Ilha de Ítaca, Grécia, a terra de Odisseu

A vila de Kioni é um dos pontos de parada do passeio de barco à Ilha de Ítaca

Música deste post: O bem do mar, Dorival Caymmi

Meu roteiro pela Espanha, Portugal e Grécia deste ano me deu um presente inesquecível: sem planejar, num lance totalmente inesperado, coloquei meus pesinhos na Ilha de Ítaca.

Se você já navega aqui na Fragata há mais tempo, sabe que sou fã de Ulisses/Odisseu, herói da Guerra de Troia que passou 10 anos na jornada de retorno a sua Ítaca.

Vathi é a capital da Ilha de Ítaca. Tem 1.700 habitantes

 
Aproveitei minha estadia em Cefalônia pra fazer um passeio de barco à ilha de Ulisses, que fica do ladinho. Foi bem emocionante: Ítaca é muito bonita, com suas encostas em rocha muito branca despencando naquele verde/azul do Mar Jônico.

Anote as dicas e, quem sabe, você também não se anima a conhecer a ilha do pop star dos relatos de Homero:

Minha primeira visão da Ítaca concreta, a Praia de Gidaki

Dicas de Cefalônia, onde a Grécia é mais azul

Cefalônia, cercada pelo azul mais bonito que vi na Grécia

Faz um tempão que estou procurando um jeito organizar neste post as dicas de Cefalônia, na Grécia, driblando os clichês. Começo dizendo que Cefalônia tem tudo que a gente quer quando pensa em uma viagem ao país: paisagens, história e praias.

Objetivamente, Cefalônia (Κεφαλονιά, em grego) é a maior das ilhas jônicas e a 6ª maior ilha grega. Uma porção de rocha e vegetação cercada pelo azul mais profundo e apaixonante que eu já vi na minha vida. O primeiro requisito de uma viagem à Grécia, que são as paisagens, ela cumpre com louvor.

Cefalônia também pode ser, acreditam os arqueólogos, a verdadeira Ítaca cantada por Homero na Odisseia — Ulisses/Odisseu é apontado em relatos mitológicos como “rei dos cefalônios”. Basta dizer isso pra você saber que a segunda premissa também se cumpre: Cefalônia tem muita história.

As águas de Cefalônia são perfeitas. Até a temperatura friazinha a gente aprende a achar uma delícia

 
Bom, e quanto às praias... Cefalônia é um pedaço de terra onde tudo nos chama para o azul hipnótico do Mar Jônico. Um lugar onde a gente dorme, acorda, almoça e janta com vista pra o mar — é dele que certamente virão essas refeições — e passa boa parte do tempo mergulhada naquelas águas. 

Se é praia que você busca na Grécia, encontrou seu lugar: estar em Cefalônia é entregar os cinco sentidos ao mar. 

Em Cefalônia, a gente dorme, acorda, almoça e janta com vista pra o mar. No alto, a cidade de Argostoli, capital da ilha, vista da pousada onde me hospedei. Acima, a orla da cidade, diante da Baía de Argostoli

O olhar se derrama na paisagem, o paladar flutua com os frutos do mar, os ouvidos ficam mal acostumados de serem ninados pelo ronronar das ondas, a pele começa a gostar de banho de mar friozinho e o nariz se lembra que os melhores lugares do mundo cheiram a maresia. Tá bom de praia pra você? 😊

Veja como aproveitar uma temporada em Cefalônia:

Onde comer em Cefalônia, na Grécia

O melhor polvo em 40 dias de viagem foi devidamente saboreado em Cefalônia

Nossa estadia em na Ilha de Cefalônia teve uma baita cara de veraneio, feito de praia e preguiça. O resultado é que minhas dicas sobre o que comer e onde comer em Cefalônia tratam de refeições ao ar livre, chegando diretamente do mar.

E tem coisa melhor do que isso?

Rodando de carro por Cefalônia, fiquei impressionada com a facilidade de encontrar cafés simpáticos à beira da estrada

Nos quatro dias que passei na ilha, eu só pensava em polvo (a excelsa iguaria grega) e outros frutos do mar. O gênio da lâmpada das viagens atendeu todos os meus pedidos.

Entre beliscos rápidos, pra não atrapalhar o banho de mar, e farrinhas despretensiosas na pousada (que tinha cozinha no quarto e uma vista absolutamente deslumbrante para Argostoli e as montanhas), descobri dois restaurantes memoráveis, um bar muito gostoso (e com vista de tirar o fôlego) e uma confeitaria de tirar o chapéu.

O cardápio em Cefalônia é sempre muito grego, mas tem uma concessão ao paladar estrangeiro que eu aprovo: tem panquecas no café da manhã em tudo quanto é canto

 
Veja onde comer e o que comer em Cefalônia e seja tão feliz quanto eu fui naquela ilha deslumbrante:

Hospedagem em Cefalônia: pousada boa, bonita e barata

Fiquei muito bem hospedada em Cefalônia, pagando pouco e com esta vista 

A boa escolha do lugar onde vamos nos alojar tem impactos decisivos em qualquer viagem, né? Pois a minha hospedagem em Cefalônia foi um acerto do começo ao fim.

Ficamos hospedadas em Drapano, um distrito a 5 km do centro de Argostoli, no alto de um morro, com uma vista extasiante e saída fácil para as estradas que levam às praias da ilha.

No alto, Argostoli by night. Acima, a parte baixa do distrito de Drapano vista da pousada

 

Nossa escolha de hospedagem em Cefalônia foi a pousada NorthWest Studios, que gabarita todos os quesitos do bom, bonito, barato e bem localizado que a gente busca em uma hospedagem.

Pagamos € 40 por noite no apartamento para duas pessoas e adoramos nossa hospedagem em Cefalônia.

Veja as dicas:

Da pousada, tínhamos acesso fácil às estradas que levam às excelentes praias de Cefalônia. Esta é a Praia de Emplisi, no extremo Norte da Ilha

Ilhas gregas: como chegar a Cefalônia

O melhor jeito de chegar a Cefalônia é pegar um ferry em Killini (na imagem), com um carro alugado, e já desembarcar na ilha motorizada

Meu roteiro na Grécia agora em 2024 foi uma sucessão de maravilhas. Uma etapa que eu amei especialmente foram os quatro dias que passei na deliciosa Cefalônia. E agora vou começar a contar a vocês que destino paradisíaco é essa ilha no Mar Jônico.

Vamos começar com as dicas de como chegar a Cefalônia. Eu fui até lá de carro, saindo de Olímpia para o Porto de Killini e atravessando de ferry boat para o Porto de Poros. Foi fácil e confortável. Uma fórmula bem redondinha (afinal, o carro é essencial pra explorar a ilha).

Qualquer prainha básica de Cefalônia já é um espetáculo. Essa é Makris Gialos, do ladinho de Argostoli

 
Também é possível e confortável chegar a Cefalônia de avião. O que não recomendo é ir de ônibus, porque seria uma Odisseia (Ítaca, a Ilha de Ulisses/Odisseu, está do ladinho, mas deixe que o relato de Homero inspire você de outras formas).

Neste post você vai encontrar o passo a passo pra comprar sua passagem de ferry boat, o que esperar da travessia e vai descobrir quais as companhias aéreas que voam pra Cefalônia. Aproveite as dicas e se jogue em Cefalônia, um inesquecível paraíso azul da Grécia.

O ferry Fior di Levante faz a linha de Killini a Poros, um dos portos de Cefalônia

8 sítios arqueológicos pra sua lista de viagens

A loba romana com Rômulo e Remo no Fórum de Tarragona (Catalunha), a antiga Tarraco

Eles são muito menos famosos que a Acrópole de Atenas, Stonehenge ou Machu Picchu, mas têm beleza, história e fascínio de sobra pra justificar a visita. São sítios arqueológicos belíssimos, que rendem visitas divertidas e interessantes — e tem até um brasileiro, de frente para o mar.

Acho difícil encontrar uma atração mais apaixonante do que um sítio arqueológico com vista pra o mar. No alto, o Castelo da Praia do Forte, na Bahia. Acima, a Acrópole de Lindos, na Ilha de Rodes (Grécia)

  
Você tem ótimas razões para incluir o Castelo da Praia do Forte (Bahia), Tiwanaku (Bolívia), Orongo (Ilha de Páscoa), Pachacamac (Lima), Troia (Turquia), La Casa del Obispo (Cádiz, Andaluzia), a Acrópole de Lindos (Ilha de Rodes, Grécia) e os vestígios de Tarraco (Tarragona, Catalunha) nos seus próximos planos de viagem.

Alguns desses sítios arqueológicos são testemunhas de fatos bem conhecidos, como Troia, Tarraco e a Acrópole de Lindos.

Duas civilizações importantes nos Andes, antes da ascensão dos Incas: o povo Wari construiu Pachacamac (no alto), no Peru, e a poderosa civilização de Tiwanaku (acima) floresceu no altiplano boliviano

Outros revelam facetas do passado que encantam e surpreendem. O que eu posso garantir é que cada um desses sítios arqueológicos é um narrador eloquente que encanta e transporta o visitante a inesquecíveis.

Com a exceção de Troia, que dá um pouquinho mais de trabalho pra chegar — mas como resistir ao apelo do cenário das aventuras narradas por Homero? — todos esses sítios arqueológicos têm acesso muito fácil, pois estão dentro de centros urbanos ou a distâncias confortáveis de cidades que você, com certeza, já tem na sua lista de desejos.

O fascínio por Troia persiste graças ao relato de Homero na Ilíada

No topo de um vulcão, a Vila Cerimonial de Orongo era a sede do torneio que decidia quem seria o governante da Ilha de Páscoa

O Sítio Arqueológico Casa del Obispo, em Cádiz, é um passeio pelas diversa camadas históricas da cidade, desde sua fundação pelos fenícios

Anote essas dicas de sítios arqueológicos maravilhosos e prepare as escapadas bate e volta das suas próximas viagens. Vamos dar um mergulho no passado?

Ilhas gregas: Spétses

Spétses, ilha grega que foi lar de uma heroína e é dona das melhores praias do Arquipélago Argo-Sarônico

Uma das escalas do meu cruzeirinho bate e volta às Ilhas Argo-Sarônicas, que fiz a partir de Nafplio, foi Spétses, apontada como a dona das melhores praias do Arquipélago Argo-Sarônico. 

Não é à toa que fiz tão poucas fotos de Spétses: estava ocupadíssima mergulhando naquele mar delicioso que banha essa ilha grega pequenininha (22 km²) e verdadeiramente notável.

Este antigo baluarte guardava a entrada do porto de Spétses 

Ficar de molho nas águas absolutamente cristalinas da Praia de Scholi foi uma atividade que teve ascensão instantânea ao topo da lista das minhas preferidas na vida!

Spétses não é tão bonita quanto Hidra, minha escala anterior neste passeio. Falta-lhe a dramaticidade do relevo, que permitiria ao seu casario neoclássico as mesmas acrobacias montanha acima das casinhas multicores de sua prima argo-sarônica.

Mas quem é que quer ver casas encarnando cabritos monteses, quando tem à sua disposição as melhores praias do arquipélago, cantadas em prosa e verso por todos que já tiveram o privilégio de mergulhar em suas águas perfeitas?

As águas que banham Spétses são tão maravilhosas que a gente não sabe se boia, se mergulha ou se simplesmente fica bem quietinha, para ver se o tempo passa mais devagar.

Spétses é um convite à preguiça. Depois da praia, um passeio bem sossegado pelo calçadão à beira mar

Entre as Ilhas Argo-Sarônicas, Spétses é a que fica mais distante de Atenas, a 2h de barco do Porto de Pireu. Mas a bichinha vale muito a pena, não só por suas praias, mas também por sua História e pelos preços muito camaradas que você vai encontrar lá.

Vejas as dicas da Ilha de Spétses:

Ilhas gregas: Hidra

Casinhas brancas, barquinhos, mar impecável: Hidra é tudo o que a gente imagina de uma ilha grega

Música deste post: So long, Marianne, Leonard Cohen

Há mais de quatro mil anos, o Mar Egeu tem sido o grande playground dos helenos. Batalhas, naufrágios, aventuras, expedições comerciais e nascimentos de deuses, não há nada que aquelas águas não tenham testemunhado.

São tantos episódios — reais ou maravilhosos — que a gente quase esquece que o Egeu é muito mais que um cenário.

No passeio de barco às ilhas de Hidra e Spétses, as águas do Mar Egeu são um espetáculo especial

Com sua beleza e temperamento, esse mar de imensidão cristalina é personagem com atrativos de sobra para virar a cabeça de Páris ou empalidecer os feitos de Aquiles.

Foi para ver mais de perto esse belo protagonista que fiz um bate e volta muito bacana às ilhas gregas de Hidra (Ydra/Ύδρα, em grego) e Spétses, no Arquipélago Argo-Sarônico. 

A chegada em Hidra já deixou meu coração encantado

Bastou o barco zarpar do porto de Tolo, pequeno balneário a 12 quilômetros de Nafplio, para começar o delírio visual. 

O encontro das escarpas ásperas do Golfo da Argólida com a suavidade azul do Mar Egeu é tão bonito que eu nem fazia questão de chegar a lugar algum.

Veja como organizar um bate e volta às ilhas gregas de Hidra e Spetses e o que fazer em Hidra:

Dicas práticas de Lindos na Grécia

A Baía de São Paulo vista da Acrópole de Lindos, na Ilha de Rodes

Lindos é um dos destinos mais concorridos da Ilha de Rodes e costuma ficar lotada no verão. A vila é pequenininha, mas tem muitas opções de hospedagem. Muitas das lindas casinhas brancas penduradas na montanha foram convertidas em pousadas charmosas.

Lindos tem tudo que a gente procura na Grécia: o mar espetacular, a vila de casinhas brancas pendurada na montanha e uma linda Acrópole Dórica, cercada por muralhas dos Cruzados

Se sua ideia for ficar alguns dias em Lindos (e é uma boa ideia), faça reserva de hospedagem com antecedência. Há vários sites na internet com dicas de turismo na vila e onde dá para reservar hotéis.

Veja todas as dicas da bela vila de Lindos e descubra esse pedacinho muito especial da Grécia:

Lindos, uma paixão na Ilha de Rodes

Acrópole de Lindos na Ilha de Rodes, Grécia

Não sei o que quer dizer Lindos (Λίνδος) em grego. Em português, porém, a palavra descreve com precisão essa antiga cidade dórica, na Costa Leste da Ilha de Rodes.

E assim mesmo, no plural — linda enseada de águas cristalinas, linda vila de casinhas brancas penduradas na montanha, linda Acrópole sobre o mar, cercada pelas muralhas dos Cruzados. Bastaria usar a palavra no feminino 😊.

O resumo de Lindos em um clique: o mar, a vila e as muralhas dos Cruzados em torno da Acrópole

Foi em Lindos que fiz minha despedida da Ilha de Rodes, depois de quatro deliciosos dias de praia e dolce far niente à moda do Dodecaneso.

E foi grande estilo, com direito a um banho de mar inesquecível, uma escalada quase épica até a Acrópole e um polvinho de rasgar a roupa degustado à sombra das parreiras e dos bougainvilles que perfumam e colorem as ruas da Vila de Lindos.

O banho de mar em Lindos é inesquecível

Veja como aproveitar as belezas e prazeres de lindos, essa vila/paixão na Ilha de Rodes:

Mosteiro do Arcanjo Miguel de Panormitis na Grécia - os milagres do mar

No Mosteiro do Arcanjo Miguel de Panormitis, garrafas com mensagens (no alto) chegam de toda parte. Qual será a força que as traz até aqui?

Desde a Antiguidade, o temperamento inconstante do Mar Egeu é um edificador de devoções fervorosas: tão plácido e, de repente, ele rugia, indócil, levando mais uma trirreme para o fundo de suas águas azuis.

Os navegadores do Egeu mantêm as divindades ocupadas com suas preces desde tempos imemoriais.

A entrada da Enseada de Panormitis, na Ilha de Sými, Arquipélago do Dodecaneso

A pequena Ilha de Sými, a 30 quilômetros de Rodes, no Arquipélago do Dodecaneso, é uma ilha de marinheiros, profundamente marcada pelas manifestações de fé dos homens do mar.

Fé que estava estampada no rosto do tripulante do Panagia Skiadeni, o ferry que me trouxe a Symi. Era um marinheiro muito jovem, que esperava na fila para acender as duas velinhas de cera de abelha que recebem todos os visitantes do Mosteiro do Arcanjo Miguel (Moni Taxiárchi Michail), em Panormitis, a primeira escala da embarcação na ilha.

Um solitário moinho, tipicamente grego guarda, guarda a entrada da Enseada de Panormitis

O olhar do rapaz, enquanto ele murmurava suas preces, foi uma das imagens mais comoventes que vi nessa temporada na Grécia e na Turquia.

Uma visita ao Mosteiro do Arcanjo Miguel de Panormitis é um jeito muito especial de ver a alma da Grécia, um país profundamente devotado ao mar.

Veja como foi o meu passeio ao Mosteiro de Panormitis:

Ilhas gregas: Sými

Sými é um mosaico de casinhas coloridas, com uma praia deliciosa e bons restaurantes de frutos do mar

Uma das grandes vantagens de estar em Rodes (além da beleza, das praias espetaculares e do patrimônio histórico de rasgar a roupa) é que a maior ilha do Dodecaneso oferece uma infinidade de conexões para outros pontos do arquipélago.

Lanchas rápidas, ferry boats, veleiros... Você escolhe: basta um passeio pelo lindo porto de Mandráki para a gente ficar tonta de tantas opções de passeios a ilhas maravilhosas, como Chálki e Kastelorizo, ou a cidades da costa turca, como Marmaris e Datça.

Sem querer maltratar corações, é preciso que eu lhe diga, caros leitores, que passei um bom tempo mergulhada nessas águas... 😉

Enfim, Rodes não se contenta em ser uma baita ilha grega: ela também é um ótimo ponto de partida para explorar outras ilhas gregas 😉. Melhor impossível.

Na minha temporada em Rodes, escolhi dar um pulo na Ilha de Sými, uma das mais próximas, pela facilidade de chegar lá e pelas referências que encontrei nas infinitas pesquisas sobre o Arquipélago do Dodecaneso.

Quer saber? Nem toda a tonelada de leituras que fiz antes da viagem conseguiram me preparar para a beleza dessa perolazinha do Egeu. Veja como foi meu passeio à Ilha de Sými:

A cidade dos Cavaleiros Cruzados de Rodes

A Porta d'Amboise, acesso Leste à cidadela dos cruzados de Rodes. Esta ponte cobre um largo fosso que separa o cinturão externo das muralhas dos bastiões internos

Por mais que eu tente me comportar como uma mocinha, tem horas que é difícil: quando dei de cara com as muralhas da Cidade Medieval de Rodes, a primeira coisa que me escapou foi um palavrão — daqueles de fazer corar frades tão de pedra quanto o colosso diante de mim.

E olha que Istambul e Atenas já haviam me adestrado um bocado nas artes de não perder a compostura frente a maravilhas.

A Porta Marina era um dos 11 acessos à cidadela dos Cavaleiros de Rodes. Ela fica no cinturão interno das muralhas e era a principal entrada para quem vinha do porto

Voltando ao palavrão, ou melhor (muito melhor, pois desconfio que minha mãe lê este blog 😁), voltando ao meu espanto: eu não tinha visto nada, ainda.

Quando cruzei a Porta de São Paulo, estava apenas transpondo a primeira linha das defesas da Cidade Medieval de Rodes, o cinturão externo de muralhas e bastiões.

Por três séculos, as muralhas de Rodes foram consideradas inexpugnáveis

E comecei a ter uma ideia de por que a Cidade dos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de São João era considerada a mais inexpugnável das cidadelas cristãs, no Século 16.

Veja como é a visita à Cidadela dos Cruzados, em Rodes: