09 novembro 2013

Feriadão no Rio de Janeiro

Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro
Sábado na Lagoa, a fórmula da felicidade

O Rio de Janeiro é um perigo. Tão bonito e tão alto astral que a gente mal pisa na cidade e já quer pelo menos umas seis encarnações para ver tudo o que ela oferece.

Mas não é por isso que eu vou esnobar a possibilidade de passar uma temporada curtinha por lá, né? Gosto de aproveitar feriadões e folgas curtas para matar a saudade do Rio.

Com um pouquinho de planejamento, essas temporadas mais curtas no Rio de Janeiro rendem passeios deliciosos e bem relaxados.

Veja as minhas dicas para aproveitar um fim de semana ou um feriadão no Rio:

Feriadão no Rio de Janeiro - modo de usar


1 Faça como os cariocas: vá devagar 

Cariocas não têm a menor pressa ao mergulhar nas delícias do Rio de Janeiro. OK, eles levam a enorme vantagem de morar lá, mas aquelas seis encarnações que são o período mínimo para esgotar os encantos do  Rio são tão improváveis para eles quanto para o resto dos mortais.

➡️ Numa temporada curta no Rio de janeiro (ainda mais num feriadão) é muito melhor escolher programinhas relaxados do que encarar a gincana dos pontos turísticos.

Experimente meu roteiro preferido no Rio de Janeiro: garimpagem no Shopping dos Antiquários, almoço na Adega Pérola e um entardecer de rasgar a roupa, na Colombo do Forte de Copacabana.

Rio de Janeiro, Praia Vermelha
No Rio, os cartões postais estão por toda parte.
Não precisa de pressa nem de fila para admirá-los 
(Praia Vermelha, aos pés do Pão de Açúcar)

2 - Continue fazendo como os cariocas: caminhe


Aquele jeitão desencanado do Rio de janeiro faz a gente esquecer é que a cidade é enorme (mais de seis milhões de habitantes) e tem um trânsito bem complicado.

Nada mais carioca do que resolver a vida a pé: fazer supermercado (quase todos têm esquemas de entrega, geralmente movidos a bicicletas), ir à praia, ao bar e às compras... Aprenda com os locais e adote o truque.

3- Não se intimide com o noticiário sobre o Rio


Em geral, andar pela Zona Sul é muito seguro, exatamente porque os moradores desses bairros não desertaram das ruas e não se refugiaram nos condomínios e nas carapaças dos automóveis — e não são vistos como "suspeitos" pela polícia.

O Rio é uma das pouquíssimas cidades grandes do Brasil onde, mesmo à noite, eu saio a pé sem um pingo de medo, protegida pela enorme quantidade de pessoas nas ruas. Vá sem susto.

Rio de Janeiro, Lagoa Rodrigo de Freitas
Quem resiste à Lagoa em um dia de sol?

4- A praia lotou? Corra para a Lagoa


Sim, a praia é a mais carioca das instituições, mas acho que não tem nada mais "local" do que escapar da muvuca de Copacabana e Ipanema nos feriados fugindo para a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das áreas de lazer mais gostosas e completas do Rio de Janeiro.

Na lago, dá para passear de bicicleta, de patins, skate, caiaque, veleiro, pedalinho... Se a ideia for mais contemplativa, lá estão os quiosques, oferecendo sombra, água fresca, cerveja gelada e comidinhas várias.

O meu preferido na Lagoa é o Quiosque de Keka, uma baiana que faz ótimas moquecas e excelente acarajé.

Se quiser uma experiência ainda mais sossegada em um feriadão no Rio, vá ao Jardim Botânico.  

Rio de Janeiro, Lagoa Rodrigo de Freitas
Pra quem gosta de se mexer, a Lagoa é ótima. Pra quem gosta de sombra e água fresca, também

5 - Concentre os passeios no Rio em uma vizinhança


Com apenas três dias para curtir o Rio de Janeiro, não perca tempo em grandes deslocamentos.

Procure se hospedar perto das atrações que mais lhe interessam e aproveite para desvendar a "vida normal" que rola nas imediações do seu hotel ou apartamento.

Descubra o botequim da quadra, a banca de revistas que vende de tudo, a padaria que serve café de coador no copo americano (todo mundo precisa provar isso antes de morrer), a casa de sucos onde polpa congelada não entra e tem sempre dezenas de opções de sabores.

Tudo isso é profundamente carioca e vale mais do que qualquer cartão postal. No fim de semana passado, por exemplo, eu adorei brincar de ser uma local em Copacabana. Se quiser experimentar as dicas, siga o link.  

Rio de Janeiro, Praia de Copacabana
Posto 6: a praia dos locais de Copa

Dicas práticas de feriadão no Rio de Janeiro


Como ir do aeroporto a Copacabana

A ida e a volta ao Aeroporto Santos Dumont foram os únicos trajetos que fiz sobre quatro rodas, nesse último fim de semana no Rio de janeiro.

Na chegada, aproveitei para testar o ônibus que faz a linha Aeroportos-Barra, via Zona Sul. A tarifa é de R$ 13.

Para quem desembarca no Aeroporto do Galeão e está sozinho, o ônibus vale a pena.

Para quem pousa no Santos Dumont, só vai compensar pegar o ônibus se o ponto de descida for a partir de Copacabana. Mais perto que isso (Flamengo, Glória, etc), a tarifa do ônibus vai empatar com a do táxi.

A frequência de partida do ônibus especial do aeroporto para a Zona Sul do Rio é a cada 20 minutos, do lado de fora do Desembarque (ala antiga do Aeroporto santos Dumont).

Confira o itinerário do ônibus clicando aqui. Na volta para o Aeroporto Santos Dumont, o táxi custou R$ 30, na bandeira 2.

Copacabana, Rio - vista do terraço do Hotel Regente
Vista do terraço do Hotel Regente, na Avenida Atlântica

Hospedagem no Rio de Janeiro

Hospedagem em Copacabana perto do metrô - Hotel Atlântico Rio, em frente à Estação Cantagalo
Como é a hospedagem em Copacabana 
Hospedagem no Rio de Janeiro - Ipanema - a dois passos do mar
Hospedagem no Aeroporto Santos Dumont - de cara para a beleza da Baía de Guanabara
Hospedagem em Botafogo - para acordar em frente ao Pão de Açúcar

Onde comer no Rio de Janeiro

Nesse feriado, aproveitei o passeio na lagoa pra matar a saudade do Quiosque de Keka

⭐ Oke Ka Baiana Tem (Quiosque de Keka)
Avenida Epitácio Pessoa, quiosque 14 - Parque do Cantagalo, Lagoa

Quiosque da Keka, Lagoa, Rio de Janeiro
Decoração bem baiana no Quiosque de Keka
Keka é de Salvador, onde construiu uma merecida reputação de grande cozinheira. No Rio, começou com um tabuleiro de acarajé que passou pela feirinha da General Osório e pela Cobal do Humaitá.

O Quisque da Keka, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é ponto de encontro de baianos expatriados, mas também reúne muitos cariocas, atraídos pelo acarajé e as moquecas no ponto. 

Quiosque da Keka, Lagoa, Rio de Janeiro
Yemanjá no quiosque e as redes pra quem quer esquecer da vida

O lugar é muito agradável, diante da lagoa e com mesinhas à sombra — e redes, pra quem quer mergulhar de vez no relax. A decoração rústica do quiosque tem um astral bem baiano.

Experimente a casquinha de siri, acompanhada de caipivodka de tangerina. E não perca o bolinho de estudante, feito de tapioca e passado no açúcar e na canela. É a sobremesa mais maravilhosa da culinária baiana.



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