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O Forte de São Marcelo visto da varanda do Palácio Rio
Branco, na Praça Municipal |
Quando a gente fala em Centro Histórico de Salvador, a primeira coisa que vem à cabeça é o Pelourinho, a referência mais marcante no imenso conjunto arquitetônico colonial que nós herdamos dos portugueses.
Mas o velho coração da Cidade da Baía tem muito mais a oferecer ao visitante, como mostram esses dois passeios no Centro Histórico de Salvador.
O Pelô, com certeza, merece a fama e a preferência. Mas acaba ofuscando outras atrações de Salvador que também merecem uma visita, como o bairro do Santo Antônio Além do Carmo, os palácios da Praça Municipal e ao Convento de Santa Teresa, no Sodré, menos famosos, mas igualmente interessantes.´
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Como você já tinha percebido na primeira foto (😁), o Palácio Rio Branco tem uma vista apaixonante para a Baía de Todos os Santos |
O Palácio Rio Branco, com suas inacreditáveis varandas debruçadas sobre a Baía de Todos os Santos, continua lindo.
O Convento de Santa Teresa, onde está instalado o espetacular Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, também tem uma vista para o mar de deixar a gente babando.
Veja as dicas dessas duas atrações pra quando você for a Salvador:
Atrações no Centro Histórico de Salvador - além do Pelourinho
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Praça Municipal: adoro o contraste das linhas sóbrias da Câmara Municipal (à esquerda) com o estilo "bolo de noiva" do Palácio Rio Branco |
Palácio Rio Branco
Onde fica: Praça Tomé de Souza s/n.
Horários: Para ver só o térreo, o edifício está aberto em horário administrativo.
Para ver o andar superior, onde fica a Sala Pompeiana e o Salão dos Espelhos, é preciso se engajar nas visitas guiadas (agende pelo telefone 71-3117-6491), realizadas de de terça à quinta, das 10h às 15 horas, ou aos sábados das 13:30h às 17h.
Quanto custa: A visita é gratuita.
A Praça Municipal — ou Praça Tomé de Sousa, pois em Salvador a maioria dos logradouros têm um nome “formal” e um nome popular — é uma velha conhecida dos turistas que vistam o Centro Histórico de Salvador, graças ao Elevador Lacerda, seu ponto turístico mais famoso.
Foi na Praça Municipal que Salvador nasceu oficialmente como cidade colonial portuguesa. Foi lá, em 29 de março de 1549, que o primeiro governador-geral Tomé de Sousa fundou a primeira capital do Brasil.
(Claro que antes dessa fundação, Salvador já existia nas povoações tupinambás às margens da Baía de Todos os Santos. Houve também a Vila do Pereira, fundada pelo náufrago Caramuru, na altura do Porto da Barra).
Depois de prestar meus respeitos ao bolinho e ao milk shake da Sorveteria Cubana, na entrada do Elevador Lacerda, fui visitar o Palácio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia.
Hoje o Palácio Rio Branco tem uma fachada meio espetaculosa de cúpulas confeitadas e águias esvoaçantes. Essas características do estilo eclético são resultado de uma reconstrução feita no início do Século 20. O palácio original, porém, foi construído há mais de 300 anos.
Ele foi posto abaixo no bombardeio de Salvador em 1912, quando duas facções das oligarquias locais foram às vias de fato após a eleição presidencial que contrapôs o baiano Ruy Barbosa ao Marechal Hermes da Fonseca, vencedor do pleito.
O interior do Palácio Rio Branco tem um quê de Belle Époque tardia (a reconstrução foi em 1920). Tem tetos ricamente decorados em estuque e uma escadaria de ferro, trazida da França, de cair o queixo, no saguão principal.
A galeria lateral do palácio tem um teto de jacarandá que é de dar aperto no coração, de tão bonito.
Mas nada no Palácio Rio Branco ganha das varandas que se derramam sobre as águas da Baía e os telhados do bairro da Conceição, 70 metros abaixo.
Uma sucessão de escadarias e terraços que desce a escarpa, rumo à Cidade Baixa, está atualmente interditada ao público, mas faz parte do encanto.
Onde fica: Rua do Sodré s/n, Dois de Julho
Horários: De segunda a sexta, das 11 às 17 horas.
Quanto custa: R$ 10
Da Praça Municipal, uma caminhada de 700 metros leva o visitante à segunda parada desse passeio pelo Centro Histórico de Salvador.
Basta descer a Rua Chile, subir a Rua Carlos Gomes e virar na primeira à direita, numa ladeirinha de 50 metros que desemboca na portaria do Museu de Arte Sacra, um encanto de Salvador que poucos turistas colocam em seu roteiro.
Se você estiver carregada de câmeras fotográficas, com aquela bandeirosa cara de turista, talvez seja melhor ir de táxi da Praça Municipal até lá. Eu preferi essa alternativa e paguei R$ 8.
Horários: Para ver só o térreo, o edifício está aberto em horário administrativo.
Para ver o andar superior, onde fica a Sala Pompeiana e o Salão dos Espelhos, é preciso se engajar nas visitas guiadas (agende pelo telefone 71-3117-6491), realizadas de de terça à quinta, das 10h às 15 horas, ou aos sábados das 13:30h às 17h.
Quanto custa: A visita é gratuita.
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Escadaria principal do Palácio Rio Branco |
A Praça Municipal — ou Praça Tomé de Sousa, pois em Salvador a maioria dos logradouros têm um nome “formal” e um nome popular — é uma velha conhecida dos turistas que vistam o Centro Histórico de Salvador, graças ao Elevador Lacerda, seu ponto turístico mais famoso.
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O teto da galeria que acompanha a varanda do Palácio Rio Branco tem este forro em jacarandá que é um escândalo |
(Claro que antes dessa fundação, Salvador já existia nas povoações tupinambás às margens da Baía de Todos os Santos. Houve também a Vila do Pereira, fundada pelo náufrago Caramuru, na altura do Porto da Barra).
Depois de prestar meus respeitos ao bolinho e ao milk shake da Sorveteria Cubana, na entrada do Elevador Lacerda, fui visitar o Palácio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia.
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O saguão de entrada do Palácio Rio Branco não economiza em rebuscamento |
Hoje o Palácio Rio Branco tem uma fachada meio espetaculosa de cúpulas confeitadas e águias esvoaçantes. Essas características do estilo eclético são resultado de uma reconstrução feita no início do Século 20. O palácio original, porém, foi construído há mais de 300 anos.
Ele foi posto abaixo no bombardeio de Salvador em 1912, quando duas facções das oligarquias locais foram às vias de fato após a eleição presidencial que contrapôs o baiano Ruy Barbosa ao Marechal Hermes da Fonseca, vencedor do pleito.
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Para ver o 1º andar do palácio, só em visita guiada. Mas os salões do térreo já valem o passeio |
A galeria lateral do palácio tem um teto de jacarandá que é de dar aperto no coração, de tão bonito.
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Forro decorado em estuque em um salão do Palácio Rio Branco. Abaixo, mais um clique da varanda |
Mas nada no Palácio Rio Branco ganha das varandas que se derramam sobre as águas da Baía e os telhados do bairro da Conceição, 70 metros abaixo.
Uma sucessão de escadarias e terraços que desce a escarpa, rumo à Cidade Baixa, está atualmente interditada ao público, mas faz parte do encanto.
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O Convento de Santa Teresa foi fundado pelas Carmelitas Descalças no Século 17 |
Convento de Santa Teresa/ Museu de Arte Sacra
Onde fica: Rua do Sodré s/n, Dois de Julho
Horários: De segunda a sexta, das 11 às 17 horas.
Quanto custa: R$ 10
Da Praça Municipal, uma caminhada de 700 metros leva o visitante à segunda parada desse passeio pelo Centro Histórico de Salvador.
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Fachada da Igreja do Convento de Santa Teresa |
Basta descer a Rua Chile, subir a Rua Carlos Gomes e virar na primeira à direita, numa ladeirinha de 50 metros que desemboca na portaria do Museu de Arte Sacra, um encanto de Salvador que poucos turistas colocam em seu roteiro.
O Convento de Santa Teresa Essa é muito pouco visitado, talvez por ficar escondidinho na Rua do Sodré, uma área tradicional, mas bastante maltratada pelo tempo.
Outro motivo deve ser o horário muito restritivo de visitas. Mas não deixe que isso a desanime, pois você vai ver um dos grandes tesouros de Salvador.
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Vista da porta principal, a igreja parece uma simples moldura para o precioso altar de prata |
Em uma cidade tão debruçada sobre o mar, poucas construções podem se gabar de uma localização tão espetacular quanto o velho Convento de Santa Teresa.
Fundado no Século, 17 em um “dente” da escarpa da Cidade Alta e sobre o que hoje é a Avenida do Contorno, o Convento de Santa Teresa é um dos mirantes mais privilegiados de Salvador (e de um sossego raro no Centro Histórico).
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Casinhas da Rua do Sodré vistas do pátio do convento, que ainda preserva muitos elementos da decoração original, como esta fonte |
Só seu pátio externo já valeria a visita, com aquela vista escandalosa para a Baía de Todos os Santos.
O Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, aberto em 1959, abriga o que talvez seja o mais importante acervo de peças sacras do País.
A coleção do museu reúne altares inteiros retirados da antiga Sé de Salvador (demolida para dar lugar a um terminal de ônibus, tsc, tsc, tsc...), da Igreja da Trindade e outros templos do tempo da colônia.
Guarda também imagens valiosíssimas, datadas dos séculos 16 ao 19, e ricos objetos litúrgicos como custódias, castiçais e relicários em prata e ouro e cravejados de pedras preciosas.
O prédio principal do Convento de Santa teresa é de uma inteligência arquitetônica que deveria torná-lo visita obrigatória a todos os candidatos a construtor.
A circulação do vento que vem do mar refresca o edifício de maneira deliciosa, mesmo nas horas mais quentes do dia (quando fiz a visita, o sol estava a pino e a temperatura era de 28 graus, do lado de fora, mas o interior estava agradabilíssimo, com a circulação da brisa por todos os ambientes).
A coleção do museu reúne altares inteiros retirados da antiga Sé de Salvador (demolida para dar lugar a um terminal de ônibus, tsc, tsc, tsc...), da Igreja da Trindade e outros templos do tempo da colônia.
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Azulejos do Século 17 |
Guarda também imagens valiosíssimas, datadas dos séculos 16 ao 19, e ricos objetos litúrgicos como custódias, castiçais e relicários em prata e ouro e cravejados de pedras preciosas.
O prédio principal do Convento de Santa teresa é de uma inteligência arquitetônica que deveria torná-lo visita obrigatória a todos os candidatos a construtor.
A circulação do vento que vem do mar refresca o edifício de maneira deliciosa, mesmo nas horas mais quentes do dia (quando fiz a visita, o sol estava a pino e a temperatura era de 28 graus, do lado de fora, mas o interior estava agradabilíssimo, com a circulação da brisa por todos os ambientes).
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A entrada do Museu: a partir deste ponto, nada de fotos |
Além de inteligente, o edifício do Convento de Santa Teresa é lindo, com suas traves de madeira aparentes nos tetos, assoalhos impecáveis e as preciosas arcadas em cantaria que se multiplicam pelos ambientes.
A Igreja do Convento de Santa Teresa, vista da porta de entrada, parece simples, com arcos de pedra de cantaria e painéis de azulejos, como uma moldura discreta para o precioso altar de prata que se destaca ao fundo.
É que dá porta a gente não consegue ver o espetáculo dos altares laterais barrocos herdados da velha Sé da Cidade de Bahia, uma sucessão de deslumbres de entalhes e douramentos.
É pena que não seja permitido fotografar o acervo do Museu de arte Sacra, mas acredite em mim: você precisa ir lá.
Aproveite que os funcionários são extremamente solícitos (viva a UFBa!) e demonstram um apego comovente às peças em exposição — "Já viu a imagem de Sant'Ana Mestra?", "Preste atenção na Santíssima Trindade", recomendam aos visitantes, destacando algumas das peças mais impressionantes do acervo.
Todas as dicas de Salvador - post índice
A Igreja do Convento de Santa Teresa, vista da porta de entrada, parece simples, com arcos de pedra de cantaria e painéis de azulejos, como uma moldura discreta para o precioso altar de prata que se destaca ao fundo.
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A vista do pátio do Museu de Arte Sacra |
Aproveite que os funcionários são extremamente solícitos (viva a UFBa!) e demonstram um apego comovente às peças em exposição — "Já viu a imagem de Sant'Ana Mestra?", "Preste atenção na Santíssima Trindade", recomendam aos visitantes, destacando algumas das peças mais impressionantes do acervo.
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