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O Restaurante Fitó tem uma equipe inteiramente formada por
mulheres e uma comida nordestina das deusas |
Toda vez que escrevo aqui no blog que “comi muito bem nessa
temporada paulistana”, fico com a sensação de que estou cometendo um pleonasmo.
Porque comer bem na cidade é meio óbvio, desde que você não caia na armadilha das
modinhas gurmetizadas. A vasta oferta de restaurantes em São Paulo sempre
garante a alegria gastronômica de moradores e visitantes. É só saber escolher.
No começo de novembro, passei alguns dias na pauliceia pra
ver dois shows — cada um em seu estilo — simplesmente imperdíveis. Tinta y
Tiempo, de Jorge Drexler (no Espaço Unimed) e This is Not a Drill, do imenso
Roger Waters (Alianz Parque), sério candidato a melhor show de rock da minha
vida.
E é claro que eu aproveitei para experimentar vários
restaurantes em São Paulo. Pra não errar na escolha — não visitava Sampa desde
antes da pandemia —, contei com as indicações dos amigos, que, geralmente, são
o melhor guia de qualquer cidade.
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Pão na chapa com café na padoca e pastel de feira: São Paulo está muito longe de ser uma cidade barata, mas também tem lá seus espetáculos gastronômicos de baixo orçamento |
Neste post, trago as dicas de cinco restaurantes de São Paulo
que testei e aprovei. São eles o Restaurante Fitó, de cozinha nordestina, o
Mapu, casa de comidinhas taiwanesas, o Canto Madalena, com um pezinho no
Nordeste e velho favorito da Fragata, o Rinconcito Peruano, um show de bola, e
o elegante Basilicata Cucina.
Como bonus track, falo de dois bares que eu adorei, pelo
clima descontraído, a cerveja gelada e a qualidade dos tira-gostos. São bares
que me fizeram lembrar do Rio de Janeiro. Mas esqueça aqueles bares paulistanos
que tentam imitar os botecos cariocas numa versão mauricinha — ô, lugares fake!
A pegada carioca que senti no Bar do Mário e no Ombra é o climão de boteco de
vizinhança, o atendimento caloroso e eficiente e o prazer de sentar na calçada
e ver a vida passar.
Um lembrete: frequentar os restaurantes de São Paulo
continua não sendo um esporte barato. Mas, felizmente, o pão na chapa nosso de
cada dia na padaria (padoca, para os locais) e os pastéis de feira continuam
sendo uma alternativa deliciosa pra driblar fomes de diversos tamanhos sem
gastar os olhos da cara.