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Almocei divinamente na Gamboa, que cada vez mais se
consolida como point de farra e gastronomia em Salvador |
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O almoço no Centro Histórico complementou muito bem a visita à deslumbrante Igreja de São Francisco |
A primeira dessas refeições memoráveis foi no Cazinha Bistrô, na hypada Gamboa de Baixo, ao lado do Museu de Arte Moderna/Solar do Unhão. A segunda foi no Cuco Bistrô, no Largo do Cruzeiro de São Francisco, porta de entrada para o Pelourinho.
Os dois restaurantes não são lugares baratos, mas a qualidade da comida, o atendimento e o conforto justificam o preço. Passam longe do pega-turista e merecem que a gente vá lá, mesmo sem o pretexto da turistagem.
Anote essas dicas de restaurantes em Salvador pra incrementar seus próximos passeios na cidade.
Restaurantes em Salvador
Almoço na Gamboa depois de visitar o MAM-BA
A Gamboa de Baixo é o novo Rio Vermelho (ou novo Santo Antônio) de Salvador.
Encravada a encosta que separa a Cidade Baixa da Cidade Alta, à sombra da Ladeira do Contorno, a comunidade é antiga, enfrentou (e venceu) as ameaças de ser desalojada e nos últimos anos se consolidou como point fervidíssimo.
A Gamboa é frequentado por variadas tribos, dos alternativíssimos aos chiques, fica movimentadíssima nas tardes dos fins de semana e feriados e pode (e deve) ser combinada com a visita a MAM-BA, com as apresentações da Jam no Mam (jazz ao cair da tarde, no pátio do museu, nos últimos sábados de cada mês) e com o banho de mar nas duas prainhas que cercam o Solar do Unhão, a Praia da Preguiça e a Praia da Gamboa.
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Da Praia da Gamboa, é possível pegar um barquinho para chegar mais perto do badaladíssimo Bar da Mônica. Os remadores também fazem a rota entre o Porto da Barra e a comunidade |
O grande trunfo da Gamboa é a diversidade de seus bares e restaurantes, todos com vista arrebatadora para a Bahia de Todos os Santos.
Alguns desses bares e restaurantes estão no topo da lista
dos mais badalados de Salvador, atualmente. Um é o Bar da Mônica, onde é melhor
chegar de barquinho pra driblar o sobe e desce de escadarias. Outro é o
Restaurante Dona Suzana, especializado em moquecas.
Estive na Gamboa no último domingo, depois de visitar a exposição Vila Velha, por exemplo, no Museu de Arte Moderna, celebrando os 60 anos do queridíssimo Teatro Vila Velha, onde assisti shows e peças inesquecíveis — a legendária Trate-me, Leão, do Asdrúbal Trouxe o Trombone, foi uma delas.
O MAM-BA é um dos meus lugares favoritos em Salvador. O Solar do Unhão, onde ele está instalado, é um conjunto colonial deslumbrante,
com origens no Século 17. O lugar foi magistralmente retrofitado nos anos 60 por
ninguém menos do que Lina Bo Bardi para abrigar o museu.
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O Cazinha Bistrô tem um salãozinho fechado e climatizado, mas também tem mesinhas ao ar livre, com guarda-sóis e esta vista |
Já te convenci a ir até o MAM? Pois deixa eu te contar que vale muito a pena esticar o passeio à Gamboa de Baixo, comunidade colada ao Solar do Unhão.
A Gamboa tem uma vista que é um escândalo, oferta de bares e restaurantes vasta e diversa — dá pra escolher desde um boteco pra requebrar reggae e pagode
até restaurantes amigáveis aos mais velhinhos e amantes do sossego.
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O Cazinha Bistro é um pequeno notável. Que almoço delicioso, pipôl! |
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O pátio do atracadouro do Solar do Unhão é um grande lugar pra assistir ao pôr do sol |
Eu e minhas amigas Beth e Rose (minha companheira de viagem à Espanha, Portugal e Grécia, no primeiro semestre), fomos atraídas para o Cazinha Bistrô, que fica logo na estrada da comunidade, por um aspecto, digamos, geracional: a promessa de ar-condicionado geladinho, num dia em que Salvador bateu nos 37 graus.
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Gosto de restaurantes com cozinha à vista do freguês |
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O inenarrável vinagrete de polvo era maior do que isso, mas quase que ele não sobrevive pra ser fotografado 😁 |
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Menção honrosa à 'rosca de caju |
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Este peixinho estava dos deuses |
Horário: de terça a quinta, do meio-dia às 18h. Sextas e sábados, até as 22h. Domingos, até as 20h.
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A Igreja e o Convento de São Francisco precisam estar no topo da sua lista de visitas em Salvador |
O Centro Histórico de Salvador é uma das coisas mais lindas
que você vai ver no Brasil. Todo ele, não só o Pelourinho (ainda que esse
conjunto arquitetônico seja mesmo de fazer o coração dar uma paradinha).
Um lugar no Centro Histórico que pre-ci-sa estar na sua
lista é a arrebatadora Igreja de São Francisco, no Largo do Cruzeiro de de São Francisco.
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O altar dourado da igreja é um enlevo, mas preste atenção também aos azulejos do claustro do convento, um conjunto precioso do Século 17 |
Ela vai ganhar um post exclusivo aqui na Fragata, mas já estou adiantando umas fotinhas, que é pra vocês entenderem a dimensão da beleza barroca dessa construção dos séculos 17/ 18, chamada, não por acaso, de “Igreja de Ouro”.
Pois bem, sabem o que combina divinamente com uma visita à
Igreja de São Francisco (e à sua vizinha de porta Igreja da Ordem Terceira de
São Francisco)?
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O almoço no Cuco Bistrô arrematou lindamente um grande passeio pelo Centro Histórico de Salvador |
Um almocinho no confortável, agradável e competente Cuco Bistrô, que fica logo no comecinho do Cruzeiro de São Francisco.
O Cuco Bistrô serve comida baiana clássica (moquecas, por
exemplo), mas a alma da casa é sertaneja, com pitadinhas mediterrâneas. E esse
encontro dá muito certo.
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'Rosca de jabuticaba, hummmmm |
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O ar-condicionado geladinho é uma bênção quando a cidade ferve |
O cardápio transita do filé au poivre ao baião de três (baião de dois com sururu)
O atendimento simpático e caloroso é super competente. Não
tem pergunta que a gente faça sobre os pratos que fique sem resposta e a ajuda
para navegar a carta de vinhos é certeira.
O resultado foi uma excelente almoço no salão climatizado (à
noite, acho que arriscaria uma mesinha do lado de fora, sob os guarda-sóis).
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Que entrada deliciosa, esse tal de furdunço |
Como entrada, pedimos um Furdunço (R$ 82), uma amostra variada de gostosuras, com bolinhos de peixe, pasteizinhos de queijo, dadinhos de tapioca e camarões empanados. Estava tudo muitíssimo saboroso.
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Moqueca bem servida (no alto) e uns camarõezinhos com damasco e abacaxi sensacoinais |
Como principal, Rose e Beth escolheram a moqueca de peixe (pescada amarela) e camarões. A porção individual (R$ 120) alimenta bem duas pessoas. Eu pedi o Perren do Pelô (camarão com damasco com abacaxi, acompanhado de arroz com castanhas de caju, R$ 96).
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Gostei desse sertão com pegada contemporânea |
A ‘rosca de jabuticaba que pedi estava excelente e as meninas tomaram vinho.
⭐Cuco Bistrô | Largo do Cruzeiro de São Francisco nº 6, Centro
Histórico (do ladinho do Terreiro de Jesus).
Horários: de segunda a sábado, das 11h às 22h. Domingos, das
11h às 18h.
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