O encanto de visitar uma casa-museu é a sensação de entrar no cotidiano banal de figuras extraordinárias. A visita ao Museu Casa de Leon Trótski, na Cidade do México, deixa a gente cara a cara com as memórias de um dos personagens mais decisivos do Século 20.
Goste-se ou não de Trótski, é inegável o papel do velho
bolchevique na História recente. E é comovente ver os vestígios da vidinha
espartana que o criador e comandante do Exército Vermelho levou na casinha
simples onde, exilado, passou seus últimos anos.
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| Trótski foi assassinado neste escritório. Reza a lenda que o espaço está exatamente do jeito em que seu dono o deixou |
O Museu Casa de León Trótski fica no bairro de Coyoacán, muito pertinho da Casa Azul, a casa de Frida Kahlo, de quem foi grande amigo e, dizem, amante.
Pela proximidade geográfica e pelas conexão entre os
personagens, vale muito a pena combinar as duas visitas e explorar a vizinhança
do encantador bairro de Coyoacán, microssomo de um velho México resistindo ao
cerco da metrópole de 20 milhões de habitantes.
Veja as dicas:
Museu Casa de Leon Trótski
Pra mim, a visita ao Museu Casa de Leen Trótski foi precedida por um frio na barriga inevitável. Minha memória insistia em repassar, cena por cena, O assassinato de Trótski, (1972), o perturbador filme de Joseph Losey que me marcou profundamente, e que jamais tive ânimo de rever.
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| Quarto de Trótski e Natália Sedova |
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Nesta sala trabalhavam os assistentes do revolucionário
soviético |
Trótski se mudou para a casa da Calle Viena, esquina com Morelos, após ter permanecido uma temporada como hóspede de Frida Kahlo e Diego Rivera, logo ao chegar à cidade do México. O casal de artistas hospedou o exilado na Casa Azul, hoje também um museu, e o ajudou a encontrar a residência, a apenas 650 metros de distância.
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| A cozinha de Trótski e a mesa de refeições da casa (no alto) |
O último lar do revolucionário permanece como testemunha de seu cotidiano conturbado. Por exemplo, a varanda da casa de Trótski, originalmente debruçada para a rua, foi completamente vedada com tijolos, por medida de segurança. O sótão foi transformado em uma fortificação meio precária, com aberturas apenas para os canos das armas.
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| As magrezas do exílio estão bem descritas nos ambientes da casa |
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| Eu até cometi um autorretrato no espelho do quarto de Sieva. O neto de Trótski tinha 14 anos quando o avô foi assassinado |
Essas alterações no imóvel foram resultado de um primeiro atentado contra a vida do bolchevique, em maio de 1940.
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| O revolucionário criava coelhos e galinhas na casa da Rua Viena |
O escritório foi o local onde Trótski recebeu o golpe fatal de um quebra-gelo, desferido por Ramón Mercader, em agosto de 1940.
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As cinzas de Trotski e de Natalia Sedova estão depositadas
no jardim |
O escritório onde Trótski foi assassinado permanece exatamente como estava na hora do atentado, com livros e papéis na mesma posição em que ele os deixou.
Cercando toda a tensão desse universo está o plácido jardim do revolucionário, onde Trótski se deleitava em criar coelhos e galinhas e colecionava cactus. É o ponto de respiro da casa emparedada, verde e florido.
No jardim hoje repousam as cinzas de Trotski e as de sua companheira, Natália Sedova, sob uma lápide adornada pela foice e o martelo.
⭐Museu Casa de Leon Trotski
Entrada pela Avenida Rio Churubusco 410
Horário: de terça a domingo, das 10h às 17 horas
Quanto tempo: dá pra ver o acervo com calma em cerca de uma hora.
Ingresso: 40 pesos (R$ 6,80).
Permissão para fotografar: 15 pesos (R$ 2,50).
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