ao Pelourinho, um dos mais espetaculares conjuntos arquitetônicos coloniais das Américas — bonito de fazer a alma levitar.
Os dois acessos mais comuns ao Pelourinho são a Rua Alfredo de Brito (que desce do Terreiro de Jesus, margeando o muro da antiga Faculdade de Medicina) ou a Rua João de Deus (que também começa no Terreiro, na esquina onde está a Igreja da Ordem Terceira de São Domingos).
Mas, como viemos até São Francisco, vamos entrar no Pelourinho pela Rua da Ordem Terceira mesmo.
O principal encanto do Pelourinho é seu conjunto arquitetônico e o astral que impregna esse cenário histórico. Eu gosto de bater pernas, subindo e descendo, olhando as lojinhas, curtindo o vai e vem.
Mas o Pelô também tem museus, centros culturais e a bela e comovente Igreja do Rosário dos Pretos, construída por escravos, no Século 18.
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Beleza e história na Igreja do Rosário |
É uma das minhas igrejas favoritas na Bahia, não só por sua beleza, mas também por sua história. A bênção das terças-feiras é um acontecimento no Pelô: começa com a missa católica que incorpora elementos do Candomblé e, encerrada a parte sacra, a festa profana toma conta do Centro Histórico.
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O Museu da Cidade (no casarão amarelo) e a Fundação Casa de
Jorge Amado (casarão azul) |
Instalada em um casarão azul que se destaca no conjunto arquitetônico do Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado foi criada sob a supervisão do escritor mais famoso da Bahia e abriga um acervo de 250 mil peças, entre documentos, fotos, vídeos e manuscritos, que ajudam a compreender a vida e a obra de Jorge — e seus personagens.
⭐ Museu da Cidade
Largo do Pelourinho nº, 3. Fecha às terças-feiras. Nos demais dias de semana, funciona 9:30h às 18:30h. Sábados, das 13h às 17h. Domingos, das 9h às 13.
Objetos e imagens do Candomblé e peças sacras católicas são o forte do acervo desse museu que conta um pouco da história de Salvador — trajetória que não pode ser dissociada do encontro entre os imaginários e as religiosidades herdadas de portugueses e africanos.
Parte do museu é dedicada ao poeta baiano Castro Alves, a maior expressão do Romantismo em terras brasileiras.
O Museu da cidade também tem uma pinacoteca com obras de artistas baianos como Caribé, Jenner Augusto e Presciliano Silva.
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A loja do Projeto Axé é um bom lugar para comprar
lembrancinhas ou dar um toque no guarda-roupa |
⭐Loja Projeto Axé Design
Está a fim de comprinhas? Aproveite para dar uma passada na loja Projeto Axé Design, que ajuda a financiar esse projeto bacana, que leva arte e educação a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
A loja do Projeto Axé tem roupas e acessórios realmente interessantes e super usáveis. São peças de bom gosto, com design moderno, muitas delas feitas a partir de tecidos e outros materiais reciclados, produzidas por jovens atendidos pela ONG. Bom lugar para comprar aquele presentinho ou para dar um toque de Bahia no guarda roupa. E os preços são bem em conta.
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Escadaria do Passo |
⭐Carmo
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Igreja do Passo. Quando fiz esse passeio, ela estava novinha em folha, depois de uma restauração |
Mas, agora, prepare as panturrilhas: a partir do ponto mais baixo do Pelourinho — na altura da Casa do Benin, nós vamos escalar a Ladeira do Carmo. É uma subida de cerca de 200 metros.
Mais sossegado e menos grandioso que o Pelourinho, o Carmo manteve sua pegada residencial — no Pelô, as famílias foram retiradas na grande restauração dos anos 90.
O casario do Carmo não tem a mesma exuberância do bairro vizinho, mas é um lugar perfeito para quem gosta de garimpar detalhes.
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Uma fachada do Bairro do Carmo (eu morro de paixão pelas fachadas do Carmo e do Santo Antônio) |
A Igreja do Passo, famosa por sua escadaria, acaba de passar por longa restauração e foi reaberta ao público na última semana de outubro/2018.
Na sequência, você chega ao Carmo propriamente dito, um largo simpático onde estão alguns bons restaurantes (como o Pysco), o simpático e já tradicional Cafélier, e as igrejas do Carmo (do Século 16) e da Ordem Terceira do Carmo (Século 18). O antigo convento foi transformado em hotel de luxo, mas sempre é possível bisbilhotar seu pátio central.
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A Igreja do Carmo (no alto, sozinha, e acima, ao lado da Igreja da Ordem Terceira) tem origem no Século 16, época da fundação de Salvador |
Cerca de 180 metros adiante do Largo do Carmo fica um velho reduto boêmio, o Largo da Cruz do Pascoal, onde o tradicional Bar da Cruz do Pascoal mantém mesas ao ar livre para os clientes e serve petiscos baianos e cerveja gelada.
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Os bares da Cruz do Pascoal são certeza de cerveja gelada |
A igreja seguinte é a do Boqueirão, também do Século 18 — quando eu era uma jovem repórter, amava cumprir pauta naquelas imediações para aproveitar a vista para o mar que se tem da varanda que fica na parte de trás da igreja.
Mas faz tempo que não vejo a Igreja do Boqueirão aberta à visitação.
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A Igreja do Boqueirão marca a fronteira entre o Carmo e o Santo Antônio |
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O Largo de Santo Antônio é tão fofo que tem até coreto |
Os 450 metros da Rua Direita de Santo Antônio são um desfile de fachadas lindas, pequenos bares, algumas pousadas charmosas e um modo de vida desacelerado, onde vizinhos ainda botam as cadeiras na calçada para conversar.
O final do nosso passeio é no Largo de Santo Antônio Além do Carmo, que tem uma vista linda para a Cidade Baixa (tente adivinhar a Igreja do Bonfim na paisagem) e o charme ingênuo de um coreto na pracinha, sempre movimentada pelas crianças do bairro.
O Forte de Santo Antônio Além do Carmo é do Século 16. Durante a ditadura militar, nos anos 60 e 70, muitos presos políticos ficaram encarcerados lá. Hoje é chamado de Forte da Capoeira e funciona como centro cultural voltado para a preservação dessa luta que os baianos herdaram dos africanos.
Saiba mais sobre o bairro neste post: Bonfim, Ribeira e Santo Antônio, três clássicos que não saem de moda
Todas as dicas de Salvador - post índice
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Oi, Cyntia. Tudo bem? :)
ResponderExcluirSeu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Massa, Natalie. Obrigada 😚
ExcluirAdorei os comentários detalhados! Dá uma excelente ideia para quem nunca foi para Salvador. Como eu que estou desejando ir sem nenhuma ideia das possibilidades que encontrarei pir
ResponderExcluirMuito bom os 2 roteiros! Estava pesquisando sobre o centro historico tentando traçar uma maneira "rota" que fosse fácil e ao mesmo tempo consistente! Agora achei!!!
ResponderExcluirMelhor roteiro que já vi do centro histórico. Tenho pesquisado muito e esse superou todos. Parabéns e obrigada!
ResponderExcluirObrigada, Samantha
ExcluirVocê está de Parabéns! Adorei o roteiro. Vou usá-lo na minha viagem e depois também vou mencioná-lo no meu blog Transitando pelo Mundo. Obrigada! Tudo de bom!
ResponderExcluirAmei seu roteiro e dicas.
ResponderExcluirOlá! Muito bom o roteiro, e muito bem escrito também. Parabéns :)
ResponderExcluirÓtimo! Parabéns!
ResponderExcluir