Ilhas gregas: Sými

Sými é um mosaico de casinhas coloridas, com uma praia deliciosa e bons restaurantes de frutos do mar

Uma das grandes vantagens de estar em Rodes (além da beleza, das praias espetaculares e do patrimônio histórico de rasgar a roupa) é que a maior ilha do Dodecaneso oferece uma infinidade de conexões para outros pontos do arquipélago.

Lanchas rápidas, ferry boats, veleiros... Você escolhe: basta um passeio pelo lindo porto de Mandráki para a gente ficar tonta de tantas opções de passeios a ilhas maravilhosas, como Chálki e Kastelorizo, ou a cidades da costa turca, como Marmaris e Datça.

Sem querer maltratar corações, é preciso que eu lhe diga, caros leitores, que passei um bom tempo mergulhada nessas águas... 😉

Enfim, Rodes não se contenta em ser uma baita ilha grega: ela também é um ótimo ponto de partida para explorar outras ilhas gregas 😉. Melhor impossível.

Na minha temporada em Rodes, escolhi dar um pulo na Ilha de Sými, uma das mais próximas, pela facilidade de chegar lá e pelas referências que encontrei nas infinitas pesquisas sobre o Arquipélago do Dodecaneso.

Quer saber? Nem toda a tonelada de leituras que fiz antes da viagem conseguiram me preparar para a beleza dessa perolazinha do Egeu. Veja como foi meu passeio à Ilha de Sými:

O encanto desse passeio começa com Rodes vista do mar

Bate e volta à Ilha de Sými

O encantamento de um passeio de barco saindo de Rodes começou muito antes da minha chegada à Ilha de Sými.

Se a Cidade de Rodes é linda vista de pertinho, fica ainda mais espetacular vista do mar. Enquanto o ferry boat vai se afastando do cais, o olhar começa a enquadrar, juntas, as muralhas dos cruzados, as cúpulas otomanas, as linhas "venezianas" da Cidade Nova e as colunas do Templo de Apolo.

As muralhas dos Cruzados de Rodes vistas do mar

Depois, a brincadeira é contar os milhares de tons de azul do Mar Egeu — e perder a conta, e começar de novo, cada vez mais extasiada com tamanha beleza.

➡️O ferry que faz a rota para a Ilha de Sými é o Panagia Skiadeni, da Dodekanisos Seaways. A embarcação é novinha em folha e muito confortável.

Mas poucos passageiros aproveitam o salão com sofás e poltronas fofinhos, ar condicionado tinindo, mesinhas para carteado e lanchonete sortida. 

Fica todo mundo apinhado do lado de fora, na balaustrada, namorando as rochas escarpadas e áridas que brotam das águas do Mar Egeu sem aviso prévio — nem uma prainha como mediação — num contraste desconcertante com aquelas águas hipnóticas.

A embarcação tem salão com ar condicionado, mesinhas à sombra do lado de fora...

... mas os passageiros querem mesmo é ver a paisagem do Mar Egeu, no convés superior

Após 1h30 de navegação, a primeira escala do Panagia Skyadeni é no Mosteiro do Arcanjo Miguel, em Panormiti (clique no link pra ler o post), no sul da Ilha de Sými. É uma paradinha de uma hora, antes antes do ferry seguir para o melhor da festa.

A Ilha de Sými é tudo que a gente imagina de uma vila pesqueira grega, com casinhas coloridas salpicadas à beira d'água e serpenteando pela montanha e barquinhos multicores que parecem suspensos no ar, de tão límpido que é o mar.

Gialós, "a cidade baixa" de Sými, onde fica o porto...

... e Chorios, a "cidade alta"

➡️A "vila de Sými", na verdade, são duas: Gialós, na área do porto, e Chorios, no alto da montanha. 

(Na verdade, você vai encontrar uma Gialós e uma Chorios na maioria das povoações da Grécia, porque essas palavras significam exatamente "cidade baixa" e "cidade alta". A Grécia é muito prima da Bahia).

Entre a Gialós e a Chorios de Sými tem uma escadaria que parece pirraça, debaixo do sol de 35 graus. Para compensar, a praia é de matar de deliciosa.

Simpatia à moda de Sými

Sými é uma ilha de marinheiros, com devoções de marinheiros por toda a parte, como atestam o mastro de barco e as bandeirinhas de sinalização no adro da igrejinha de Chorios.

Eu mesma, só de olhar para aquele mar, descobri uma fé novinha e até inventei uma oração: a cada cinco minutos, eu repetia: "Poseidon, você é o cara!".

 Uma ilha de marinheiros, com devoções de marinheiros. A igrejinha de Chorios tem um mastro de barco e bandeirinhas de sinalização naval como adornos

Como chegar à Ilha de Sými
Como eu disse lá no começo, são muitas as opções para chegar à Ilha de Sými. Pela Dodekanisos Seaways,  há embarcações  partindo de Rodes diariamente, exceto às quartas-feiras.

A melhor opção é com o Panagia Skiadeni: o passeio de um dia, com parada em Panormiti e retorno a Rodes no final da tarde.

O bate e volta à Ilha de Sými custa €15, se a passagem for comprada no quiosquinho do Porto de Mandráki (as agências oferecem o mesmo passeio por €22).

A paisagem durante a navegação entre Rodes e Sými: as águas do Dodecaneso são muito bonitas

O que fazer na Ilha de Sými

Comece com um passeio por Gialós, a cidade baixa, para admirar as belas fachadas neoclássicas, de colorido exuberante, fuçar as lojinhas de artesanato e os tabuleiros das peixarias, cheios de tentações recém saídas do mar.

Um passeio por Gialós

Uma curta caminhada liga o Porto de Gialós, onde atraca o barco, à Praia de Nos, de solo pedregoso (santas sapatilhas de praia, que comprei em Rodes...) e águas inacreditáveis de tão azuis e transparentes.

Na Praia de Nos funcionam pequenos restaurantes que ficam lotados durante as escalas dos barcos de turistas.

A Praia de Nos — sério, gente, isso existe...

Se decidir subir até Chorios, prepare-se para encarar 375 degraus. A vista vale a pena.

As as fotos, nem tanto, porque no período em que o Panagiá Skiadeni permanece atracado em Sými, as imagens da praia e da ilha feitas lá do alto ficam na contraluz.

Essas sapatilhas, compradas em um mercadinho de Rodes,
foram providenciais no piso pedregoso das praias gregas —
só não perguntem por que eu ainda estava tão branquela, depois de quase duas semanas de Grécia 😊

Hospedagem na Ilha de Sými

Há muitas opções em Gialós e Chorios. Consulte o site oficial de turismo da Ilha de Sými

O Porto de Gialós tem muitas ofertas de pequenos restaurantes que servem frutos do mar fresquinhos

A vista da minha mesa no Restaurante La Vaporetta

Onde comer na Ilha de Sými

Para fugir da lotação esgotada dos restaurantes da Praia de Nos, preferi escolher uma mesinha à beira d'água, no cais de Gialós.

O Restaurante La Vaporetta, como quase todos da área, tem uma escadinha direto para o mar transparente e cadeiras com almofadas impermeáveis para clientes que intercalam garfadas e mergulhos.

Até hoje eu sonho com essas lulas...

Meu prato de lulas estava de gritar, de tão bom. Com tacinha de vinho e créme brulée de sobremesa, paguei  €22, com direito a essa vista aí da foto acima...

A Grécia na Fragata Surprise

A Europa na Fragata Surprise

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