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Adorei a abusadíssima arquitetura do Museu Soumaya da Cidade
do México |
Apesar de um certo ar de ostentação, a pinacoteca do Museu Soumaya merece a visita. Com entrada gratuita, o museu combina muito bem com um passeio por Polanco, tem transporte público que para na porta e rende um programa bem instigante.
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Isso é que é cartão de visitas: Banho de Rio, mural de
Diego Rivera, logo no saguão do Museu Soumaya |
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A coleção do museu tem peças pré-hispânicas, coloniais e
modernas |
No último andar do museu, uma galeria de esculturas é uma
festa para quem curte Rodin — o Museu Soumaya tem nada menos do que 380
esculturas dele, embora, obviamente, apenas algumas estejam em exposição.
Anote esta dica de museu pra quando você for à Cidade do México. Saiba mais:
Museu Soumaya da Cidade do México
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A Valsa, de Camille Claudel, na galeria de
esculturas do Museu Soumaya. No alto, um exemplar da arte sacra mexicana do
Século 18 |
A sequência tem El Greco, Zurbarán, Tintoretto, Bruegel e Rubens, só para citar alguns.
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A coleção de mestres europeus já recebe o visitante com nada
menos do que quatro pinturas de Botticelli na entrada, como a da foto no alto |
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E tem El Greco, sim senhor@s: no alto, As Lágrimas de
São Pedro, um tema recorrente na obra do gênio. Acima, Cristo na Cruz em uma
Paisagem com Cavaleiros |
A arte das mulheres, um grande motivo para viajar
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No alto, baixo relevo em madeira de uma Última Ceia do
período Barroco. Acima, La Dolorosa, do mexicano Cristóbal de Villalpando,
do Século 17 |
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Cristo esculpido em marfim nas Filipinas, no Século 18. A
coleção de arte sacra do Museu Soumaya abarca diversas épocas e regiões e é
impressionante |
Também merece um olhar atento a sessão dedicada ao Impressionismo e Vanguardas, com obras de Renoir, Degas, Monet, Cézanne e Van Gogh.
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Preste atenção à coleção de arte colonial mexicana, que é
bem interessante |
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O foyer do museu é um desbunde de obras dos muralistas
mexicanos, como este Estudo de David Alfaro Siqueros (acima) para um
mural na Universidade Nacional do México |
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A imagem de São João Evangelista, do Século 17, é um
exemplar da técnica desenvolvida pela arte sacra colonial mexicana chamada
de tablero de concha, onde a pintura recebe apliques de madrepérola |
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A Ascenção da Virgem, escultura do Século 16 atribuída ao
alemão Christoph Walther |
Novamente, quem chama a atenção aqui é uma mulher, Camille Claudel, uma grandíssima artista que o mundo prefere lembrar como a apaixonada por Rodin — depois de dar algumas voltas em torno do casal enlaçado na escultura A Valsa, é impossível não reconhecer o brilho de Camille.
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É irresistível girar muitas vezes em torno dos dançarinos de
Camille Claudel |
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Acima e no alto, A Eterna Primavera, de Auguste Rodin |
A arquitetura do Museu Soumaya
A coleção de arte do Museu Soumaya está distribuída em duas
sedes. A mais antiga delas é um edifício histórico a próximo ao campus da
Universidade Nacional Autônoma do México. Desde a inauguração da sede de Polanco,
em 2011, a maior parte do acervo foi transferida para o novo edifício, que tem
nada menos do que 17 mil metros quadrados — 6 mil deles dedicados a exposições.
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Abrigo de tantos tesouros, a "embalagem" do Museu
Soumaya é uma das grandes atrações da visita |
E o novo edifício do Museu Soumaya pode ser apontado sem susto como uma peça de destaque, entre tantos tesouros artísticos. O bicho é de uma ousadia que beira o abuso, mas o resultado é lindo — uma extravagância que demandou 70 milhões de dólares em sua construção.
O edifício do Museu Soumaya é totalmente assimétrico, como
um bloco maleável que tivesse sido esticado pra lá e pra cá, ao acaso. O exterior
da construção é revestido por escamas de alumínio, o que lhe dá a aparência de
um belíssimo réptil que muda sutilmente de tom com o movimento do sol.
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Adorei o diálogo do edifício com as construções do
entorno |
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Esse interior inteiramente branco é um inferno para
fotografar, mas visto ao vivo é muito lindo |
Eu fiquei vesga apreciando a obra, antes e depois de entrar no museu.
O interior do Museu Soumaya, inteiramente branco, pode tornar
a vida dos fotógrafos um inferno (pelo menos, das fotógrafas sem técnica ou
talento, tipo eu), já que as paredes pisos e tetos sugam muito da luza. Mas o
efeito hipnótico dessa brincadeira, somada à amplitude e desenvoltura das linhas,
é delicioso.
O projeto do edifício do Museu Soumaya é do arquiteto mexicano
Carlos Romero.
Plaza Carso, Boulevard Cervantes Saavedra, esquina com Presa Falcón, Ampliación Granada. Diariamente, das 10:30h às 18:30h. Entrada gratuita.
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