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Do museu ao piquenique, do passeio de barco à apresentação
musical, tem muito o que fazer no Bosque de Chapultepec, o Central Park da
Cidade do México |
As três subdivisões do Bosque de Chapultepec abrigam uma infinidade de equipamentos de lazer e o lugar ferve nos fins de semana.
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O Paseo de la Reforma é a principal avenida do centro da
Cidade do México (12 km) e atravessa o Bosque de Chapultepc |
O Lago de Chapultepec visto do castelo. Barquinhos a remo e
pedalinhos fazem a alegria dos visitantes |
O Castelo de Chapultepec foi construído pelos colonizadores
espanhóis e agora abriga o Museu Histórico do México |
O que fazer no Bosque de Chapultepec
Conta a lenda que os mexica migaram de Aztlan (uma cidade cuja localização geográfica ainda não foi precisamente identificada e poderia ser um local mitológico) e, seguindo a indicação de um condor, fundaram sua nova cidade no topo de uma colina.
Os povos mais antigos no Vale do México, porém, expulsaram os astecas de lá e eles acabariam fundando sua cidade de Tenochtitlán na área onde hoje está o Zócalo, no Centro Histórico.
Grupos de voladores (“voadores”), artistas da região de
Veracruz, recriam ritual tradicional para chamar a chuva. Eles estão sempre se
apresentando no Bosque de Chapultepec |
Artistas populares, como os voladores, músicos e centenas de barracas de guloseimas tipicamente mexicanas — do grilo tostado ao tamarindo com pimenta — completavam a cena.
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Alice no País das Maravilhas (no alto) e (abaixo) Lady
Godiva, esculturas de Salvador Dali em uma exposição ao ar livre no Paseo de la
Reforma |
Exposições de arte ao ar livre também são frequentes no Bosque de Chapultepec. Na minha passagem pela cidade, estava em cartaz uma mostra de esculturas de Salvador Dali muito bacana.
Próximo às entradas do bosque, no Paseo de la Reforma, você também encontrará filiais do café Starbucks e da boa Livraria Porruas, onde fiz uma pequena feirinha de títulos de escritores mexicanos.
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O Espinho, de Raúl Anguiano, no Museu de Arte
Moderna da Cidade do México |
Raríssimas vezes no planeta você verá um museu que explica tão bem o seu país. O acervo precioso do Museu Nacional de Antropologia monta o quebra-cabeças das civilizações que desaguaram no México contemporâneo — e muitos desses povos continuam lá, preservando seus usos e costumes. Uma aula recheada de belezas.
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O Museu Nacional de Antropologia explica o México e
deixa qualquer humano orgulhoso de pertencer à mesma espécie dos criadores
daquelas belezas |
Mas museu é o que não falta no Bosque de Chapultepec. Lá estão Museu de História Natural, Papalote - Museu da Infância, a Casa-estúdio de Luis Barragán, considerada uma das construções mais expressivas da arquitetura contemporânea mexicana e onde viveu e trabalhou o maior arquiteto do país.
No Centro de Cultura da Água, o Museu do Cárcamo de Dolores, uma antiga estrutura hidráulica que servia ao abastecimento da cidade, a atração é o mural Água, origem da vida, de Diego Rivera.
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Amei a arquitetura do Museu de Arte Moderna da Cidade do
México, que também tem um acervo de primeira linha |
Entre todas essas opções, visitei e fiquei extasiada com o Museu Nacional de Antropologia, o Museu de Arte Moderna e o Museu Nacional de História, instalado no Castelo de Chapultepec.
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Jardim interno do Museu de Arte Moderna |
De terça a domingo, das 10:15h a 17:30h. Entrada: 60 pesos (R$10)
Fiquei absolutamente caída de paixão pelos modernistas mexicanos. Além dos pop stars Frida Kahlo e Diego Rivera, que estão bem representados no acervo, visitar o Museu de Arte Moderna do México é a oportunidade de descobrir outros artistas geniais.
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Manuel Rodriguez Lozano: Duas Mulheres (no alto) e Menina |
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A Mãe Proletária, do sensacional Diego Rivera |
O Museu de Arte Moderna enriqueceu muito a minha viagem ao México — e a minha vida.
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Lupe e Maria de Abraham Ángel |
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Maternidade, de Maria Izquierdo |
Cena de Mezquital, de Amador Lugo |
A beleza e a desolação em O Filho Morto, de Raúl
Anguiano |
Os dois pavilhões estão imersos e perfeitamente integrados ao verde do Bosque de Chapultepec e, entre eles, um gostoso jardim exibe uma série de esculturas e convida a um passeio sossegado.
O Castelo de Chapultepec era uma espécie de "casa de
campo" do governo espanhol. Foi também o palco da resistência dos meninos
heróis contra a invasão dos EUA |
Uma longa ladeira fechada ao tráfego de automóveis leva ao topo da Colina de Chapultepec, onde os espanhóis construíram, no Século 18, uma “sede recreativa” do poder colonial.
O Castelo de Chapultepec não tem fosso ou muralhas. O edifício é, na verdade, um bonito palácio cercado de jardins e terraços.
O Sacrifício dos Meninos Heróis, impressionante mural de
Gabriel Flores García recorda os cadetes adolescentes que resistiram ao assalto
do Exército dos EUA ao Castelo de Chapultepec |
Depois dos espanhóis, o castelo funcionou como escola militar e foi a "residência imperial" durante a na breve e malfadada aventura de Maximiliano de Habsburgo, que os franceses inventaram de colocar no trono do México. Também foi a residência dos presidentes mexicanos.
Hoje, o Castelo de Chapultepec é a sede do Museu Nacional de História do México.
A chegada dos generais Zapata e Villa ao Palácio Nacional,
obra de Arnold Belkin, no Castelo de Chapultepec |
O grupo de adolescentes, praticamente sozinho, defendeu o castelo do assalto de uma larga tropa do exército de Tio Sam. Seis deles morreram em combate — os Niños Héroes, ou meninos heróis, homenageados por memorial na entrada do parque.
Tinham entre 13 e 19 anos. A data da batalha, 13 de setembro, é feriado nacional no México.
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Monumento aos Meninos Heróis no Bosque de Chapultepec |
Mas tanto o ladeirão que leva ao castelo, que eu subi no calor de mais de 30 graus, quanto a muvuca inacreditável que encontrei lá em cima foram perfeitamente compensados por alguns dos murais que recobrem as paredes do edifício e narram episódios da história do país. Sinceramente, os murais pagaram minha viagem ao México.
Nada menos do que extasiante, o mural Do Porfiriato à
Revolução, de David Alfaros Siqueiros, ocupa todo o perímetro de um salão do
Castelo de Chapultepec |
Também chamam a atenção O Sacrificio de los Niños Héroes, de Gabriel Flores García, no teto sobre a escadaria principal do castelo, e Alegoria da Revolução Mexicana, de Eduardo Solares Gutiérrez.
Alegoria da Revolução Mexicana |
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