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12 fevereiro 2023

O que fazer em Santiago do Chile

Catedral de Santiago do Chile
A Catedral de Santiago, do Século 18, é uma das principais atrações do Centro Histórico da cidade

Quando o assunto é o que fazer em Santiago, lembro imediatamente que a capital chilena tem um horizonte espetacular — privilégio de quem é uma “ilha” cercada de Andes por todos os lados — e uma gastronomia de fazer a gente lamber os beiços. 

Então, na hora de montar seu roteiro em Santiago, é perfeitamente justo que você privilegie programas que te deixem de cara para as montanhas (como a visita ao mirante Sky Costanera e os passeios pelo Cerro San Cristóbal e Cerro Santa Lucia) e espaço na agenda para almoços e jantares sem pressa.

Santiago do Chile vista do Sky Costanera
Santiago do Chile vista do Cerro San Cristóbal
O horizonte de Santiago visto do Sky Costanera (no alto) e do Cerro San Cristóbal. O pôr do sol é bonito, mas não dá pra esquecer que as cores dramáticas são fruto da poluição

Santiago, porém, tem uma dinâmica urbana tremendamente bem resolvida para uma metrópole sul-americana com quase 6 milhões de habitantes. É uma cidade bastante segura e o transporte público funciona bem.

Isso, portanto, é garantia de que você irá muito além da dobradinha horizontes + comilanças. Afinal, tem muito mais o que fazer em Santiago.

Bairro de El Golf em Santiago do Chile
Universidade Católica do Chile
Guarde um tempo para caminhar por Santiago sem seguir o mapa. No alto, calçadão da Avenida Apoquindo, no elegante bairro El Golf. Acima, a Universidade Católica, na Avenida Libertador Bernardo O'Higgins, "A Alameda"

O tempo dedicado à descoberta capital chilena parece render mais, permitindo que a gente encaixe sem dificuldades, em três ou quatro dias, visitas a excelentes museus (como ao indispensável Museu da Memória e dos Direitos Humanos e a La Chascona, a casa-museu de Pablo Neruda e Matilde Urrutia) e a exploração de vizinhanças charmosíssimas, como o Bairro Lastarria e o Bairro Itália.

Centro Histórico de Santiago do Chile
Calle Bandera em Santiago do Chile

A Calle Bandera é citada como atração turística de Santiago por conta das pinturas coloridas no seu calçamento e algumas fachadas. No alto, detalhe de uma fachada do Centro Histórico

Sem esquecer, claro, do Centro Histórico de Santiago, com atenção especial à Catedral, ao Museu Histórico Nacional e ao Palácio de La Moneda — e uma esticadinha aos mariscos deliciosos do Mercado Central, que ninguém é de ferro. 

Este post é para ajudar você a montar seu roteiro de passeios por Santiago do Chile, uma cidade que cresce no meu coração a cada visita. 

Use o mapa no final deste post para se orientar (as atrações aparecem aqui seguindo de Leste para Oeste, de Provdencia ao Centro da cidade).

Veja as dicas e divirta-se na capital do Chile:

26 dezembro 2022

Bairro Lastarria, Santiago Belle Époque


Bairro Lastarria, Santiago do Chile

O Bairro Lastarria tem um arzinho Belle Époque que eu acho o traço mais sedutor de Santiago


Os terremotos não permitiram que a capital chilena preservasse em seu Centro Histórico um conjunto arquitetônico com tantos séculos de idade como os de Salvador, de Quito ou de Cusco. Mas no adorável Bairro Lastarria, Santiago faz a gente viajar tão bem para a Belle Époque que nem dá pra sentir falta do patrimônio que costumamos associar às cidades coloniais das américas.

A dois passos da movimentadíssima Avenida Libertador Bernardo O’Higgins, a principal via do Centro de Santiago, o Bairro Lastarria é um recanto de charme arquitetônico, boa gastronomia, ótima opção de passeios e de hospedagem.

Claraboia art nouveau em um casarão do Bairro Lastarria, Santiago do Chile

Claraboia de um casarão do Bairro Lastarria transformado em centro de lojas de design e moda

Na arquitetura, Lastarria preserva muitos edifícios em estilo eclético, art nouveau e algumas pinceladas de art-déco. Para fazer companhia — e contraponto — à pedra e à cal, o bairro é dono de algumas das áreas verdes mais queridas de Santiago, como o histórico Cerro Santa Lucia e o agradabilíssimo Parque Florestal, limite Norte do bairro.

O trânsito e as buzinas podem estar pegando fogo na Alameda (como os santiaguinos chamam a Avenida Libertador O'Higgins), que Lastarria não se abala.

Parque Florestal de Santiago do Chile
O agradável Parque Florestal marca o limite Norte do Bairro Lastarria

Lastarria é de uma cordialidade rara em regiões centrais de grandes metrópoles, mesmo as que tratam bem de seus centros antigos, e é uma das minhas áreas favoritas em Santiago. Veja que delícia de bairro e o que fazer por lá:

22 dezembro 2022

O que fazer em Mendoza — além das vinícolas

Vinhedos e montanhas em Mendoza na Argentina
Os vinhedos cultivados à sombra das montanhas colocaram Mendoza no mapa turístico

O que colocou Mendoza no mapa dos viajantes foi a famosa produção vinícola da região. Mas tem mais o que fazer em Mendoza além de visitar bodegas e experimentar os vinhos mendozinos.

Eu, por exemplo, fui a Mendoza pra ver a beleza estonteante da Cordilheira dos Andes, aos pés da qual estão plantados os vinhedos que fizeram a fama da região, Também fui ver a agradável cidade de 150 mil habitantes — centro de uma região metropolitana que reúne cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Plaza Chile em Mendoza na Argentina
Como é que uma cidade no meio do deserto consegue ser tão verde?
Centro de Mendoza na Argentina

Quem curte garimpar detalhes também não vai se decepcionar com Mendoza


As paisagens andinas são uma das minhas grandes paixões de viajante. Já tive o prazer de ver muitos ângulos da Cordilheira — de Caracas, Venezuela, lá no Norte, até Puerto Montt, no Sul do Chile. 

A região de Mendoza, decantadíssimo camarote para as montanhas, não poderia ficar fora do meu mapa, ainda mais com seu ilustríssimo “presidente”, o Monte Aconcágua, maior montanha do planeta fora da Ásia.

Passagem San Martín em Mendoza na Argentina
Na esquina da Avenida San Martín com a Peatonal Sarmiento, a Passagem San Martín foi construída em 1926, no primeiro “arranha céu” de Mendoza, com sete andares
 
E a capital argentina dos vinhos, cultivada à sombra das montanhas, não decepciona. Passei três dias e meio em Mendoza (quatro noites) e passeei bastante pela cidade bem cuidada, muito arborizada e tremendamente amigável a caminhadas. 

Mendoza foi uma pausa bem-vinda entre as trepidantes Buenos Aires e Santiago, estrelas do meu roteiro pela Argentina e pelo Chile.

Plaza Independencia em Mendoza na Argentina

Além de comer bem e beber bem, em Mendoza se aproveita a vida ao ar livre. Esta é a agradável Plaza Independencia, coração da cidade


Mendoza é lugar para se comer bem e beber bem. Fiz belas farrinhas regadas a vinho na cidade, ainda que tenha abdicado de visitar as vinícolas (bodegas) da região. 

Se você curte enoturismo, vai encontrar na internet muitas dicas para organizar seu roteiro. Aqui você encontra dicas sobre o que fazer em Mendoza além das vinícolas:

01 junho 2022

10 atrações em Montevidéu

Grafite de Júlio Cortázar no Bairro de Cordón em Montevidéu

O escritor argentino Julio Cortázar observa a muvuca da Feira de Tristán Narvaja, realizada aos domingos, no Bairro de Cordón


Já falei isso e vou repetir: Montevidéu é muito mais atmosfera e astral do que uma lista de atrações a ser ticada — e que cidade não é, quando a gente leva a alma pra viajar? Mas essa história de que não tem muito o que fazer na capital uruguaia é pura lenda.

Em nove dias “líquidos” de roteiro em Montevidéu, encontrei muita coisa bacana pra fazer por lá. Neste post, vou comentar as 10 atrações em Montevidéu mais conhecidas, com as dicas práticas (como chegar, ingressos), pra ajudar seu planejamento. 

De cara, já aviso que sou totalmente parcial em relação a Montevidéu: adoro a cidade desde nosso primeiro encontro, no inverno gelado de 1978. Voltei lá bem menos do que gostaria e só agora, nesta quarta visita, pude me dar o prazer de esticar a estadia para além do basicão. 

Ramblas de Montevidéu
Parque Rodó em Montevidéu

As Ramblas (no alto) e o Parque Rodó: lugares para ser feliz ao ar livre em Montevidéu


Em nove dias de estadia, pude ir muito além dessas 10 atrações em Montevidéu. Mas quem tem menos tempo para curtir essa adorável cidade estará muito bem servida por elas.

Mas, se eu fosse você, esticaria a estadia para ir além desses pontos turísticos. Montevidéu tem ótimos centros culturais e museus, inenarráveis livrarias e a gastronomia que deixa a gente com vontade de reencarnar como camelo — privilegiados bichos dotados de quatro estômagos. Essas atrações em Montevidéu ganharam postagens exclusivas (siga os links pra ver).

Entre as 10 atrações em Montevidéu que destaco aqui, oito são gratuitas (Ramblas, Parque Rodó, Terraço Panorâmico da Prefeitura, a arquitetura da Avenida 18 de Julio, a Plaza Independencia, o charme da Cidade Velha, o Bairro de Cordón e a Feira de Tristán Narvaja).

Palácio Santos em Montevidéu
Esta lindeza de edifício de inspiração renascentista é o Palácio Santos, na Avenida 18 de Julio. A construção, do Século 19, é sede do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai

Apenas duas atrações desta lista cobram ingresso: as visitas guiadas ao Palácio Salvo e ao Teatro Solís

Bora combinar que 80% de atrações gratuitas é uma ótima relação, né? Montevidéu não é uma cidade barata pra quem ganha em reais — ainda que não exorbitante — mas a bichinha é generosa.

Teatro Solís de Montevidéu
O Teatro Solís é lindo por dentro e por fora. Não perca a chance de vê-lo em uma visita guiada

E, antes de ir ao que interessa, meu conselho de apaixonada: não vá a Montevidéu esperando encontrar Buenos Aires. As duas cidades compartilham o idioma, o Rio da Prata, o Tango — La Cumparcita, o exemplar mais famoso do gênero, é criação uruguaia — e ecos europeus (na capital uruguaia, os tais ecos são lindamente temperados pela pulsação africana do Candombe).

Mas Montevidéu e Buenos Aires têm ritmos e personalidades muito diferentes. Quem consegue sintonizar a atmosfera da capital uruguaia ganha de presente um amor para o resto da vida. Então, chega de preâmbulos e vamos passear pela deliciosa Montevidéu. 

Veja as dicas:

01 março 2022

O que fazer em Valeta, Malta


Valeta capital de Malta
Valeta capital de Malta
Valeta ganhou meu coração à primeira vista. Essas fotos foram feitas de Sliema, cidade onde me hospedei e que tem uma baita vista para a capital de Malta

Se você for confiar apenas no que os mapas mostram, vai acabar programando pouco tempo para explorar a capital de Malta. Mas não cometa esse erro: ainda que ela seja pequenininha, tem muito o que fazer em Valeta.

Em uma área com menos de 1 km² (menos de um terço do tamanho do Centro Histórico de Salvador) estão concentradas atrações que rendem facinho dois ou três dias de passeios muito lindos.

Típico balcão maltês em Valeta
Valeta capital de Malta

De pertinho e nos detalhes, Valeta roubou meu coração


Sim, Valeta é pequenininha e compacta. Tem cerca de 6 mil habitantes e pode ser atravessada de uma ponta à outra em meia hora — a distância do Forte Saint Elmo, à beira-mar, até a divisa com a cidade de Floriana é de apenas 1,5 km. 

Mas essa é uma caminhada que ninguém em sã consciência vai fazer nessa velocidade, porque tem muuuuuita beleza pelo caminho.

Fonte dos Três Tritões em Valeta, Malta

Na divisa entre Valeta e Floriana, a Fonte dos Tritões virou uma das logomarcas da capital maltesa

Auberge de Castille em Malta
O Auberge de Castille, do Século 18, era o alojamento dos cruzados de língua espanhola. Hoje, abriga os escritórios do primeiro ministro de Malta. Aestátua que contempla o edifício é homenagem ao líder socialista Manwel Dimech
Grand Harbour em Malta
Chegar a Valeta de ferry, atravessando o Grand Harbour, dá direito a essa paisagem

Chamada simplesmente de Il-Belt, ou “A Cidade”, pelos malteses — mesmo apelido que os bizantinos deram a Constantinopla (hē Polis) —, Valeta foi fundada pelos cruzados (os Cavaleiros da Ordem de São João ou Ordem de Malta) em 1566, para ser a capital do país. 

O local escolhido para a nova cidade foi a península imediatamente ao Norte das Três Cidades, em cuja ponta já estava o Forte Saint Elmo, onde hoje funciona o Museu da Guerra/National War Museum.

Co-Catedral de São João em Valeta, Malta

Depois do cerco otomano, os cruzados fundaram Valeta para ser uma praça forte inexpugnável. Mas nem só de muralhas e bastiões se fez a capital maltesa, como prova a Co-Catedral de São João

 
Como já contei aqui na Fragata, a fundação de Valeta foi decidida logo após o Grande Cerco de Malta, quando os cruzados e os locais resistiram ao feroz assédio dos otomanos nas muralhas da então capital, Birgù, e das cidades de Senglea e Cospicua (as Três Cidades de Malta).

Liderados pelo grão-mestre da ordem, Jean Parisot de Vallette (de quem a cidade herdou o nome), os cavaleiros plantaram sua nova capital debruçada sobre os portos de Marsamxett e Grand Harbour e dotada de todas as sofisticações defensivas que se conhecia na época — e de belíssimos palácios, igrejas e jardins.

Parlamento de Malta
Parlamento de Malta
Inaugurada em 2015, a sede do Parlamento de Malta foi projetada pelo arquiteto Renzo Piano, o mesmo do Beaubourg de Paris e de The Shard, em Londres
Valeta em Malta
Os balcões típicos de Malta dão um colorido especial à paisagem urbana de Valeta

O resultado disso é uma cidade deslumbrante, talhada em pedra dourada, linda de se ver de longe e deliciosa para ser explorada de perto, a cada cantinho, ladeira, escadaria ou ruela tortuosa — sim: subir e descer escarpas é parte da aventura.

Além de caminhar à toa por Valeta, reserve tempo para ver com calma atrações imperdíveis, como a Co-Catedral de São João, a Casa Rocca Piccola, os Upper Barrakka Gardens e o Museu Nacional de Arqueologia de Malta.

Bora passear em Valeta?

02 junho 2019

High Line em Nova York: o parque-mirante

Parque suspenso High Line em Nova York

High Line, Nova York: só o espírito da coisa já valeria a visita a esse parque delicioso


Desde que ouvi falar no Parque High Line em Nova York, ele já me ganhou de cara, só pelo espírito da coisa: transformar um equipamento urbano obsoleto e abandonado em espaço público de lazer é uma ótima ideia.

Além disso, esse parque suspenso, inaugurado em 2009, traz desde o bercinho a marca da organização comunitária. Foram os moradores da vizinhança que tiveram a ideia e se mobilizaram para converter a velha linha férrea desativada em um parque.





Parque High Line em Nova York

Os moradores da área impediram a demolição da linha férrea e ganharam um parque lindo


O resultado é muito gostoso. No High Line, Nova York desfila diante de nossos olhos de um jeito muito especial.

Veja todas as dicas para aproveitar os encantos do High Line na sua próxima visita a Nova York:

29 maio 2019

Passeio na Ponte do Brooklyn em Nova York

Ponte do Brooklyn em Nova York

De graça e com uma vista linda para Manhattan: quem resiste a um passeio na Ponte do Brooklyn?


Ela já faz parte da paisagem há 136 anos — uma das imagens mais reconhecíveis da cidade. Nas décadas recentes, porém, atravessar a Ponte do Brooklyn virou um passeio tão desejado quanto subir o Empire State Building ou bater pernas pelo Central Park.

Linda emoldurando a paisagem, a Ponte do Brooklyn é também uma passarela deliciosa. Afinal, quem não gosta de um passeio grátis, ao ar livre e com uma vista privilegiadíssima para um dos horizontes mais famosos do planeta?

Ponte do Brooklyn em Nova York
Ponte do Brooklyn em Nova York

A vista para o famoso horizonte de Manhattan é apenas um dos encantos da Ponte do Brooklyn


Veja as dicas e aproveite essa atração irresistível de Nova York:

25 maio 2019

Nova York do alto: Top of the Rock e outros mirantes


Nova York vista do Top of the Rock, no Rockefeller Center

Vista do Top of the Rock, de cara para outros dois mirantes famosos de Nova York: o Empire State Building (em primeiro plano) e, ao fundo (no centro da foto), o One World Observatory, no novo World Trade Center. De bônus, no cantinho direito, a Estátua da Liberdade, milimétrica na imagem 😁


Nova York vista do alto

Ver Nova York do alto é uma experiência poderosa. Vista de cima, aquela floresta de arranha-céus, que a gente se acostuma a esticar o pescoço para admirar, finalmente parece domada, quando se enrosca aos nossos pés e se oferece à contemplação de um ângulo menos desafiador. 

Um item inegociável nos meus roteiros pela cidade é encontrar um lugarzinho pra ver Nova York do alto.

Nova York vista do Top of the Rock, no Rockefeller Center

A floresta de arranha-céus, de repente, parece mansinha

Nova York vista do Top of the Rock, no Rockefeller Center

O mirante que escolhi pra namorar Nova York nesta visita mais recente (depois de 23 anos sem pisar na Big Apple!) foi o Top of the Rock, no terraço da torre mais alta do Rockefeller Center. 

Eu sou meio ortodoxa (risos) e, portanto, ferrenha partidária do Empire State Building, quando se trata de ver Nova York do alto (ninguém assiste Tarde Demais pra Esquecer impunemente 😊).

Chrisler Building visto do Top of the Rock, Nova York

Meu favorito Chrisler Building fica tentando se esconder atrás da antiga sede da Panam (hoje MetLife Building). Ao fundo, o East River

Rinque de patinação do Rockefeller Center, Nova York
Nos meses de frio, dá pra combinar a subida ao Top of the Rock com uns rodopios no rinque de patinação da Rockefeller Plaza

Só que desta vez eu decidi fazer diferente e adorei a experiência, A vista do 70º andar do Top of the Rock é verdadeiramente um arraso. 

E um dos motivos pra isso é exatamente poder ver o Empire State Building, o segundo prédio mais bonito de Nova York — o primeiro, é claro, é o Chrisler Building, que também aparece, lindão, para meu deleite (ele é meio tímido e fica tentando se esconder).

Neste post eu conto como foi a minha subida ao Top of the Rock e dou as dicas de outros mirantes famosos para você suspirar de paixão vendo Nova York do alto. 

26 janeiro 2019

Salvador: 7 lugares pra ver a Baía de Todos os Santos

Pôr do sol na Ladeira da Barra em Salvador
A curvatura da Baía de todos os Santos deixa Salvador de cara para um pôr do sol sempre deslumbrante. Esta imagem foi clicada na Ladeira da Barra, no terraço da Aliança Francesa

Atualizado em janeiro de 2022

A Baía de Todos os Santos é um esplendor que se esparrama por 1.233 km² de área (três vezes tamanho da Baía de Guanabara). Em torno dela se aninham Salvador e o Recôncavo Baiano — e toda uma cultura solar e generosa, feita de deuses quase humanos, especiarias e um jeito de corpo que só lá mesmo.

Salvador é especialmente afortunada, porque foi construída sobre a maior das escarpas que contemplam a Baía de Todos os Santos.

Muito da beleza da minha cidade se deve à moldura das águas de Kirimurê, o grande mar, como os Tupinambás chamavam a baía.

Marina da Ribeira em Salvador
Ponta do Humaitá em Salvador
A Cidade Baixa se enrosca em torno da Baía de Todos os Santos. Acima, o mar na Ponta do Humaitá. No alto, embarcações na Marina da Ribeira 

É também é a curva da Baía de Todos os Santos que deixa boa parte da cidade de frente para um belíssimo pôr do sol no mar, rara vantagem no nosso Litoral Atlântico.

Salvador deve ainda mais à sua baía — às águas protegidas que permitiram à cidade ser tocada "pela máquina mercante que em sua larga barra tem entrada", como disse Gregório de Matos.

Cidade alguma teria sido o maior porto do Atlântico Sul no navegante Século 17 sem aprender com tantos jeitos de estar no mundo que fundearam em nossas águas. Salvador é curiosa e acolhedora por causa de sua baía.

É verdade, também, que essa "máquina mercante" fez das águas de Kirimurê cúmplices de uma diáspora infame — o tráfico humano que nos trouxe a África, parte essencial da nossa alma.

Elevador Lacerda e Baía de Todos os Santos em Salvador
Vista para a Baía de Todos os Santos da balaustrada da Praça Municipal, com a moldura do Elevador Lacerda (possivelmente, a logomarca mais forte de Salvador)

Desde sempre, a capital baiana encanta viajantes. Este ano, por exemplo, o jornal norte-americano The New York Times listou Salvador como um dos 52 melhores lugares do mundo pra se visitar em 2019 — único destino no Brasil, diga-se.

Já que Salvador está bombando, a Fragata se reúne a mais três blogueiros baianos pra falar da nossa cidade. Salvador, meu cantinho favorito é o tema da nossa blogagem coletiva. 

Ponta do Humaitá em Salvador
Ponta do Humaitá em Salvador
A Ponta do Humaitá é um grande mirante para se contemplar Salvador e a Baía. No alto, o Humaitá visto do Forte do Mont Serrat

Vocês já notaram, desde o título, que meu tema é a Baía de Todos os Santos. Escolhi sete lugares da cidade onde gosto de admirar o mar e os recortes caprichosos da baía.

Veja as dicas:

02 janeiro 2019

O que fazer em Nashville, EUA

Nashville vista da Ponte de Pedestres John Seigenthaler
Nashville vista da ponte de pedestres John Seigenthaler. No cantinho esquerdo, o começo da Broadway. Ao centro, o finzinho do Riverfront Park

A capital da Country Music foi minha segunda etapa no roteiro musical pelos Estados Unidos. E que surpresa boa! Cheguei sem grandes expectativas para descobrir que tem muito o que fazer em Nashville — e que não é preciso gostar de botas de cowboy e de gente cantando pelo nariz pra curtir muito a cidade.

Alegre, movimentada e respirando música 24 horas por dia, Nashville me ganhou desde a chegada.

Ponte de pedestres John Seigenthaler em Nashville
A Ponte John Seigenthaler é a imagem mais reconhecível de Nashville e funciona quase como um parque suspenso

Mal deixei a bagagem no hostel e já estava pulando de bar em bar na Lower Broadway, me encharcando de Rock’n’Roll, Rockabilly, Southern Rock e, claro, música Country — que que pode não ser minha praia, mas, apreciada no contexto adequado, pode ser bem legal.

Veja onde fiquei: Hospedagem em Nashville - hostel muito confortável e com localização imbatível

Country Music Hall of Fame em Nashville
No Museu do Country Music Hall of Fame você vai ver muitas recordações de estrelas desse gênero musical

Pra começo de conversa, Nashville é bonita e muito bem cuidada. A orla do Rio Cumberland é pontilhada por parques agradáveis e emoldurada por paisagens bem fotogênicas.

Nashville também tem bons museus e gastronomia interessante.

Mas a alma dessa viagem estava muito mais pra Spotify do que pra Instagram. Meu barato era mesmo ouvir música. E isso Nashville tem de sobra.

 Experimente entrar em qualquer botequinho, daqueles que mal tem letreiro na porta, e você está seriamente arriscada a assistir a um show de primeira.

Broadway em Nashville nos EUA
A Broadway fervilha de honky-tonks e lojas de botas de cowboy 

É que Nashville é mesmo uma espécie de “Hollywood da Country Music”, lotada de artistas de todos os cantos dos Estados Unidos — e de além fronteiras — buscando seu lugar ao sol.

Aquela pessoa dedilhando a guitarra em um palquinho mambembe pode ser o próximo Willie Nelson ou a próxima Patsy Cline.

A onipresença da música ao vivo contribui muito para criar uma atmosfera de festa permanente nas áreas turísticas de Nashville. É quase uma micareta, mas no bom sentido 😀.

Show em um honky-tonk de Nashville
Um ótimo show que assisti em um honky-tonk da Broadway. O nome da cantora é Shayna Gee e ela arrebenta

Nashville entrou no meu roteiro meio por inércia – já que ia a Nova Orleans e a Memphis, resolvi incluí-la. Tinha bastante desconfiança de sua fama de conservadora, religiosa e provinciana. 

O conservadorismo, realmente, está lá. Nashville se apresenta orgulhosamente como “a fivela do Cinturão Bíblico (Bible Belt)”, região que compreende os estados do Sudeste até o Meio Oeste dos EUA.

Nada disso, porém, interferiu na minha experiência como turista — muito prazerosa, diga-se.

Honky-tonk em Nashville nos EUA
Nos honky-tonks, é só chegar e se espalhar

Mesmo para quem não é tão ligada em música, Nashville pode ser uma excelente escala em um roteiro pelo Sul dos Estados Unidos.

Veja o que fazer em Nashville e aproveite a capital da Country Music (tem mapa no final do post).

Pra entrar no clima: liga o post e aumenta o som: Trilha sonora para Nashville - playlist pra embalar seus passeios na capital do Country